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sexta-feira, 25 de março de 2011

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MEIO AMBIENTE: UM DESAFIO PARA TODOS!

Atualmente percebemos que os recursos naturais do nosso planeta estão se esgotando. Exemplo disso é a água. Estoques de água potável diminuem e são crescentemente contaminados pela ação humana. A camada de ozônio agredida aumenta a intensidade dos raios ultravioletas e, as chuvas ácidas corroem florestas e cidades. Os aspectos que são mais preocupantes se referem à concentração de gases que causam o efeito estufa que eleva o aquecimento da atmosfera, provocando inevitáveis mudanças climáticas. Assim, você é convidado a perceber a importância da conscientização sobre os problemas do meio ambiente.

O que falta para muitos para o desenvolvimento dessa percepção é de fato, compreender o que significa meio ambiente. Essa expressão soa menor, uma vez que utiliza o termo “meio”. E o pior, algumas pessoas confundem, dentro da perspectiva do pensamento moderno que, existem dois tipos de meio ambiente: o externo (natureza tão recheada de recursos) e o interno (nossa casa).

Para compreender o que é o meio ambiente, precisamos abandonar a concepção de que o meio ambiente é algo exterior à nós, portanto, que não nos diz respeito. É da necessidade situacional que vivemos, entender que o meio ambiente é um todo de relações que dizem respeito diretamente às formas de vida que se sustentam sobre a terra e, em especial, suas relações.

Segundo definição científica, meio ambiente significa tudo àquilo que está ao nosso redor, assim como também onde nos localizamos. Nossa casa é meio ambiente, não porque ela tem objetos que são extraídos da natureza, mas porque é nela que desenvolvemos nossas relações. A Escola é meio ambiente.

Nesse meio ambiente e em relação com o outro meio que somos nós, aprendemos a respeitar a vida em sua totalidade, isto significa que, devemos pensar também na conservação da diversidade e no respeito às culturas como forma de sustentação de valores fundamentais.

Ainda que muitos não percebam, somos meio ambiente. Os impactos de nossas ações desconcertantes em relação à vida social, política, econômica e ambiental, são sentidos por todas as espécies e em todas as partes do mundo. Pensar o meio ambiente assim é ampliar a nossa capacidade de compreender que a vida depende da forma que somos educados.

Necessariamente, precisamos estabelecer uma relação mais próxima entre a percepção ambiental e a educação. E isso não é só papel da escola, é dos professores, pais, alunos e principalmente, de toda comunidade. Afinal, se as escolas não discutem temas que são importantes para a preservação da vida, o que elas discutem?

 

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domingo, 20 de março de 2011

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É POSSÍVEL UMA SOCIEDADE SEM ESCOLAS?

 

"Boas intenções não têm muito a ver com o que estamos discutindo aqui.
Para o inferno com boas intenções. [...] Boas intenções não ajudam ninguém."
(Ivan Illich, trecho do discurso To Hell With Goog Intentions, na conferência para jovens americanos voluntários, 1968)

Temos um velho modelo de Escola. Na escola, o professor decide o que o aluno deve aprender. Ele está ai para ensinar. Alunos, pais e sociedade, veem a escola como a chave que abre portas para o mercado de trabalho. Nos anos 60, o filósofo e educador austríaco Ivan Illich criticou a institucionalização da sociedade e também a da educação. Para ele, a escola apresenta problemas sérios que prejudicam seu importante papel social. A escola está inserida em uma comunidade, numa sociedade, inserida num país, inserida no mundo cada vez mais interligado e globalizado.

Para Illich, na Escola Institucionalizada, o professor, considerado o único dono da verdade limita outras trocas de informações entre os alunos, monopolizando o aprendizado. O sistema se torna burocrático, limitando a liberdade de pensamento. Illich criticava todas as Instituições.

A solução para esse problema, segundo Illich, está no título de sua obra mais famosa: “Sociedade sem Escolas”. Ele explica que, a Escola funciona como ferramenta de domínio de uma sociedade hierarquizada e desigual.

Para ele, o conhecimento não deve ser monopolizado por uma Instituição social, mas sim, deve ser compartilhado por todos, de uma forma democrática e livre.

Para demonstrar a ineficiência do sistema educacional monopolizado, Illich usa o exemplo de como os enormes gastos em educação nos Estados Unidos são insuficientes para resolver o problema. Ele escreve que não é um certificado ou um diploma que capacita o profissional, mas seu interesse e conhecimento construído. Conhecimento trocado com a família, comunidade, com profissionais capacitados formando redes de aprendizagem.

O livro de Illich, gerou vários debates entre educadores, a maior parte não concorda com ele. No entanto, algumas ideias presentes no livro, como as redes de aprendizagem, tornaram-se realidade no século XXI. A televisão e a Internet são formas de informação e conhecimento acessíveis e abertas. Ficou mais fácil buscar informação por conta própria. Os caminhos do aprender ficaram mais interessantes. A partir deles, quem sabe, podemos chegar à um modelo de educação menos escolar,.

Para discutir: Como será a escola do Século XXI? Essa é uma questão que continua em aberto.

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sábado, 12 de março de 2011

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EDUCAÇÃO E AS CATÁSTROFES

catastrofeParece inevitável que, nos últimos tempos, a discussão em torno das catástrofes humanas, ambientais, políticas, econômicas, etc., ocupem os espaços de discussão e debate onde nos encontramos. Não é à toa! Não poderia ser diferente, todos os dias os meios de comunicação nos bombardeiam de notícias carregadas de conteúdo preocupante.

Existe por parte dos estudiosos das mais diversas áreas, a preocupação de estimular pesquisas que fomentem soluções para os problemas que temos. No entanto, não é o suficiente! Percebemos que existe uma cultura disposta a dar continuidade para essas catástrofes. Essa cultura não é nova, foi inventada, construída e, para nossa infelicidade, disseminada.

Quando em pleno Século XIX se falava em melhorar a vida nos seus mais diversos âmbitos, pensadores se dispuseram a discutir de que forma isso deveria acontecer.

Auguste Comte (1798-1857), foi um dos pensadores mais influentes no que diz respeito ao desenvolvimento social, político, econômico, científico, do século XIX. Ele, estudioso das ciências naturais previa que o funcionamento da vida em sociedade se desenvolveria semelhante ao mundo físico, da natureza. Auguste Comte, introduz uma visão positiva de ciência, ou seja, as leis já estão prontas, não há o que discutir. A base para o desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e político passaria, antes de mais nada, pelo domínio do homem sobre a natureza e, consequentemente, sobre o outro.

Como desenvolver a sociedade? Comte responderia que, inserindo na educação dos indivíduos os pressupostos de ORDEM e PROGRESSO. A Família educaria moralmente os indivíduos para a cultura do silêncio, do aceite. A Escola, dando continuidade, deveria desenvolver os indivíduos cientificamente, pressupondo de que, conhecendo a natureza também se poderia conhecer a ação humana e dominá-la.

Dessa forma, percebemos que o século XIX colaborou para as catástrofes que existem hoje. Fugir dessa discussão é fingir que não construímos história. O grande problema que temos é que, o projeto de Comte foi aceito porque interessava à classe dominante da época e, simultaneamente, continua a interessar para a mesma hoje.

Continuamos a educar para essa mentalidade! Inverter esse paradigma seria o ponto de partida para humanizar as relações tensas entre países, pobres e ricos, catástrofes naturais. É necessário pensar que outro projeto sustentável é possível. É preciso, digo, urgente, renunciar à uma mentalidade conservadora e que, até agora, só tem produzido mutilações humanas em todos os aspectos da vida social.

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domingo, 6 de março de 2011

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A MULHER NO PROJETO POLÍTICO DE PLATÃO

Platão foi um filósofo antigo (Séc. VIII a. C.), conhecido especialmente por sua obra “A República”. Nesta obra, Platão descreve os traços de um modelo de cidade ideal, onde todos os cidadãos, cumprindo seu papel também seriam felizes. Platão pensou quem seriam os governantes, os trabalhadores, os guardiões, etc., todos conforme as inclinações naturais. Platão também pensou as mulheres em seu Projeto Político.

Conforme ele, as mulheres não sofreriam qualquer tipo de discriminação. Elas realizariam trabalhos junto aos homens, inclusive prestariam serviço militar. Também acreditava que a presença das mulheres nos campos de batalha aumentaria a valentia dos soldados, pois eles não desejariam passar por covardes frente aos olhos femininos. Ela adquire os mesmos direitos dos homens, inclusive no exercício da ginástica.

Observa-se, porém, que naquela época, a educação da mulher era centrada e fechada ao lar. Platão admite a mulher na Acadêmica, mesmo que trajasse vestes curtas que, naquele tempo, era prática comum entre os homens.

Do ponto de vista da inserção social, as mulheres poderiam participar de qualquer uma das três classes fundamentais da sociedade por ele planejada, ou seja, a dos governantes, dos guerreiros e dos trabalhadores.

Diz também, que tal como acontece com os homens, e sem discriminar, há mulheres dotadas para filosofar, exercer trabalhos militares, desempenhar profissões econômicas, etc.

Mas a identidade social dos direitos da mulher, implica diretamente em identidade pela educação. E Platão, no entanto, procurou resolver.

Essas eram, na época de Platão algumas preocupações com a questão da mulher. Hoje, percebemos outras tantas. O mundo mudou, e junto com as mudanças vieram outros desafios. De certa forma, a mulher vem conquistando espaço na sociedade, basta por hora, criar um espaço novo, mais feminino, sem com o tempo precisar ocupar os postos criados ‘masculinos’.

No dia da mulher, refletir sobre os espaços políticos de sua inserção, é um desafio. Sabemos que hoje, mesmo que se busque uma inserção também há interesses econômicos camuflados nesse processo.

Mulheres, reflitam com Platão a necessidade de uma sociedade política melhor organizada, que permita a inserção da mulher não como uma obrigatoriedade, mas como uma necessidade, para que, juntos, homens e mulheres, possam construir um mundo novo!

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