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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

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O VALOR DO PROFESSOR OU O PROFESSOR DE VALOR?

Aos professores cabe o intuito de serem os representantes intelectuais de uma sociedade que prioriza o conhecimento nos seus mais diversos âmbitos. Os professores são herdeiros de uma tradição que caminha lado à lado com o poder político, econômico, religioso, científico e social. Em seu aspecto profissional, a luta por uma sociedade melhor se configura a partir de sua intelectualidade, de sua formação, de sua compreensão da realidade e do seu amor em ensinar e sua disposição em aprender.
No entanto, o que vemos não é consoante com as premissas acima. Visualizar o professor na atualidade é tomar consciência de que os representantes intelectuais de nossa sociedade se esvaziaram de sua essencialidade, de seu caráter e, principalmente de sua construção intelectual. Em parte, isso se deve à sua formação, em outra, a mudança cultural trazida pela mudança de paradigma moderno para o pós-moderno.
A superficialidade do saber foi acrescida em nossos currículos escolares em detrimento da construção do conhecimento, da leitura, da produção escolar. As escolas se tornaram paredes obscuras de tempos em que não se permite mais observar o mundo assim como ele é, permite-se apenas observar os “quadros pintados” pelos artistas ideológicos que nos aprisionam em suas cores, tintas e vontades. É isso! A escola reproduz uma realidade que nem mesmo interessa à ela.
A formação é uma questão interessante que faz pensar nos seus tempos e espaços. Algumas universidades, em especial as particulares, entendem seus acadêmicos como códigos de barras. O acadêmico tem valor de mercado e não valor epistemológico. Como formar caráter priorizando pela vida mercadológica das pessoas?
Estamos professores! Deveríamos ser mais e estar menos! O tempo de sala de aula é um tempo que se espera o tempo passar. Você iria à um lugar sem saber o que irá acontecer lá? Se tentou responder essa pergunta, lembre que, essa é a rotina de bilhões de estudantes em todo Brasil que, desde o café matinal até a noite carregam lições tradicionais em suas mochilas.
Por último, o amor em ensinar se converte no amor à aprendizagem. Aprender é uma palavra que não deve ficar presa ao outro, mas principalmente à nós. Amar o ensino é apaixonar-se pelo aprendizado. Como pode alguém ensinar com amor se não amar o aprender?
É isso!
Abraço, ((•)) Ouça este post