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quinta-feira, 23 de junho de 2011

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POR QUE AS CRIANÇAS MENTEM?

imagesOs pais estão preocupados com a mentira de seus filhos. Isto acontece, pois nos ensinaram que mentir é uma atitude má. Quando nos encontramos nessa situação, a primeira atitude é averiguar qual é a mentira de nosso filho e, por que o mesmo está mentindo. O segundo passo, é buscar estratégias adequadas que estimulem o desenvolvimento de uma personalidade sã com equilíbrio emocional.

A criança, desde o momento mais prematuro de seu desenvolvimento mente pois cria fantasias. A mentira infantil não é premeditada. A mentira infantil é apenas uma forma de associar o mundo interior com o mundo exterior, seus desejos e sonhos com a realidade.

Os pequenos trocam muito rapidamente suas compreensões de realidade, pois são grandes produtores de imaginação. Quando a criança cria a fantasia, ela não tem a pretensão de enganar ninguém; ela apenas busca, distinguir claramente entre o real e a imaginação.

A criança muda rapidamente do lugar onde fala, pois permite assegurar suas fantasias e seus desejos a partir do que está falando. Não satisfeito, cria outra realidade, portanto, com outra explicação. Assim, ela se sente feliz, porque abandona o que não gosta e coloca em seu lugar, o objeto de seu desejo. Suas representações imaginárias tem tanta força como aquilo que percebem.

A fantasia criada pela criança está intimamente ligada com o seu desejo. Ela cria a fantasia para simular, por exemplo, a vida adulta. Por esse motivo, toda brincadeira de criança reproduz, por assim dizer, modelos da vida adulta.

Até os quatro anos de vida, a criança considera como verdade àquilo que experimenta. Toda sua percepção é fruto de suas experiências sensíveis. Conforme vai crescendo, vai aprendendo a diferenciar a realidade da imaginação. Quando aos cinco anos, a criança começa a expressar o sentido de sua imaginação como produto real de seu entorno. É nesse momento que a criança começa a distinguir o verdadeiro do fantástico, vindo a necessitar da capacidade de mentir como um recurso de afirmação. Em etapa anterior, não é assim.

A criança mente quando, de forma premeditada, afirma algo que busca a partir dali, ganhar ou perder. A mentira é uma ideia em desacordo com a verdade, omitindo para os demais a própria verdade. Para ser considerada mentira, deve haver intenção no ato e no fato a ser publicado como uma mentira.

No entanto, a mentira infantil faz parte do desenvolvimento humano. Não é uma fase má; muito pelo contrário, é o momento em que a criança desperta para a criatividade.

Diálogo e ajuda mútua devem constituir a base da relação da criança com o adulto. No entanto, como essa fase é passageira, não há necessidade de maiores preocupações. A história do Pinóquio, como recurso pedagógico, poderá colaborar.

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domingo, 19 de junho de 2011

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A DIVERSIDADE DOS VALORES NO MUNDO DA DIVERSIDADE

Vivemos em um mundo plural no que se refere aos valores. Por mais que, há sempre resistência de uma geração passada em relação à geração futura no quesito mudança de valores, jamais se pode negar que eles mudam. Os tempos mudaram! E com eles, também mudamos! A pluralidade de valores não é negativa, pelo contrário é fonte de criatividade, pois remete à busca de pontos em comum para nossa convivência, bem como a descoberta de valores fundamentais que dão razão ao existir e fazer humanos.

Diante dessa pluralidade de valores, percebe-se de forma evidente, o enfraquecimento da solidariedade. Com isso, perdem-se os vínculos entre as pessoas, a liberdade de estar atento a toda e qualquer realidade na qual a solidariedade não se faz presente.

A pluralidade é positiva quando analisada no todo. No entanto, devido aos avanços tecnológicos, independência prematura do sentimento de “poder” econômico de alguns países, está cada vez mais difícil prever as reações sociais. O desafio agora é compreender a condição humana, condição do mundo, mas, principalmente a condição planetária.

Os valores podem ser positivos (valores) e negativos (contravalores). Isso dependerá dos critérios que temos e que escolhermos.

A escolha de um valor terá consequências em nossa vida, independente de ser positivo ou negativo. O certo é que a escolha determina nosso modo de ser, de agir e pensar.

Ter consciência dos valores e sua importância é decisivo para o ser humano, pois, como ele não é um ser que nasce pronto, se faz; a escolha dos valores, como critério é fundamental para sua realização e satisfação.

Os valores são edificantes quando resulta de um encontro das possibilidades. Promovem crescimento, maturidade e especialmente a reciprocidade entre os seres humanos.

Vivemos um mundo onde não carecemos de realidades valiosas. Nossa grande dificuldade é escolher os valores que nos são apresentados. No entanto, quanto mais os valores forem duradouros, menos divisíveis, mais servem de fundamento para outros valores.

Concluindo, sem os valores, não somos o que podemos ser. Muito menos, podemos nos desenvolver como seres humanos. Por isso, é fundamental que as instituições sociais primem por uma educação baseada muito mais em valores do que propriamente na tradição. Precisamos escolher como valor àquilo que nos toca e nos possibilita ser diferentes.

Ninguém é dono de valores. Todos estamos em busca do mesmo. Mas só podemos falar do valioso quando estivermos vivenciando. Bons valores à todos!

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domingo, 12 de junho de 2011

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PORQUE VIVER NÃO É APENAS DINHEIRO!

libanoDentro de tão pouco tempo, não pelo efeito de armas nucleares, mas pelo descontrole da produção e pela busca exagerada do lucro, podemos destruir toda a vida no planeta. Passamos de um modelo de produção, para um modelo de destruição. Hoje, na Amazônia, 8.600 áreas do tamanho do Maracanã são destruídas a cada dia. São em média 154.000 árvores por hora. A partir desse dado, calcula-se que em 2050, mais de 45% da população mundial não contará com a porção mínima individual de água. Lembre-se, estamos em 2011. A água que temos e bebemos, no entanto, a água fresca, corresponde apenas a 2,4% da água do mundo; dessa, apenas 0,02% está disponível em rios e lagos para o consumo humano.

Outro fator preocupante é o derretimento das geleiras em virtude do aquecimento global. Esse derretimento ocorre três vezes mais rápido que, por exemplo, nos anos de 1980. Com o derretimento, ocorre a elevação do nível do mar em aproximadamente um metro o que expõe cerca de 145 milhões de pessoas à enchentes. Diante desse cenário, fica a pergunta: O que estamos fazendo? Não podemos comprometer as futuras gerações, elas não tem culpa se fomos ou estamos sendo irresponsáveis com nossa própria casa! Precisamos colaborar com o mundo, até mesmo com ações simples. Cito:

- Diga não ao cigarro! Além de fazer mal à sua saúde, as pontas do mesmo levam em até 10 anos para se decompor. Muitos animais que as comem acidentalmente morrem. Já não está na hora de parar de fumar?

- Use os dois lados de uma folha e recicle. O papel exige um surpreendente quantidade de madeira e energia para ser produzido.

- Use menos o grampeador. Se 10 milhões de funcionários de escritórios usassem um grampo a menos por dia, seria economizado quase 100 toneladas de aço por ano.

- Tire o carregador da tomada quando a bateria estiver carregada. Se 10% dos donos de celulares do mundo fizessem isso, o consumo de energia seria equivalente à utilizada por 60 mil residências europeias.

- Plante árvores. Uma árvore absorve até 360 quilos de CO2 por ano.

- Evite sair de carro. Usar um litro da gasolina produz 2,4 quilos de CO2. Desligue o motor quando estiver esperando alguém. O ar e seu bolso agradecem.

- Recicle latas de refrigerante. Um televisor pode funcionar 3 horas com a energia economizada com a reciclagem de apenas uma lata.

- E por último, leia esse texto, reflita e converse com seus filhos sobre o mesmo! Eles perceberão que você está fazendo algo mais importante do que o sustento econômico pela vida deles.

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domingo, 5 de junho de 2011

sábado, 4 de junho de 2011

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ENQUANTO “NÓS PEGA O PEIXE”, “VOCÊIS PAGA O PATO!”

 

Pagando-o-patoO Livro didático adotado pelo MEC (Ministério da Educação) ensina o aluno do Ensino Fundamental a usar a “norma popular da língua portuguesa”. O volume Por uma vida melhor, da coleção Viver, aprender, mostra ao aluno que não há necessidade de seguir a norma culta para a regra de concordância. Algumas frases utilizadas nos livros nos causam alguns desencantamentos com a escrita formal. Frases como “os livro ilustrado mais interessante estão emprestado”, “nós pega o peixe”, “os menino pega o peixe”, deixam escancarados àqueles que, tomam as regras estabelecidas para norma culta como padrão de correção das formas linguísticas.

Diante do exposto acima, alguns se colocam à favor dos “abusos” pois dizem que, na variedade popular não há lugar para a elitização do conhecimento. No entanto, essa premissa merece algumas críticas.

Em primeiro lugar, não se pode dizer que, ao ser crítico o sujeito abandona a escrita formal, dedicando-se somente aos regionalismos linguísticos. A crítica também é um processo formal, onde a noção clara das palavras contribui para a formulação de teorias. Estas, quanto mais claras forem, mais evidentes serão suas possíveis interpretações.

Em segundo lugar, não se pode afirmar que a escrita formal e culta é sinônimo de pensamento elitizado. A massa crítica também forma uma elite. Então, quando escreve-se, mesmo utilizando os regionalismos, tem-se o culto à uma outra forma de pensar e a produção de outra elite.

Em terceiro lugar, a importância de um padrão linguístico faz com que as pessoas estejam organizadas, entendidas e comunicadas pelo processo do significado das palavras. Fundamentalmente, escrever correto é também comunicar-se de forma compreensível.

Se o MEC produziu este livro com a intenção de errar em suas frases, justificando agora os regionalismos presentes no mesmo, tudo bem…o que ninguém está levantando é a possibilidade de, junto com a suspensão do kit contra homofobia, estarem sendo apontadas a falta de controle de qualidade e a displicência do próprio Ministério.

Não nos assusta! Lembram-se das provas do ENEM? Será que também é uma questão de regionalismo? Ou será uma postura elitista? Enquanto não sabemos as respostas para estas perguntas, o dinheiro sujo corre solto entre as veias abertas da corrupção que, para aumentar a nossa indignação, chegou até o coração da vida social: a educação. Enquanto isso, “eles pegam o peixe” e “nós pagamos o pato!”

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