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sexta-feira, 30 de julho de 2010

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POR ONDE CLICAS? CLICA LÁ, QUE EU CLICO AQUI!

mouse22São incansáveis sons, alguns mais delicados que outros…todos dependem da velocidade, força e intensidade da vontade do acesso. Se “trancar”, não adianta clicar mais forte! Não vai resolver! Bater no mouse, praticar violência contra a máquina é um ato impensado; não oferece nenhum tipo de resolução de problemas. Sua vida pode estar por trás de um clique!

Entrar em qualquer repartição de serviços, você ouvirá sons de cliques. Cliques que derivam agilidade no trabalho ou mesmo diversão.

Cada clique tem uma intenção: cliques no Orkut, significam uma busca por novas amizades ou mesmo, para alguns interesseiros (as), a descoberta de informações pessoais necessárias para uma possível fraude. Mas pensemos pelo aspecto positivo do clique.

Ao entrar em um estúdio fotográfico, observará sons de cliques que tentam corrigir àquilo que a natureza não ofereceu de belo em sua gratidão.

Ao entrares em um escritório de engenharia civil, encontrarás nas mãos hábeis de um engenheiro, cliques minuciosos das linhas que vão ganhando em várias dimensões cor e vida. É um artífice humano sendo desenvolvido por meio de uma engenharia brilhante que cada dia mais nos deixa deslumbrados com suas belezas.

Se for à um Cartório de Registros, nomes ganham formas por meio de um clique.

O mundo passou a ser confirmado (“OK”) por meio de cliques!

Clica aqui, clica ali. Por todos os lados cliques…cada clique em uma direção.

Instigante, provocante! Mas, ao mesmo tempo, triste!

Em todos os lugares, cliques! Quer sossego dos cliques? Entre em uma escola em nosso querido Brasil!

Na escola os cliques morreram! Aliás, será que algum dia existiram?

Na escola temos sons de todos os tipos… inclusive o mais íngreme dos sons: o barulhinho (às vezes rangido) do giz na parede! Sim, ali os cliques ainda não foram inventados!

Existem iniciativas que estão sendo “clicadas” para nossas escolas. Já existem projetos que preveem algumas horas no currículo escolar onde se possa clicar.

Muitos em educação ficam (ou será que foram educados assim?) surdos ao verem a imagem do produtor de cliques! Outros, tremem suas bases pedagógicas com o som dos cliques!

Penso que está na hora de “clicarmos” na escola, dando um “OK” na proposta de inovação pedagógica e profissional. Antes disso, precisamos também “clicar” na consciência de nossos administradores, para que se possa investir mais no desenvolvimento e estrutura de nossas escolas. Depois sim, quem sabe, ouvindo o som dos cliques, possamos falar em educação e dar com tranquilidade um “OK”.

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domingo, 25 de julho de 2010

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EDUCAÇÃO NO BRASIL: OS POBRES EM SEGUNDO PLANO!

ESCOLA_POBREO problema da educação no Brasil é de caráter sociológico. Desde os primórdios da formação social neste país, um homem é valorizado quando tem bens e, nem sempre, consoante com o conhecimento. Nesse sentido, a elite brasileira abandonou a Educação Pública nesse país. Assim, a escola particular (mesmo que mediana) serve para àqueles que tem dinheiro ou, em pequena parcela, os que são financiados pelo Estado. Diante dessa lógica, aos pobres fica relegada uma educação em segundo plano.

Há claro, nesse sentido, uma tentativa de nivelar a educação segundo a classe social à que o indivíduo se encontra. Pobre? Educação pobre! Qualquer um que tiver uma educação mediana se sobressai, pois a educação “nivelada por baixo” não oferece qualquer indício de concorrência. Para fragilizar mais ainda essa perspectiva, basta observar os índices do ENEM do ano de 2009. Fica então uma pergunta: será que a elite, que hoje domina as universidades públicas, conseguiria entrar nelas se toda a população tivesse as mesmas condições em seu processo educacional?

Na base de toda construção desse sistema existe a prerrogativa de que, por meio de um esfacelamento e degradação da educação para os pobres, fica mais fácil o domínio e a manipulação da consciência. Essa questão se acentua ainda mais quando em tempos de eleições o discurso irá pairar sobre a Educação.

Esse sistema produz um efeito de normalidade, ou seja, padronizar a forma de pensar das pessoas para que as mesmas não ofereçam qualquer tipo de resistência diante dos sistemas políticos, econômicos e sociais de domínio. É gritante saber ainda que, a classe de professores (considerados por muitos como intelectuais) serve de ferramenta para o funcionar desse sistema.

Em resumo, o que nos falta é um projeto que busque compreender um Brasil que avança economicamente e socialmente quando de fato, se valorizar o conhecimento. Para tanto, são necessários projetos voltados para a comunidade local, apostando no desenvolvimento e no papel da criança, do jovem, adulto e idoso, compreendendo a escola como um espaço onde se problematizam, desde as questões mais simples às mais complexas.

Essa possibilidade necessita de um novo olhar sobre a escola. Uma escola que não sirva de reduto ou passatempo, mas onde se produz no tempo que se passa. Uma escola onde se estude de verdade, se tenha sonhos, compartilhe angustias, onde o professor seja orientador; onde existe respeito com quer que seja, onde a família faça parte, não como visitante, mas como presença constante; enfim, uma escola onde se produza conhecimento humano, político, econômico e social. E esse conhecimento só é possível quando eliminadas as diferenças sociais. Enquanto isso não acontecer, a educação no Brasil sempre colocará os pobres em segundo plano!

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sábado, 17 de julho de 2010

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FILHOS NO ENSINO MÉDIO? ALGUNS ALERTAS…

adolescentes-escola-mesaO título de nossa coluna hoje parece um tanto assustador. Mas não é! Seria assustador caso se utilizasse dessa etapa da vida de nossos jovens apenas para mencionar que tudo está em perfeita harmonia. Essa coluna semanal está direcionada em especial aos responsáveis que têm jovens estudando na fase do Ensino Médio. Estes alertas que estão descritos abaixo, não servem apenas para quem tem hoje jovens no Ensino Médio, mas para àqueles que terão no dia de amanhã.

Geralmente quando o jovem está cursando o Ensino Médio, é a fase que os responsáveis encontram grandes dificuldades para acompanhar o processo escolar. Muitas vezes é a questão do conhecimento e seu domínio que entra em cena; outras, a complexidade do currículo (pelo seu nível de abrangência e número de disciplinas). Assim, é nessa etapa da vida dos jovens que eles também merecem um maior acompanhamento que poderá vir a colaborar com o trabalho do professor e, o melhor desenvolvimento do ser jovem na escola.

Algumas das questões a seguir, servem em especial nesse período de recesso escolar, para uma conversa de pais e filhos sobre o andamento escolar:

  • Os pais podem valorizar as atividades escolares como parte do crescimento intelectual dos filhos;
  • Observar se houve avanço social no que se refere à continuidade dos estudos, desenvolvendo uma visão mais ampla sobre os problemas e a participação no espaço onde convive;
  • Preocupações em relação ao mundo do trabalho.
  • Buscar acompanhar a rotina das atividades que são decorrentes do convívio social;
  • Conversar e ouvir com atenção os seus questionamentos, lembrando que nesta etapa de desenvolvimento surgem muitas dúvidas sobre novos temas que ainda não foram pautados sob certeza dos pais e professores;
  • O comportamento: hábitos de higiene, sono, tratamento com as pessoas, mudanças de humor.
  • Alertar sobre as responsabilidades que acompanham a maior autonomia das suas relações;
  • Verificar o material escolar utilizado pelo jovem: como estão suas anotações, a organização, etc.
  • Discutir a frequência às aulas e quanto à participação nas atividades escolares extraclasse.

A partir dessas questões que foram apontadas, verificar quais as lacunas. Logo no início das aulas, comunicar à escola quais as maiores defasagens. Importante entender, que nem todos os problemas pedagógicos são consonantes do ambiente escolar. É importante verificar que a vida de um jovem de Ensino Médio também está ligada ao seu desenvolvimento psico-afetivo e, a família pode ser um bom espaço para o conselho, a conversa, etc.

Diante dessa complexidade que é o Ensino Médio, verificar o posicionamento dos filhos em relação à sua aprendizagem. Verificar quais são suas principais preocupações e, com olhar crítico, ajudar a direcionar, orientar qual caminho a percorrer.

No mais, a vida é bela e merece ser vivida! Os problemas estão ai para serem discutidos e resolvidos.

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sábado, 10 de julho de 2010

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ENEM: GARANTIA DE ACESSO E PERMANÊNCIA?

enem1O ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) é uma modalidade de avaliação que permite ao estudante que findou o Ensino Médio ingressar no Ensino Superior. A nota do ENEM, em seu novo molde, permite com que se possa, entre as universidades que aderiram à ele, optar por um Curso de Ensino Superior, em diferentes localidades do Brasil. Muitos jovens, de diversas localidades, migraram para os locais onde escolheram como possibilidade de estudar. Mas a realidade não foi bem essa! Migraram, mas muitos acabaram voltando à sua família devido à falta de sucesso para a permanência. Estudar apoiado pelo PROUNI já é um acréscimo em facilitar a vida econômica e social daqueles que não tem renda para estarem no Ensino Superior, mas a vida do jovem estudante não gira apenas em torno da Universidade, ela também necessita do aspecto manutenção.

Nesse sentido, muitos jovens conseguiram o acesso à Universidade, questão que até então estava restrita somente à um grupo associado à cursinhos, etc. Mas, agora com o acesso garantido, como garantir a permanência? Sabemos que a vida na Universidade é dinâmica, é material de xerox, compra de livros, refeições (muitas vezes apuradas), a saída com os amigos, festa, internet, material para pesquisa, telefone, aluguel (para àqueles que tiveram que migrar), etc. Quem garante todos esses quesitos?

Algumas Universidades propõem o “Bolsa Permanência”, um programa em que, o jovem presta serviço na Universidade e recebe uma quantidade de dinheiro para esses gastos. Mas a grande maioria das universidades não tem essa modalidade.

Assim, a permanência ainda é um aspecto a ser melhorado pelo sistema. O ENEM deu bons resultados. Oxalá, nossos municípios tivessem políticas de incentivo à população jovem. O que se vê, pelo menos em nossa região são preocupações acerca de aspectos culturais, enquanto o jovem também se preocupa com seu futuro profissional à mercê das questões que envolvem as administrações públicas.

O Ensino Superior é um tempo de dedicação exaustiva. É momento de desenvolver programas de pesquisa que priorizem o desenvolvimento local e global. A presença da Universidade em determinadas regiões serve para desenvolver e fomentar novas discussões acerca de variados aspectos que são relevantes para o desenvolvimento humano e social daquele local.

Universidades ou Faculdades que estão meramente preocupadas com sua manutenção não visam a pesquisa como base do Ensino Superior. Para sobreviver no mercado, utilizam um marketing agressivo sob às questões financeiras, mas não abordam a qualidade educacional.

Assim, diante do ENEM/2010 temos vários desafios e, entre eles, a possibilidade da manutenção da vida do estudante. Por enquanto, cada qual, apoiado por sua família vai constituindo meios (muitas vezes ilícitos) de se manter. Outros, buscam o emprego que reduz seu tempo e dedicação ao estudo. Outros ainda, acabam desistindo, voltando e pagando caro para estudar! Temos assim, garantia de acesso, mas dificuldades de permanência!

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domingo, 4 de julho de 2010

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DECADÊNCIA NA EDUCAÇÃO: UM VOTO À IGNORÂNCIA POLÍTICA!

 

nao-verAno eleitoral – promessas… Cada dia é um importante desafio para àqueles que querem um cargo político. Muitos até já estão planejando e passando pelas cifras matemáticas o número de beijos e apertos de mão que serão necessários para se elegerem. Outros, investem gordurosamente em seu saldo bancário, pois ainda encontram pessoas que preferem uma cesta básica ao invés de quatro anos de governo de honestidade. Todo fato é que, promessas não faltaram e, a educação será um dos grandes chavões que se utilizarão durante esse período.

A educação aparecerá nos debates como prioridade. Nada mais justo que apontar para ela dessa forma. Mas, será que as promessas mirabolantes serão entendidas pelo povo brasileiro?

Diante da cultura do futebol, carnaval, a educação pouco pesa. A ignorância tomou conta de nosso povo. O povo, diante dos enfoques oferecidos pela mídia de forma cotidiana destemperou a noção de educação enfocando somente para a escola, enquanto a mesma é distribuída em todas as instituições sociais, como a família, a Igreja, o Estado.

Encontramos nossas escolas com instalações degradadas, professores maltrapilhos e, o pior de tudo, um esfacelamento da invontade política presente de forma mascarada pelos baixos salários, falta de incentivo à formação continuada, insanas condições de trabalho e inadequação dos planos de trabalho e conteúdos escolares sem significado para a vida escolar.

Nesse sentido, é preciso entender que, em nome da incompetência política gerou-se a ignorância popular. Somos culpados pelos distúrbios políticos que deixaremos aos nossos filhos. Somos os culpados pela decadência da moral e da ética que ainda existem e quer ser mais forte que o espirito de competência, solidariedade e dignidade de uma cultura que esqueceu que tem nome. Nossos filhos, alunos, crianças, não merecem serem o excesso de um sistema política fadado ao insucesso.

Enquanto perdurarem no ambiente escolar a violência, a fadiga, a falta de recursos, jamais teremos uma educação de qualidade. Enquanto os conteúdos que são ensinados não fizerem jus ao dia a dia das pessoas, jamais teremos significados em nossas práticas docentes. Mas, o Estado continua a teimar de forma inusitada de que, é melhor o sistema funcionar do que praticar alguma forma de mudança. Assim, são eleitas e desenvolvidas medidas paliativas que não mudam em nada a vida do professor, do aluno e consequentemente uma nova visão política.

Aos candidatos, deveriam pensar no que falam! Não pensar em justificar o que não foi feito…precisam entender que, para diminuir os casos de violência, prostituição, desemprego, etc, é simples, é só investir em educação. É preciso se propor ao novo! Não ter medo da mudança e, por conseguinte, das críticas! É bem mais cômodo ficar alheio às situações caóticas da sociedade, mas é um tanto antiético, amoral e apolítico permanecer assim.

Quem educa uma criança hoje, não precisa punir um adulto amanhã!

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