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sábado, 27 de novembro de 2010

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INVASÃO DE PRIVACIDADE!

 

invasao_privacidade_cortadaRestou-me a perturbação, o stress, a falta de sossego! Como a maioria dos brasileiros, sou uma pessoa que trabalho, que tenho direitos e deveres diante da Constituição e pelo amor à nossa nação! Vamos fazer uma simulação?

Imagine o dia que você acorda e nas proximidades de sua casa já tem movimento de pessoas, carros, música, pessoas gritando, e em alguns casos até se xingando. Tudo bem, você acorda e vai encarar a vida! A maioria da população faz isso! Todos acordamos para um dia cheio de trabalho. Não seria tão ruim se fosse apenas no início da manhã…mas, o infortúnio continua.

Continue imaginando então, que ao voltar do seu trabalho para um almoço com a família, de repente, nas proximidades de sua casa, novamente, música, gritaria, barulheira de carros, etc. É quase inevitável conversar com as pessoas com as quais convive! A tolerância já vai diminuindo, e você começa a pensar, “minha saúde não precisa disso, portanto, acalme-se!”. Mas…continue imaginando…

Imagine que em sua família tem pessoas que estudam, que precisam se concentrar e, para quem estuda, sabe que existe alguns momentos que é mais difícil concentrar do que fazer qualquer outra atividade laboriosa. Imagine também que, como garante a Constituição Brasileira (Cap. III, Art.205) “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a COLABORAÇÃO da Sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa […]” estivesse em vigor…Mas, será que assim, está existindo a colaboração social? E ainda, se restassem os finais de semana para descansar, lazer ou estudo. O que está acontecendo?

Imagine se, conforme o Art. 5º, parágrafo XI da Constituição, onde diz “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador […]”, os grupos e pessoas respeitassem, ou, em ultima instância, conhecessem este artigo. Será falta de conhecimento ou de sensibilidade?

Imagine que você mora em uma cidade onde o som que os jovens colocam no final se semana em seus carros é questionado, mas outras faixas etárias não. O que você diria?

Imagine agora, que tudo o que você imaginou até aqui é real. Seja bem vindo ao mundo de quem mora próximo de um Centro de Convivência! Seja bem vindo ao mundo da Invasão de Privacidade!

Diante disso, sabemos também que existe o Art. 37 que reza sobre a responsabilidade da Administração Pública, obedecendo aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, entre outros. Mas, à quem compete o controle da perturbação do sossego alheio? À quem compete a invasão de privacidade?

Se olharmos com profundidade, veremos que se trata de um caso de Saúde Social. Afinal, ninguém deseja uma sociedade patológica, esfacelada…ou será que é interesse de alguém?

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sábado, 20 de novembro de 2010

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EU APOSTO NA EDUCAÇÃO, E VOCÊ?

 

brasileiroSe fosse pelos nossos representantes, deveríamos sentir vergonha de sermos brasileiros! Nem a educação não escapa mais da grande alçada da falta de caráter e ética de nossos representantes. O ENEM foi um exemplo disso. Mas, desde que o nosso estranho país foi colonizado, o brasileiro foi se acostumando a aceitar as mazelas geradas pela ignorância política dos políticos. E, conforme foram introduzindo a anestesia da corrupção no cérebro do brasileiro, destruindo sua capacidade crítica, o povo foi se massificando, até que o rótulo “odeio política” foi aceito por todos.

Em nome da democracia, nos ensinaram que participar é coisa para gente grande! Ao respeito e à honra do coronelismo capital, destinou-se aos pobres as migalhas de pão, trabalho e saúde, que o mantém no vácuo de qualquer posicionamento ou crítica.

Quanto às crianças, ah! - deixe que a mídia cuide delas! Não se preocupe: a educação de seus filhos está sendo construída por um programa de tv, um jogo de computador, um slogan estampado na música de cantores e dançarinas que são sarados; sararam tanto, que até inibiram as letras das músicas de carregarem sentido.

Os idosos! Será que eles ainda mantém o espírito de mudança vivo? Qual nada! Restou-lhes os bailes aos fins de semana! Durante a semana, representam uma massa que tem poder de consumo.

As mulheres! A indústria voltou-lhes os olhos. Mulheres compram mais quando impulsionadas pela beleza que determinado produto fantástico lhes pode oferecer. Portanto, elas são o alvo do mercado.

Os jovens, trabalhadores, estudantes…Até os estudantes que, dia após dia, ouvem de seus mestres lições de ética, estão à mercê de um processo de ingresso no Ensino Superior que promete ser o mais democrático, mas no entanto, parece ser o mais confuso. Alguém sabe o motivo?

Eu e você! Bom, somos brasileiros! Indignados ou acomodados, somos brasileiros! Brasileiros que ao acordar, tem a pretensão de visualizar dias melhores para todos. Quem sabe, o pouco que fazemos se transforme em muito e, o muito seja a base para a mudança de tudo que não está legal em nosso país! Muitas esferas precisam ser mudadas. Está na hora de começar.

Deixar a vergonha de ser brasileiro de lado, ter a verdadeira ousadia da mudança social são lições que não se aprendem apenas na escola. Essas lições aprendemos no dia-a-dia, na família, escola, Igreja, comunidade. Precisamos mudar! Eu aposto na educação, e você?

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sábado, 13 de novembro de 2010

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VIOLÊNCIA ESCOLAR: CENAS DE TERROR!

 

FERIMENTOSOntem era o filho do fulano. Hoje é de Ciclano. Amanhã poderá ser o seu! Todos os dias, na rotina da vida escolar, nos deparamos com cenas de violência. O mais estranho é que, as mesmas acontecem em um lugar que deveria ser de educação. Meninas e meninos, adolescentes e jovens, promovem rinhas e brigas programadas nas escolas, gravam as disputas com celulares e câmeras e as imagens vão parar em sites da internet. São brigas e provocações contra colegas, professores, prática de bullying, e até o uso de material escolar como armas para ferir. As dúvidas são muitas…Será falta de uma política educacional clara? Será que o espaço escolar não é mais atrativo e as brigas são motivo de manifestação? Será a denúncia de um sistema complexo que permite a cada dia inserir no cardápio dos jovens que é “legal” brigar? Ou será falta de medidas socio-jurídicas efetivas? Em todos os casos, nos cabe uma reflexão.

No programa “Mais Você” da Rede Globo, quarta-feira (10/11), a apresentadora Ana Maria Braga conversou com uma menina de 14 anos que foi atingida no rosto por lâmina de apontador, causando profundas marcas que, com certeza, não carregam apenas dor física, mas um retalhamento emocional. Ana Maria questionou o fato do por quê alguém coloca vídeos de tanta violência na internet, ao qual a menina respondeu: “Querem mostrar que ninguém manda na escola, que aqui é perigoso”; ao qual, a mãe da menina acrescentou: “Você deixa sua filha na escola e, quando volta, vê a mesma com o rosto cheio de sangue – é uma cena de terror!”.

Na entrevista, também foi questionado um desembargador, o qual afirmou: “A Justiça vai pensar que medida socioeducativas vão ser tomadas”. Diante de uma situação que se repete todos os dias, será que já não deveria ser tomada alguma iniciativa? Quem sabe não só de punição efetiva, mas um trabalho que envolvesse a discussão de tema como esse com os jovens, crianças e até os pais de agressores e vítimas.

Além disso, precisamos também de um trabalho restaurativo, ou seja, as escolas precisam de uma equipe técnica efetiva, atuante e profissional. Falo de atendimento ao aluno qualificado. Não apenas um atendimento que venha a tomar medidas paliativas, mas que coloque o aluno agressor sob pena de sua responsabilidade, que o faça conhecedor do mal que causou e incentive sua mudança.

Pode ser que em nosso município ainda não se tenha casos como esse. Não vamos esperar acontecer um primeiro para agirmos. A violência escolar acontece de forma mascarada, sem deixar pistas, muitas vezes escondida por quem à sofreu e, com medo de uma futura agressão, passe sem denúncia.

Converse com seus filhos sobre essas questões. Você professor, converse com sua turma sobre isso. Proponha trabalhos coletivos, pesquisas, representações, músicas. Pesquise em sua comunidade o que as lideranças pensam sobre o proposto.

Vamos acabar com a violência escolar, antes mesmo de sermos vítimas dela!

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sábado, 6 de novembro de 2010

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O QUE É IMPORTANTE NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS?

sauvage_3A Educação dada às crianças não foi sempre como a concebemos hoje. Em especial, a partir do Século XVIII, com um pensador chamado Jean Jacques Rousseau, é que a educação das crianças começa a ganhar um novo enfoque. Portanto, para entender o novo, vamos à algumas questões do modelo anterior à Rousseau.

A Educação é um processo que está permanentemente ligado às questões políticas. Anterior ao século XVIII, o modelo político era chamado de Absolutismo, que quer significar “alguém com poder sobre todas as coisas”. Este alguém, é chamado de Rei. O Rei era também um déspota, ou seja, alguém que faz uso do poder político em nome de suas próprias vontades. A organização social não estava baseada no bem-estar de todos, mas sim, apenas de uma determinada classe.

A classe mais elevada socialmente era também chamada de “Burguesia” – que vem de burgos – comerciantes da Idade Média. Era à essa classe que dirigia-se os princípios da educação e do desenvolvimento. Apenas estes tinham acesso à educação. Apenas esses eram educados. Eram, por assim dizer, os privilegiados!

Rousseau percebe que o bem-estar e os direitos naturais (vida, liberdade, dignidade) são grudados em todos desde o momento em que nascemos. No entanto, não pertencem à apenas uma classe socialmente elevada. Rousseau afirma que a educação, juntamente com a organização social, existe para a garantia desses direitos naturais.

Nesse sentido é que Rousseau pensa a educação da criança:

- A Educação é um processo natural e não artificial; deve ocorrer conforme o desenvolvimento da criança.

- A Educação é um processo contínuo; ou seja, dura toda a vida. Portanto, não se deve apurar o que mais tarde, conforme o ritmo, ela terá melhores condições de aprender.

- A Educação deve ser tão simples, como simples é a natureza. Nunca substituir as coisas reais pela sua representação. Em outras palavras, o contato com o real permite um melhor aprendizado à criança.

- A criança não deve ser tratada por padrões adultos, aprendendo coisas de adultos. Não se pode vestir crianças com roupas de adultos, é preferível roupas leves que facilitem o movimento e o desenvolvimento infantil.

Assim, Rousseau considera a criança importante. Dá liberdade à criança para a garantia de uma sociedade livre. É a partir dele que a educação começa a ser vista a partir da criança.

Muitas ideias discutidas por Rousseau são discutidas até hoje. Entre outros aspectos, ainda muitos elementos de sua proposta pedagógica ainda não foram implantados. Podemos melhorar a educação! Muitas questões dependem de cada um de nós!

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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

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HARVARD X STANFORD

Recebi essa mensagem por email. Gostei muito. Publico porque faz sentido.

Eis um exemplo do risco que representa a antecipação de conceitos a partir da aparência das pessoas ...

Malcolm Forbes conta que uma senhora, usando um vestido de algodão j ádesbotado, e seu marido trajando um velho terno feito à mão, desceram do trem em Boston, EUA, e se dirigiram timidamente ao escritório do presidente da Universidade Harvard. Eles vinham de Palo Alto, Califórnia e não haviam marcado entrevista.
A secretária, num relance, achou que aqueles dois com aparência de caipiras do interior, nada tinham a fazer em Harvard.
" Queremos falar com o presidente" disse o homem em voz baixa.
" Ele vai estar ocupado o dia todo" respondeu rispidamente a secretária.
" Nós vamos esperar".
A secretária os ignorou por horas a fio, esperando que o casal finalmente desistisse e fosse embora. Mas eles ficaram ali, e a secretária, um tanto frustrada, decidiu incomodar o presidente, embora detestasse fazer isso.
" Se o senhor falar com eles apenas por alguns minutos, talvez resolvam ir embora" disse ela. O presidente suspirou com irritação, mas concordou. Alguém da sua importância não tinha tempo para atender gente desse tipo, mas ele detestava vestidos desbotados e ternos puídos em seu escritório.
Com o rosto fechado, ele foi até o casal.
" Tivemos um filho que estudou em Harvard durante um ano " disse a mulher. Ele amava Harvard e foi muito feliz aqui, mas, um ano atrás ele morreu num acidente e gostaríamos de erigir um monumento em honra a ele em algum lugar do campus.
" Minha senhora" disse rudemente o presidente " não podemos erigir uma estátua para cada pessoa que estudou em Harvard e morreu, se o fizéssemos, este lugar pareceria um cemitério.
" Oh, não " respondeu rapidamente a senhora. Não queremos erigir uma estátua. Gostaríamos de doar um edifício à Harvard.
O presidente olhou para o vestido desbotado da mulher e para o velho terno do marido, e exclamou:
" Um edifício! Os senhores têm sequer uma pálida ideia de quanto custa um edifício? Temos mais de sete milhões e meio de dólares em prédios aqui em Harvard. A senhora ficou em silêncio por um momento, e então disse ao marido:
" Se é só isso que custa para fundar uma universidade, por que não termos a nossa própria?"
O marido concordou.
O casal Leland Stanford levantou-se e saiu, deixando o presidente confuso.
Viajando de volta para Palo Alto, na Califórnia, eles estabeleceram ali a Universidade Stanford, em homenagem a seu filho, ex-aluno da Harvard.
"A única instituição que se confunde com o Homem, é seu caráter!"
Por isso não generalize, nem emita pareceres e conceitos precipitados
sem conhecer toda a verdade, mas acima de tudo, jamais confunda um
homem com a Instituição que ele pretende representar, ainda que ele
considere esta possibilidade.

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terça-feira, 2 de novembro de 2010

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O DIREITO DE MUDAR!

Para muitos, o ideal é permanecer como está! Quando visualizamos a vida em sociedade, percebemos que a mudança faz parte da vida das pessoas. Para algumas, mudar é difícil; para outras, a vida sem mudanças constantes não teria a menor simpatia. De toda forma, o indicativo que temos é que a mudança é algo tão natural e mudarnecessário do qual, todos fazemos parte e, necessariamente, precisamos para viver. A mudança é um direito! Não está escrito na Constituição ou qualquer outro código, mas, todos temos o direito de mudar.

Não escrevo aqui sobre mudança de apartamento, casa, carro, etc. Falo da necessidade de mudança de opinião. Sem ela, nos tornaríamos rígidos em nossas posturas políticas e sociais a ponto de sermos totalmente inflexíveis. No entanto, a mudança provoca uma ruptura: a do antigo para com o novo.

O novo tem sabor de sonho, perspectiva, esperança…a visão antiga, tão carregada de certezas nos congrega ainda a ideia de que, tudo permanecendo como está, está bem. Assim somos, pessoas carregadas de vontade de mudança, ora, vontade de acomodar-se. A acomodação é a primeira inimiga de quem quer mudar. O que nos dá a certeza de que o sentimento de acomodação que está bom do jeito que está, permaneça como está? As certezas também são transitórias…

Imediatamente, me vem em mente um livro que muitas pessoas já leram – “Quem mexeu no meu queijo?” – que apresenta a necessidade da mudança, da abertura ao novo.

Se queremos ver nossa cidade crescer, devemos sonhar com o novo e empreender. Empreender não é construir prédios e outros artifícios naturais, empreender é ter novas ideias, novos projetos.

Entre nós, muitos são os que tem a capacidade de fazer, mas…será que são muitos também que tem a audácia de pensar projetos para a sociedade, política, educação? Assim, entramos então em uma crise de criatividade que só será resolvida quando de fato, descobrirmos que temos o direito de mudar. E, mudar para melhor!

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