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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

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A NORMOSE: A GRANDE PRAGA DE NOSSO TEMPO!

Quem é o Normótico? É aquela pessoa que não escuta, é aquela que está pensando só em si, que não se dá conta que tudo está ligado com tudo. É aquela pessoa que para diante de um semáforo e vê aquele bando de crianças perdidas e acha que isto não tem nada a ver com ele. O normótico lê jornal, vê a calamidade social e se estiver tudo bem no seu “canteirinho”, na sua “vidinha” de sempre, está tudo bem. O Normótico não está nem ai quando se fala de problemas atmosféricos, quando se fala de buraco da camada de ozônio, aquecimento global, El Niño, etc. E o pior, por nunca assumir sua responsabilidade, tem normótico muito bem sucedidos. Então, a grandefundo-mar2 praga de nosso tempo é a Normose!

A Normose é a patologia da Normalidade, e como dizia Jung, “Só aspira á normalidade o medíocre”, porque nós não estamos aqui para a normalidade, não estamos aqui, educadores e educadoras para “plantar a semente” da transformação. Estamos para liderar!

O mais interessante é que desde pequenos, somos ensinados a cultivar a Normose. Ficamos indiferentes frente às situações cotidianas; abrimos mão da responsabilidade social para cultivar a individualidade. O “Eu” assumiu o lugar do “Nós”. O “outro” é visto como uma ferramenta necessária para o nosso bem-estar. O “outro” é aquele que nos deve servir. O bem-estar, o luxo e o status social dependem exclusivamente de nossa individualidade.

Enquanto à pouco tempo teorias demonstravam que precisávamos do outro como um espelho para nossa própria existência, hoje, somos a cadeia de nossa própria consciência. Nesse sentido, o ser humano passa de uma realidade à um sonho. Aspiramos sempre melhorar, qualificar, produzir… mas, e o humanizar? Onde fica? A Normose “comeu”.

Confúcio (551 - 479 a.C), Grande Mestre autodidata, disse: “Aos 15 anos orientei meu coração para aprender. Aos 30, eu plantei meus pés firmemente no chão. Aos 40 não mais sofria perplexidade. Aos 50, eu sabia quais eram os preceitos do céu. Aos 60, eu os ouvia com ouvido dócil e aos 70, eu podia seguir as indicações do meu próprio coração, porque o que eu desejava não mais excedia as fronteiras da justiça”. Confúcio não disse apenas para seguir as próprias inclinações. Ele orientou para aprender, perceber o chão da vida, ouvir o coração e por ultimo, ser justo. Em outras palavras, é simples de aprender a ver as palavras de Confúcio, basta perceber que você “troca de roupa em dois minutos, mas pode levar uma vida inteira para aprender a ouvir seu coração”. Quando isto acontecer, estará pronto para superar a normose e dar mais sentido à vida comunitária e social.

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

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POLÍTICA COMPENSATÓRIA OU FRACASSO ESCOLAR?

bolsa É de saltar os olhos! O Governo Federal anunciou na terça-feira, dia 19/01/2010 o cancelamento de 23.592 contas do Bolsa-Família no país. Já no RS, 1.918 benefícios acabaram sendo anulados. O motivo: frequência escolar. As famílias atingidas não comprovam a presença dos filhos nas aulas, uma das exigências para receber os recursos. Adolescentes de até 15 anos precisam de 85% de presença, enquanto os jovens de 16 e 17 necessitam de 75%. No entanto, quando se percebe que os adolescentes de até 15 anos tem baixa frequência, a família recebe uma advertência. Na quinta advertência, o benefício é definitivamente cancelado. Para os jovens de 16 e 17 anos o processo é mais rápido. Bastam três descumprimentos para o benefício ser cancelado.

Para alguns, isso é motivo de louvor. Para outros, desgosto. Para nós, pessoas preocupadas com a educação, isso deve ser motivo de reflexão, pois sabemos que a baixa frequência leva consecutivamente ao fracasso escolar. Depois do fracasso escolar, seguem outras peripécias da vida, como por exemplo, o uso de drogas, a prostituição, o marginal, entre outros…, mas principalmente, o analfabeto político.

No entanto, ficamos extremamente estarrecidos com uma política compensatória como esta. Não basta que o Ensino Fundamental seja de caráter obrigatório, enquanto o Ensino Médio passa pelo mesmo processo, ainda é preciso existir “trocas de favores” entre o Governo e àqueles que não veem sentido na escola?

De outro lado, é preciso estar ciente de que uma família que não tem as mínimas condições de participar da vida social, também não vê motivo para colocar seus filhos na sociedade que à excluiu.

Várias então, são as hipóteses pelas quais um sujeito inserido na vulnerabilidade social, em espécie econômica, não frequenta as aulas. Obviamente, a família não pode perder um benefício que, humanamente é um direito seu enquanto excluída socialmente. Devem-se tomar outras medidas que venham a inserir novamente esses adolescentes e jovens na escola. Mas compensá-los o “mérito” de estar frequentando a escola com Bolsa-família, é gritante.

Ainda me recordo do tempo em que íamos à escola com vontade de estudar. Ninguém pagava nada para todos os dias acordarmos cedo, enfrentar sol ou chuva, frio ou calor, etc., apenas nos alimentávamos pelo desejo do conhecimento e da construção de um futuro com dignidade. Me parece que hoje, as políticas compensatórias estão aquém do sonho de muitos. Sabe-se lá, quem são os interessados em “domesticar” àqueles que ainda criticam o sistema! Temos que lembrar de fato, que para os “lobos”, apenas interessa que todos sejam “ovelhinhas”! Forte abraço.

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domingo, 17 de janeiro de 2010

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DUDUCA E DALVAN AINDA EXISTEM!

Diante dos tropeços políticos e da falta de "vergonha na cara" de alguns, quero lembrar hoje de uma canção que não quer calar: "Massa Falida" - Duduca e Dalvan.

Posto a Letra e o Vídeo como tema de reflexão:

Eu confesso já estou cansado de ser enganado com tanto cinismo
Não sou parte integrante do crime e o próprio regime nos leva ao abismo.
Se alcançamos as margens do incerto foram as decretos da incompetência
Falam tanto sem nada de novo e levam o povo a grande falência!
Não aborte os seus ideais
No ventre da covardia
Vá a luta empunhando a verdade
Que a liberdade não é utopia!
Os camuflados e samaritanos nos estão levando a fatalidade,
Ignorando o holocausto da fome, tirando do homem a prioridade.
O operário do lucro expoente e a parte excedente não lhe é revertida,
Se aderirmos os jogos políticos seremos síndicos da Massa falida!
Não aborte os seus ideais............

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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

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APRENDEREMOS A CONVIVER OU MORREREMOS JUNTOS?

Imagem1 Estamos vivendo um momento de muitas mudanças na questão planetária. Algumas pessoas falam apenas de uma visão ambiental, mas a era planetária se justifica pelo fato de que, àquilo que acontece com o meio ambiente está intimamente ligado com todos os aspectos e processos que acontecem nas mutações do universo. Por isso, precisamos aprender a viver a nova era planetária.

Nesse momento é necessário retomarmos as primeiras perguntas: “Quem somos?”, “Onde estamos?”, “De onde viemos?”, “Para onde vamos?”. Essas perguntas são necessárias pois é a partir delas que percebemos a nossa fragilidade perante o mundo.

Pensando sobre essas perguntas, o homem reflete sobre a sua participação e inserção no mundo. Trás para si e para os que convivem consigo um fluxo enorme de necessidades. Nesse sentido podemos perceber as diversas condições humanas e suas preocupações.

Precisamos aprender que a nossa existência gira em torno de dois polos: a vida e a morte! Já em outro artigo escrevi que “ou aprenderemos a conviver todos juntos, ou vamos morrer juntos”. Infelizmente, parece que está difícil de conviver com a nossa própria condição existencial, então imagine com as diferenças dos outros. Já que não sabemos conviver, precisamos aprender. Para isso, o processo de educação das crianças precisa ser repensado. As gerações até aqui educadas, não aprenderam a identificar-se com as questões planetárias. Aprendemos que tudo quanto for externo à nós, deve ser explorado. Se precisar derrubar árvores, queimar pneus, escravizar o outro homem para o obter luxo – era permitido. Agora é hora de ensinar as crianças a reconhecerem-se como partícipes da era planetária. De que forma? É muito simples: apenas fazê-las pensar sobre aquelas perguntas acima. A partir da reflexão sobre a sua fragilidade é que surge o reconhecimento e a dependência para com todas as questões que envolvem a era planetária, em especial o meio ambiente.

Outra questão necessária a ser ensinada é o sentimento de cidadania que nasce da participação na comunidade. Quando participamos de nossa família, comunidade, sociedade, política, etc., nos sentimos mais responsáveis por elas. Aliás, não deveríamos apenas nos sentir responsáveis por elas, deveríamos ter a convicção de que somos responsáveis. Nesse sentido, as grandes decisões que dependem exclusivamente da dimensão política e que desembocam na preservação do planeta, seriam levadas mais a sério.

E para concluir, é preciso repensar as instituições sociais (família, Igreja, Estado, Partidos Políticos…). Vejo papel fundamental na Escola nessas transformações. Mas, para isso, a Escola deve mudar também…É possível?

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sábado, 2 de janeiro de 2010

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REFLEXÃO COM CHAPLIN - 1ª DE 2010

CHAPLIN1“A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o  verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar  novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara pra faculdade. Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando….E  termina tudo com um ótimo orgasmo!!! Não seria perfeito?”

Abraços,

Prof. Rudinei

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