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domingo, 24 de outubro de 2010

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TRAPAÇAS PARA CONQUISTA DE PODER: MEDO OU IGNORÂNCIA POLÍTICA

 

maladinheiroDomingo, 31 de outubro é dia de Segundo Turno das Eleições Presidenciais. Observamos a conduta dos candidatos, colocando a campanha em nível baixo em relação à qualidade política, produz a seguinte reflexão: Será que a mesma é explicável pelas deficiências deles ou pela ignorância política do eleitorado? Não é por outro motivo que, em campanhas políticas a assessoria de marketing é mais importante que a assessoria política na hora de conquistar o voto.

O eleitor sem formação política e sem convicções políticas precisa ser convencido a votar numa pessoa e não ser convencido de que o Projeto político e ideológico daquele partido é o que se apresenta mais necessário e coerente. O mais importante para os candidatos, é consolidar um sistema baseado na opinião publica que deixe camuflado as trapaças demagógicas presentes nos discursos aleatórios à sua vontade de governo.

Para a garantia do voto, baseiam suas campanhas e falas nas necessidades mais presentes da grande maioria empobrecida economicamente, culturalmente e politicamente.

Quanto ao posicionamento ideológico, fica difícil caracterizar a disputa entre Direita e Esquerda, uma vez que os discursos não mantém um ordenamento ideológico e sim buscam responder os ataques, ora de um, ora de outro lado.

Somos em maioria, ignorantes em política! A grande maioria do eleitorado só participa nas definições do poder através do ato de votar (o que alguns ainda justificam) e, entendem esse gesto como decisivo e definitivo. O poder político, sem trapaças, não se sustenta apenas com base em ideologias de um partido, ideias de uma só pessoa, mas é um somatório de forças e representação popular.

O pior é que isso se intensifica com o segundo turno: ele é disputado sempre por dois grandes blocos, heterogêneos e mal-alinhavados, de forças políticas grandes e pequenas, com um só propósito: a conquista do poder, nem que para isso seja necessário a Trapaça que gera o medo e a ignorância política.

Conscientemente, podemos assumir uma nova postura política, basta acreditarmos mais em educação e menos em ataques retóricos que, enquanto emocionam a disputa pelo poder, ludibriam os dias daqueles que, foram e continuam sendo, manipulados por àqueles que representam a força dominante.

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sábado, 23 de outubro de 2010

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RESPONSABILIDADE POLÍTICA: “É tão cômodo ser menor” (Kant)

 

ignorância_políticaEm tempos políticos como o de agora, se vive exuberantemente um período de transição. O fluxo até então fragmentado e avassalador moderno, se constitui agora, nas palavras de Marx: “Tudo o que é sólido se desmancha no ar”. Como já dizia Aristóteles, devemos nos posicionar como arché ton esomenon (origem do que será), ou seja, uma constante abertura do ser. O desafio que hora se apresenta, é chamar a historicidade à si, e diante dela se apresentar em continência.

É tempo de pensar a poíesis, e não apenas a téchne. A imposição da ciência positiva como verdade adequatio se desmanchou, restando apenas uma verdade-ato. É nesse sentido que se constrói a atividade política atual, um exercício carente de garantias, um espaço instituinte, órfão de “pai” e em profundo desacordo entre “irmãos”. As divergências, o conflito, os consensos provisórios sujeitos à disputas acirradas, caracterizam o novo tempo em política.

Diante dessa perspectiva, é que a sociedade necessita sempre do debate, do constante espaço da ação comunicativa, livre de coerções, dogmas e sectarismos – sem características finalistas.

Diante da superprodução dos “mestres dos ismos”, não podemos deixar prevalecer o dilema do “ser papagaio”, muito menos do “ser mudo”. É preciso compreender que ninguém detém a verdade ou está sentado em lugar privilegiado. Portanto, a análise de um discurso tendencioso, doxal e avarento, pode constituir o antônimo da máxima de Nietzsche: “Não é pro ser coxo que não se vá caminhar”.

Por outro lado, é preciso que os sujeitos sociais, políticos por natureza, constituam seus projetos sem reproduzir experiências ou expectativas totalitárias. Tudo isso serve, em primeira instância, para apontar de que não se deve esperar por soluções que advenham da ordem natural dos acontecimentos, ou ainda, apostar em “mágicos” em política, que tiram de sua “cartola” soluções que nos orientem para uma ontoteologia da “boa sociedade”, “terra prometida” ou “paraíso do laissez-faire”.

Assim, assumir-se enquanto sujeito político, de ação comprometida é estar alheio às vontades de um sistema fechado, absoluto. No dizer de Cirne Lima, “Assumir-se enquanto sujeito é desempenhar um papel ativo neste filme onde estamos de qualquer forma arrolados: a vida!”.

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sábado, 16 de outubro de 2010

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CIBERBULLYING: O ANONIMATO QUE GARANTE O SOFRIMENTO!

 

10-ambienteCom certeza você já deve ter se deparado com alguma notícia sobre o Bullying. O tradicional bullying é um ato de excesso de abuso de quem se julga “valentão” sobre outro mais fraco, seja em condições emocionais ou físicas. Com o avanço das redes de comunicação e, da internet de uma forma geral, o Bullying toma uma nova dimensão: O Ciberbullying. O Ciberbullying é uma modalidade de violência por meio da internet que garante o anonimato de quem sofre e, muitas vezes, o não reconhecimento de quem pratica.

Segundo uma pesquisa realizada pela SaferNet (ONG) em 2008, com 875 jovens internautas, constatou que 38% foram vítimas de ciberbullying e 44% dos amigos "reais" já sofreram esse tipo de violência ao menos uma vez.

Diante desse enorme número e cada vez mais crescente, a preocupação aumenta. Anteriormente se se falava de uma prática restrita ao ambiente escolar, portanto, a ação contra o mesmo tinha foco. Agora, com a expansão pela internet, fica mais difícil, no entanto, não impossível. Pense em algum tipo de material que difame alguém. Esse mesmo material é posto na internet e, pode ser reproduzido em questão de segundos pelo mundo inteiro. O mundo inteiro tem acesso à esse tipo de agressão. Mesmo descoberto, alguém pode guardar esse material para postar mais tarde.

Grande maioria das crianças e jovens tem acesso à internet. No entanto, algumas dicas aos pais são importantes:

- Sinais de depressão, falta de vontade de ir à escola e de brincar com os amigos bem como dificuldades para dormir, podem aparentar algum tipo de ameaça;

- O melhor, é manter um diálogo entre pais e filhos, para que a vítima se sinta à vontade para denunciar esse tipo de violência.

A ONG – SaferNet Brasil, em parceria com o Ministério Público e a Polícia Federal criou um site de denúncia contra crimes praticados na internet: www.denuncie.org.br . Para quem pretende o debate sobre o tema, proporcionando algumas discussões, poderá visitar o endereço www.netica.org.br

Enfim, o Ciberbullying pode ter fim! O melhor é conversar com seus filhos, se colocando à disposição. Observar os comportamentos e, quando perceber algum tipo de agressão via internet, denunciar!

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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

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SEM ÉTICA, NÃO DÁ!

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A Ética é um dos temas transversais contidos nos Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação. Existem outros, mas ela é um dos principais temas que perpassa toda a integridade curricular a ser ensinada nas escolas. Isto quer dizer que, qualquer ação ou projeto pedagógico que as escolas deve ser perpassado pela ética.

A Ética é um tema que quando pautada, desde o mais simples dos homens até o mais intelectual, sempre surge muitas inquietações. São perguntas, afirmações que denotam uma postura, uma escolha entre o certo e o errado. Quem poderá determinar o que é certo ou errado?

Na verdade, não podemos falar de ética sem observar o campo da moral; ou seja, as diretrizes de convivência social estabelecidas pelas normas sociais que buscam apresentar o que é considerado como bem ou mal para a sociedade.

Mas a moral muda! Conforme alteram-se os comportamentos humanos, também as diretrizes sociais são alteradas. Essas alterações ocorrem devido à ação da mídia, transformações tecnológicas, relações econômicas, políticas, etc. Em verdade, se observa que, ao passo que ocorrem essas transformações, também a moral muda.

Diante da nova moral social é que somos convidados a ser éticos. Ser ético requer uma postura diante do mundo. Ser ético, requer entender qual é o nosso papel social. Ser ético, é mais que discurso, é ação consciente.

Dessa forma, qualquer que seja a moral predominante, necessita de uma ética que aposte principalmente em valores universais (válidos para toda parte e lugar). A defesa da vida, saúde, educação e uma política sadia não podem ser esquecidas por nenhum cidadão que se diz comprometido com a sua e a vida dos outros.

Assim, sem ética não dá! Não dá pra ser feliz em um mundo onde as pessoas agem apenas pelos seus próprios interesses; onde empresas se utilizam de discursos de responsabilidade social para produzirem mais e mais lucro; onde o Estado é apenas representativo e sem eficácia em suas ações. Não dá pra dizer que ensino, enquanto apenas estou preocupado em passar o meu tempo, produzindo o lucro que vai satisfazer minhas necessidades materiais.

Enfim, não dá pra viver feliz em um mundo sem ética!

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sábado, 2 de outubro de 2010

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SORRIA! VOCÊ ESTÁ SENDO MANIPULADO!

 

manipuladoDesde as épocas mais íngremes de nossa história, sempre houve momentos em que alguns homens tiveram poder sobre outros. Desde a origem da sociedade com a invenção da propriedade privada até os dias de hoje, buscam-se ferramentas para a manutenção de poder. Nesse cenário, insere-se a educação como uma “faca de dois gumes”, ou seja, ou serve para libertar, ou serve para controlar.

Rememorando aqui o Séc. XVII e XVIII, lembramos da Revolução Industrial, àquela que diante do olhar de muitos burgueses trouxe muitas contribuições; mas, do olhar de tantos sociólogos trouxe um desesperador cenário de empobrecimento econômico. Nessa época, a educação tradicional servia de suporte para a alimentação da mão-de-obra. As escolas tinham como pretensão formar um trabalhador que se adequasse ao nível de exigência das fábricas. Eram as populares escolas de fábrica. Diante dessa narrativa, infelizmente, alguns ainda acreditam que hoje deveria ser assim!

Na verdade, essa “função social” da escola tradicional se estende até os dias de hoje, com algumas exceções. Hoje a escola é cobiçada! Ela é o ponto de encontro da ideologia dominante com a busca da sobrevivência das classes mais míseras da sociedade. Obviamente, a ideologia dominante determina as linhas do desenvolver pedagógico escolar: a manipulação!

A manipulação é inculcada inconscientemente em nossas crianças, construindo desde cedo pessoas alienadas ao consumo de produtos de corporações que estão interessadas apenas no seu crescimento. E o pior disso tudo, ainda é que, do ponto de vista administrativo utilizam a responsabilidade Social como um discurso demagógico evidente para permitir à sociedade que às veja com bons olhos. As corporações são as responsáveis pela manipulação social!

Não tendo outra saída, os governos, sejam eles populares ou elitistas, se apoiam nas demandas corporativas para delinear suas políticas, entre elas, as educacionais. Para tal, se constroem mirabolantes metas de educação pautadas em eixos transversais descritos nos documentos oficiais em educação, como por exemplo, o discurso de qualidade.

Assim, percebe-se que, ao se desenvolver na linhagem da educação como pretensão manipuladora, somos coagidos à pensar, consumir, viver a cultura, produzir, etc., da maneira que o pensamento dominante determina. No entanto, por mais que paire a crítica, surgem algumas iniciativas que “apagam” da memória política do nosso povo as preocupações, como por exemplo, as programações de TV, copa do mundo, as maravilhas do mundo moderno (tecnologia), enquanto robotizamos nossas crianças! Mas como disse: “Sorria, você está sendo manipulado!”

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