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quarta-feira, 29 de julho de 2015

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PEDAGOGIA DE PROJETOS OU UMA NOVA PEDAGOGIA?

oscarNye_sonharMais do que nunca, dinamizar o processo pedagógico escolar através de projetos se tornou inevitável. É sangue novo! É pedagogia nova! Será? Nem tão nova assim…No século XX, a partir da literatura de John Dewey e Kilpatrick, surge uma nova proposta: a Pedagogia de Projetos. Em outras palavras, uma pedagogia que veja a escola como um lugar vivo, um local que trabalhe os problemas sociais em situações sociais. É a pergunta a partir da realidade. Atividades que partem de problemas reais, que fazem sentido para aqueles que ali se envolvem. É a escola inserida em sua vila, bairro, comunidade…em sua realidade. É a escola que se insere na proposta que só é possível aprender, fazendo.

Existem muitas escolas que estão inseridas em determinado contexto. Não basta! É preciso estar inclusa, ser partícipe, incomodar-se com a realidade; questionar a realidade. A escola inclusa está atenta às questões do seu lugar, do seu aluno, da sua inserção política e pedagógica. A escola inclusa transforma sua pedagogia em uma pedagogia da inclusão, um processo que retroalimenta-se a partir do contexto de realidade. Quando a escola apenas está inserida, ela dá conta da reprodução oculta de sua representatividade social enquanto aparelho ideológico do Estado, por isso, não transforma. A escola inserida não tem identidade, é reprodutora! Já a escola partícipe é comprometida, sua identidade está no compromisso de formar cidadãos críticos, conscientes e reflexivos. Essa escola, em seu processo histórico, garantiu historicidade dialética; ou seja, a comunidade enxerga-a como um lugar de debate, pesquisa, construção de conhecimento. Escola que transforma pessoas, é lugar de pessoas que “gostam de cheiro de gente”.

Há, através da Pedagogia de Projetos, uma proposta de uma nova pedagogia: a pedagogia da escola inclusa, partícipe. Para tanto, a metodologia a ser adotada precisa considerar que, os problemas que são debatidos na escola são/estão contextualizados no interesse coletivo e que, portanto, envolvem o coletivo de alunos, comunidade, etc. Não basta um problema coletivo, é preciso verificar se a ação da escola em sua proposta é praxiológica, pautada na reflexão-ação-reflexão. Se assim o for, outro aspecto é, a impossibilidade de trabalhar projetos pedagógicos de maneira disciplinar. Para isso, busca-se globalizar os saberes “engavetados”, distribuindo-os em competências e habilidades interdisciplinares. Por último, a velha premissa socrática, a humildade em querer aprender a aprender.

Quais são os ganhos? Qual é a proposta de envolvimento dessa nova pedagogia? Pode-se enumerar alguns:

  1. Relação Praxiológica do saber.
  2. É motivacional à aprendizagem.
  3. É mais prazeroso e desafiante.
  4. Promove a elaboração de estratégias.
  5. Estimula a fazer escolhas e buscar responsabilidades.
  6. Trabalho coletivo e interdisciplinar.

Sendo assim, no contexto está a busca; na realidade, o desafio! É necessário sair do paradigma da escola ilha, para o paradigma da escola complexa, onde não se juntam as disciplinas e partes para compor o todo, mas o reconhecimento do todo em cada parte. O todo que está em cada parte é a realidade. Então, Pedagogia de Projetos ou uma nova Pedagogia? ((•)) Ouça este post

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