Páginas

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

0

FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO!!!!

Rudi_Natal_2010

((•)) Ouça este post
0

UM NATAL PARA TODOS!

 

PAZA tradição do Natal está presente à milênios entre os Cristãos o nascimento de Jesus Cristo é uma marca emocionante e traduzida para a espiritualidade do povo. Aos poucos, esse real sentido do Natal, que quer dizer “Nascimento”, foi sendo substituído por algumas ações que, ao contrário do ensinamento do menino Jesus, traduzem-se em morte.

Basta observarmos minunciosamente o que tem acontecido nos últimos tempos de Natal. O Cristo que nasce, ou pelo menos deveria nascer no coração de todos nós, muitas vezes é substituído por bebedeiras, velocidade excessiva nas estradas, uso de drogas, assaltos…enfim, nem vou continuar a lista, porque você já a conhece. Mas, acredite! Poderia ser bem diferente!

O Natal deveria ser um tempo onde renasce em nós a vontade de viver. Renascer, significa refletir sobre as coisas que foram boas durante o ano que passou. Natal é tempo de criticar as práticas políticas medíocres, os discursos religiosos demagógicos, os interesses econômicos que empobrecem a maioria em nome do bem-estar de uma minoria, tempo de rever as pequenas ações que praticamos e quais os seus impactos. Enfim, Natal é tempo de Renascer!

Hoje, o Natal configura-se como momento de grandes “promoções” no mercado de compra e venda de todos os produtos que instigam cada vez mais nosso prazer de consumir. Natal não é tempo de aumentar o consumo, e sim, intensificar a nossa espiritualidade! As pessoas estão preocupadas em presentear com “plásticos” e não com sentimentos!

Lembro-me do tempo de criança…a melhor imagem do Natal pode ser vista a partir da criança. As crianças refletem o que os adultos lhes mostram. Se meus pais tivessem mostrado um natal colorido de mercadorias, meu espirito capitalista teria formado minha concepção natalina. Mas, veja com uma criança desprovida de ambições capitais, qual é o real significado do Natal para ela; você vai se surpreender!

Portanto, me parece que devemos considerar o verdadeiro sentido do Natal. Rever nossas concepções acerca da fé e das limitações quanto ao incentivo ao consumo. Fazer um Natal mais feliz, depende de cada um de nós. Educar as crianças para um Natal com base na vivência cristã também é relevante. Natal é tempo de Paz! Mas, não uma paz construída apenas nesse tempo, mas a celebração da vida que construímos durante o ano todo.

Vamos viver o Natal 2010 de forma sadia, harmoniosa, sem bebedeiras, sem acidentes de transito, sem loucuras…Vamos fazer desse Natal o mais lindo de todos os tempos! FELIZ NATAL!

((•)) Ouça este post

sábado, 11 de dezembro de 2010

0

HOMO CONSUMENS: IDENTIDADE DE CÓDIGO DE BARRAS

 

homem_consumidor_jpgDesde os tempos mais remotos, o homem sempre foi um animal consumidor. Consumir é uma prática milenar. Os primeiros homens utilizavam a máxima da natureza para justificar o seu consumo: “o maior consome o menor!”. Fato é que, essa cadeia de consumo milenar se estende até os dias de hoje. Mas, até ai nenhum problema. O problema maior é que o consumo foi sendo mediado pela necessidade da obtenção do lucro. O dinheiro foi introduzido como motivo principal para se incentivar o consumo. Consumir dinheiro pode não ser a melhor forma de viver para quem pensa em economizar; mas, quem economiza, consegue a melhor forma de viver?

Essa é uma pergunta que esconde em si o significado mais inteligente do consumir, pelo menos, segundo a intenção de quem dita o que socialmente é aceito para o consumo. Basta você observar em sua casa, vestuário, alimentação, etc., o que é socialmente padronizado para o consumo? Desde as formas mais rudimentares e mesquinhas de se comportar socialmente, há alguém introduzindo no hábito das pessoas novos produtos à serem consumidos. Entre eles, encontramos os produtos alimentícios. Quanto químico introduzimos em nosso corpo! E o pior, ainda achamos natural ensinar as crianças à consumirem plástico, entre outros.

Ainda quando professor de Educação Infantil, fitado diante dos potinhos de lanche, ficava a pensar se os pais não tinham tempo para preparar algo mais natural, quem sabe, um simples sanduiche para seus filhos. Cansei de ver crianças com as lancheiras amarelas de tanto salgadinho químico. Será que não existe outra proposta? Pobre saúde…

Ainda para agravar, vemos que o nosso consumo não é nem responsável, nem sustentável. Todo produto que consumimos, devido à velocidade e rapidez de seu consumo, acaba por ser sempre um amontoado de descartáveis.

Nessa época, esses descartáveis ficam pendurados nas árvores como se fossem um “vejam, estamos consumindo esta marca”. Que disfarce irresponsável é esse de pendurar os códigos de barras nas árvores para imitar o natal! Alguém saberia dizer para onde vai essa identidade plastificada após o passar desse momento? Mais lixo...

Optar pelo consumo consciente, é não se deixar condenar nas amarras de código de barras. Consumir é próprio do ser humano, mas um consumo menos agressivo, menos malvado e acima de tudo, menos irresponsável. São atos de sustentabilidade que garantem a minha, a tua e a sobrevivência de nosso planeta. Afinal, a vida vale mais!

Se esse texto não lhe fez pensar, não vou insistir, apenas desculpe por consumir seu tempo!

((•)) Ouça este post

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

0

APROVAÇÃO OU REPROVAÇÃO?

 

05365Chegando à mais um final de ano escolar, muitos estudantes se veem no dilema dos exames – a chamada recuperação. É um bom momento para os mesmos refletirem se de fato o ano foi produtivo em termos de aprendizado, ou se, como para muitos, foi perca de tempo. Evidentemente, acentua-se o caráter de avaliar o que se sabe, se aprendeu, o que se ensinou. Não é momento de “acertar contas” entre alunos e professores, é sim, momento de repensar a forma de estudar, ensinar e aprender.

Nenhum pai deseja ver seu filho reprovado. Alguns, àqueles que menos se importam com a vida escolar de seu filho, pensam que o mesmo deve sempre ser aprovado, independente se durante todo o ano estudou ou apenas frequentou a escola. Esse comportamento é típico de pais que não acompanham a vida escolar de seus filhos.

Mas, reprovar é um ato que ninguém quer! Ninguém, independente daqueles que não estudaram! Nesse caso, deveria ser inevitável! Afinal, quando se fala em recuperação não se pensa em estudar para obter nota, mas sim, os possíveis conhecimentos que, por um motivo ou outro, durante o ano não foram possíveis. Assim, a recuperação deveria acontecer a cada novo período de aula. Mas, e a nota?

Obviamente que o conhecimento não é tido como uma medida que pode ser quantificado em números. Seria interessante se nos nossos regimentos pudéssemos avaliar por competências e habilidades. Sim, porque não posso saber o que o outro sabe, pois sou um ser diferente, capaz de aprender diferente, tenho uma história de vida diferente, etc. Ninguém aprende igual, então, ninguém deveria também ser avaliado igual.

O currículo escolar contempla várias competências e habilidades e, se pensa que, ao ser avaliado o aluno está demonstrando que aprendeu um pouco de cada coisa. Não vamos discutir currículo, pois o mesmo requer um estudo aprofundado, dado que ainda temos currículos fragmentados como no Século XVII.

Por fim, dizer que chegar ao final do ano com o sentimento de dever cumprido é muito gratificante, especialmente para o aluno que se dedicou, para o pai que apostou, a mãe que deu especial atenção e, para o professor que o acompanhou. Mas, em se tratando de reprovação, a história muda.

Desejo que todos estudantes tenham consciência de que a escola é lugar para aprender, estudar, ensinar e compartilhar o que temos de mais importante: a vida!

((•)) Ouça este post

sábado, 27 de novembro de 2010

0

INVASÃO DE PRIVACIDADE!

 

invasao_privacidade_cortadaRestou-me a perturbação, o stress, a falta de sossego! Como a maioria dos brasileiros, sou uma pessoa que trabalho, que tenho direitos e deveres diante da Constituição e pelo amor à nossa nação! Vamos fazer uma simulação?

Imagine o dia que você acorda e nas proximidades de sua casa já tem movimento de pessoas, carros, música, pessoas gritando, e em alguns casos até se xingando. Tudo bem, você acorda e vai encarar a vida! A maioria da população faz isso! Todos acordamos para um dia cheio de trabalho. Não seria tão ruim se fosse apenas no início da manhã…mas, o infortúnio continua.

Continue imaginando então, que ao voltar do seu trabalho para um almoço com a família, de repente, nas proximidades de sua casa, novamente, música, gritaria, barulheira de carros, etc. É quase inevitável conversar com as pessoas com as quais convive! A tolerância já vai diminuindo, e você começa a pensar, “minha saúde não precisa disso, portanto, acalme-se!”. Mas…continue imaginando…

Imagine que em sua família tem pessoas que estudam, que precisam se concentrar e, para quem estuda, sabe que existe alguns momentos que é mais difícil concentrar do que fazer qualquer outra atividade laboriosa. Imagine também que, como garante a Constituição Brasileira (Cap. III, Art.205) “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a COLABORAÇÃO da Sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa […]” estivesse em vigor…Mas, será que assim, está existindo a colaboração social? E ainda, se restassem os finais de semana para descansar, lazer ou estudo. O que está acontecendo?

Imagine se, conforme o Art. 5º, parágrafo XI da Constituição, onde diz “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador […]”, os grupos e pessoas respeitassem, ou, em ultima instância, conhecessem este artigo. Será falta de conhecimento ou de sensibilidade?

Imagine que você mora em uma cidade onde o som que os jovens colocam no final se semana em seus carros é questionado, mas outras faixas etárias não. O que você diria?

Imagine agora, que tudo o que você imaginou até aqui é real. Seja bem vindo ao mundo de quem mora próximo de um Centro de Convivência! Seja bem vindo ao mundo da Invasão de Privacidade!

Diante disso, sabemos também que existe o Art. 37 que reza sobre a responsabilidade da Administração Pública, obedecendo aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, entre outros. Mas, à quem compete o controle da perturbação do sossego alheio? À quem compete a invasão de privacidade?

Se olharmos com profundidade, veremos que se trata de um caso de Saúde Social. Afinal, ninguém deseja uma sociedade patológica, esfacelada…ou será que é interesse de alguém?

((•)) Ouça este post

sábado, 20 de novembro de 2010

0

EU APOSTO NA EDUCAÇÃO, E VOCÊ?

 

brasileiroSe fosse pelos nossos representantes, deveríamos sentir vergonha de sermos brasileiros! Nem a educação não escapa mais da grande alçada da falta de caráter e ética de nossos representantes. O ENEM foi um exemplo disso. Mas, desde que o nosso estranho país foi colonizado, o brasileiro foi se acostumando a aceitar as mazelas geradas pela ignorância política dos políticos. E, conforme foram introduzindo a anestesia da corrupção no cérebro do brasileiro, destruindo sua capacidade crítica, o povo foi se massificando, até que o rótulo “odeio política” foi aceito por todos.

Em nome da democracia, nos ensinaram que participar é coisa para gente grande! Ao respeito e à honra do coronelismo capital, destinou-se aos pobres as migalhas de pão, trabalho e saúde, que o mantém no vácuo de qualquer posicionamento ou crítica.

Quanto às crianças, ah! - deixe que a mídia cuide delas! Não se preocupe: a educação de seus filhos está sendo construída por um programa de tv, um jogo de computador, um slogan estampado na música de cantores e dançarinas que são sarados; sararam tanto, que até inibiram as letras das músicas de carregarem sentido.

Os idosos! Será que eles ainda mantém o espírito de mudança vivo? Qual nada! Restou-lhes os bailes aos fins de semana! Durante a semana, representam uma massa que tem poder de consumo.

As mulheres! A indústria voltou-lhes os olhos. Mulheres compram mais quando impulsionadas pela beleza que determinado produto fantástico lhes pode oferecer. Portanto, elas são o alvo do mercado.

Os jovens, trabalhadores, estudantes…Até os estudantes que, dia após dia, ouvem de seus mestres lições de ética, estão à mercê de um processo de ingresso no Ensino Superior que promete ser o mais democrático, mas no entanto, parece ser o mais confuso. Alguém sabe o motivo?

Eu e você! Bom, somos brasileiros! Indignados ou acomodados, somos brasileiros! Brasileiros que ao acordar, tem a pretensão de visualizar dias melhores para todos. Quem sabe, o pouco que fazemos se transforme em muito e, o muito seja a base para a mudança de tudo que não está legal em nosso país! Muitas esferas precisam ser mudadas. Está na hora de começar.

Deixar a vergonha de ser brasileiro de lado, ter a verdadeira ousadia da mudança social são lições que não se aprendem apenas na escola. Essas lições aprendemos no dia-a-dia, na família, escola, Igreja, comunidade. Precisamos mudar! Eu aposto na educação, e você?

((•)) Ouça este post

sábado, 13 de novembro de 2010

2

VIOLÊNCIA ESCOLAR: CENAS DE TERROR!

 

FERIMENTOSOntem era o filho do fulano. Hoje é de Ciclano. Amanhã poderá ser o seu! Todos os dias, na rotina da vida escolar, nos deparamos com cenas de violência. O mais estranho é que, as mesmas acontecem em um lugar que deveria ser de educação. Meninas e meninos, adolescentes e jovens, promovem rinhas e brigas programadas nas escolas, gravam as disputas com celulares e câmeras e as imagens vão parar em sites da internet. São brigas e provocações contra colegas, professores, prática de bullying, e até o uso de material escolar como armas para ferir. As dúvidas são muitas…Será falta de uma política educacional clara? Será que o espaço escolar não é mais atrativo e as brigas são motivo de manifestação? Será a denúncia de um sistema complexo que permite a cada dia inserir no cardápio dos jovens que é “legal” brigar? Ou será falta de medidas socio-jurídicas efetivas? Em todos os casos, nos cabe uma reflexão.

No programa “Mais Você” da Rede Globo, quarta-feira (10/11), a apresentadora Ana Maria Braga conversou com uma menina de 14 anos que foi atingida no rosto por lâmina de apontador, causando profundas marcas que, com certeza, não carregam apenas dor física, mas um retalhamento emocional. Ana Maria questionou o fato do por quê alguém coloca vídeos de tanta violência na internet, ao qual a menina respondeu: “Querem mostrar que ninguém manda na escola, que aqui é perigoso”; ao qual, a mãe da menina acrescentou: “Você deixa sua filha na escola e, quando volta, vê a mesma com o rosto cheio de sangue – é uma cena de terror!”.

Na entrevista, também foi questionado um desembargador, o qual afirmou: “A Justiça vai pensar que medida socioeducativas vão ser tomadas”. Diante de uma situação que se repete todos os dias, será que já não deveria ser tomada alguma iniciativa? Quem sabe não só de punição efetiva, mas um trabalho que envolvesse a discussão de tema como esse com os jovens, crianças e até os pais de agressores e vítimas.

Além disso, precisamos também de um trabalho restaurativo, ou seja, as escolas precisam de uma equipe técnica efetiva, atuante e profissional. Falo de atendimento ao aluno qualificado. Não apenas um atendimento que venha a tomar medidas paliativas, mas que coloque o aluno agressor sob pena de sua responsabilidade, que o faça conhecedor do mal que causou e incentive sua mudança.

Pode ser que em nosso município ainda não se tenha casos como esse. Não vamos esperar acontecer um primeiro para agirmos. A violência escolar acontece de forma mascarada, sem deixar pistas, muitas vezes escondida por quem à sofreu e, com medo de uma futura agressão, passe sem denúncia.

Converse com seus filhos sobre essas questões. Você professor, converse com sua turma sobre isso. Proponha trabalhos coletivos, pesquisas, representações, músicas. Pesquise em sua comunidade o que as lideranças pensam sobre o proposto.

Vamos acabar com a violência escolar, antes mesmo de sermos vítimas dela!

((•)) Ouça este post

sábado, 6 de novembro de 2010

4

O QUE É IMPORTANTE NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS?

sauvage_3A Educação dada às crianças não foi sempre como a concebemos hoje. Em especial, a partir do Século XVIII, com um pensador chamado Jean Jacques Rousseau, é que a educação das crianças começa a ganhar um novo enfoque. Portanto, para entender o novo, vamos à algumas questões do modelo anterior à Rousseau.

A Educação é um processo que está permanentemente ligado às questões políticas. Anterior ao século XVIII, o modelo político era chamado de Absolutismo, que quer significar “alguém com poder sobre todas as coisas”. Este alguém, é chamado de Rei. O Rei era também um déspota, ou seja, alguém que faz uso do poder político em nome de suas próprias vontades. A organização social não estava baseada no bem-estar de todos, mas sim, apenas de uma determinada classe.

A classe mais elevada socialmente era também chamada de “Burguesia” – que vem de burgos – comerciantes da Idade Média. Era à essa classe que dirigia-se os princípios da educação e do desenvolvimento. Apenas estes tinham acesso à educação. Apenas esses eram educados. Eram, por assim dizer, os privilegiados!

Rousseau percebe que o bem-estar e os direitos naturais (vida, liberdade, dignidade) são grudados em todos desde o momento em que nascemos. No entanto, não pertencem à apenas uma classe socialmente elevada. Rousseau afirma que a educação, juntamente com a organização social, existe para a garantia desses direitos naturais.

Nesse sentido é que Rousseau pensa a educação da criança:

- A Educação é um processo natural e não artificial; deve ocorrer conforme o desenvolvimento da criança.

- A Educação é um processo contínuo; ou seja, dura toda a vida. Portanto, não se deve apurar o que mais tarde, conforme o ritmo, ela terá melhores condições de aprender.

- A Educação deve ser tão simples, como simples é a natureza. Nunca substituir as coisas reais pela sua representação. Em outras palavras, o contato com o real permite um melhor aprendizado à criança.

- A criança não deve ser tratada por padrões adultos, aprendendo coisas de adultos. Não se pode vestir crianças com roupas de adultos, é preferível roupas leves que facilitem o movimento e o desenvolvimento infantil.

Assim, Rousseau considera a criança importante. Dá liberdade à criança para a garantia de uma sociedade livre. É a partir dele que a educação começa a ser vista a partir da criança.

Muitas ideias discutidas por Rousseau são discutidas até hoje. Entre outros aspectos, ainda muitos elementos de sua proposta pedagógica ainda não foram implantados. Podemos melhorar a educação! Muitas questões dependem de cada um de nós!

((•)) Ouça este post

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

0

HARVARD X STANFORD

Recebi essa mensagem por email. Gostei muito. Publico porque faz sentido.

Eis um exemplo do risco que representa a antecipação de conceitos a partir da aparência das pessoas ...

Malcolm Forbes conta que uma senhora, usando um vestido de algodão j ádesbotado, e seu marido trajando um velho terno feito à mão, desceram do trem em Boston, EUA, e se dirigiram timidamente ao escritório do presidente da Universidade Harvard. Eles vinham de Palo Alto, Califórnia e não haviam marcado entrevista.
A secretária, num relance, achou que aqueles dois com aparência de caipiras do interior, nada tinham a fazer em Harvard.
" Queremos falar com o presidente" disse o homem em voz baixa.
" Ele vai estar ocupado o dia todo" respondeu rispidamente a secretária.
" Nós vamos esperar".
A secretária os ignorou por horas a fio, esperando que o casal finalmente desistisse e fosse embora. Mas eles ficaram ali, e a secretária, um tanto frustrada, decidiu incomodar o presidente, embora detestasse fazer isso.
" Se o senhor falar com eles apenas por alguns minutos, talvez resolvam ir embora" disse ela. O presidente suspirou com irritação, mas concordou. Alguém da sua importância não tinha tempo para atender gente desse tipo, mas ele detestava vestidos desbotados e ternos puídos em seu escritório.
Com o rosto fechado, ele foi até o casal.
" Tivemos um filho que estudou em Harvard durante um ano " disse a mulher. Ele amava Harvard e foi muito feliz aqui, mas, um ano atrás ele morreu num acidente e gostaríamos de erigir um monumento em honra a ele em algum lugar do campus.
" Minha senhora" disse rudemente o presidente " não podemos erigir uma estátua para cada pessoa que estudou em Harvard e morreu, se o fizéssemos, este lugar pareceria um cemitério.
" Oh, não " respondeu rapidamente a senhora. Não queremos erigir uma estátua. Gostaríamos de doar um edifício à Harvard.
O presidente olhou para o vestido desbotado da mulher e para o velho terno do marido, e exclamou:
" Um edifício! Os senhores têm sequer uma pálida ideia de quanto custa um edifício? Temos mais de sete milhões e meio de dólares em prédios aqui em Harvard. A senhora ficou em silêncio por um momento, e então disse ao marido:
" Se é só isso que custa para fundar uma universidade, por que não termos a nossa própria?"
O marido concordou.
O casal Leland Stanford levantou-se e saiu, deixando o presidente confuso.
Viajando de volta para Palo Alto, na Califórnia, eles estabeleceram ali a Universidade Stanford, em homenagem a seu filho, ex-aluno da Harvard.
"A única instituição que se confunde com o Homem, é seu caráter!"
Por isso não generalize, nem emita pareceres e conceitos precipitados
sem conhecer toda a verdade, mas acima de tudo, jamais confunda um
homem com a Instituição que ele pretende representar, ainda que ele
considere esta possibilidade.

((•)) Ouça este post

terça-feira, 2 de novembro de 2010

0

O DIREITO DE MUDAR!

Para muitos, o ideal é permanecer como está! Quando visualizamos a vida em sociedade, percebemos que a mudança faz parte da vida das pessoas. Para algumas, mudar é difícil; para outras, a vida sem mudanças constantes não teria a menor simpatia. De toda forma, o indicativo que temos é que a mudança é algo tão natural e mudarnecessário do qual, todos fazemos parte e, necessariamente, precisamos para viver. A mudança é um direito! Não está escrito na Constituição ou qualquer outro código, mas, todos temos o direito de mudar.

Não escrevo aqui sobre mudança de apartamento, casa, carro, etc. Falo da necessidade de mudança de opinião. Sem ela, nos tornaríamos rígidos em nossas posturas políticas e sociais a ponto de sermos totalmente inflexíveis. No entanto, a mudança provoca uma ruptura: a do antigo para com o novo.

O novo tem sabor de sonho, perspectiva, esperança…a visão antiga, tão carregada de certezas nos congrega ainda a ideia de que, tudo permanecendo como está, está bem. Assim somos, pessoas carregadas de vontade de mudança, ora, vontade de acomodar-se. A acomodação é a primeira inimiga de quem quer mudar. O que nos dá a certeza de que o sentimento de acomodação que está bom do jeito que está, permaneça como está? As certezas também são transitórias…

Imediatamente, me vem em mente um livro que muitas pessoas já leram – “Quem mexeu no meu queijo?” – que apresenta a necessidade da mudança, da abertura ao novo.

Se queremos ver nossa cidade crescer, devemos sonhar com o novo e empreender. Empreender não é construir prédios e outros artifícios naturais, empreender é ter novas ideias, novos projetos.

Entre nós, muitos são os que tem a capacidade de fazer, mas…será que são muitos também que tem a audácia de pensar projetos para a sociedade, política, educação? Assim, entramos então em uma crise de criatividade que só será resolvida quando de fato, descobrirmos que temos o direito de mudar. E, mudar para melhor!

((•)) Ouça este post

domingo, 24 de outubro de 2010

0

TRAPAÇAS PARA CONQUISTA DE PODER: MEDO OU IGNORÂNCIA POLÍTICA

 

maladinheiroDomingo, 31 de outubro é dia de Segundo Turno das Eleições Presidenciais. Observamos a conduta dos candidatos, colocando a campanha em nível baixo em relação à qualidade política, produz a seguinte reflexão: Será que a mesma é explicável pelas deficiências deles ou pela ignorância política do eleitorado? Não é por outro motivo que, em campanhas políticas a assessoria de marketing é mais importante que a assessoria política na hora de conquistar o voto.

O eleitor sem formação política e sem convicções políticas precisa ser convencido a votar numa pessoa e não ser convencido de que o Projeto político e ideológico daquele partido é o que se apresenta mais necessário e coerente. O mais importante para os candidatos, é consolidar um sistema baseado na opinião publica que deixe camuflado as trapaças demagógicas presentes nos discursos aleatórios à sua vontade de governo.

Para a garantia do voto, baseiam suas campanhas e falas nas necessidades mais presentes da grande maioria empobrecida economicamente, culturalmente e politicamente.

Quanto ao posicionamento ideológico, fica difícil caracterizar a disputa entre Direita e Esquerda, uma vez que os discursos não mantém um ordenamento ideológico e sim buscam responder os ataques, ora de um, ora de outro lado.

Somos em maioria, ignorantes em política! A grande maioria do eleitorado só participa nas definições do poder através do ato de votar (o que alguns ainda justificam) e, entendem esse gesto como decisivo e definitivo. O poder político, sem trapaças, não se sustenta apenas com base em ideologias de um partido, ideias de uma só pessoa, mas é um somatório de forças e representação popular.

O pior é que isso se intensifica com o segundo turno: ele é disputado sempre por dois grandes blocos, heterogêneos e mal-alinhavados, de forças políticas grandes e pequenas, com um só propósito: a conquista do poder, nem que para isso seja necessário a Trapaça que gera o medo e a ignorância política.

Conscientemente, podemos assumir uma nova postura política, basta acreditarmos mais em educação e menos em ataques retóricos que, enquanto emocionam a disputa pelo poder, ludibriam os dias daqueles que, foram e continuam sendo, manipulados por àqueles que representam a força dominante.

((•)) Ouça este post

sábado, 23 de outubro de 2010

0

RESPONSABILIDADE POLÍTICA: “É tão cômodo ser menor” (Kant)

 

ignorância_políticaEm tempos políticos como o de agora, se vive exuberantemente um período de transição. O fluxo até então fragmentado e avassalador moderno, se constitui agora, nas palavras de Marx: “Tudo o que é sólido se desmancha no ar”. Como já dizia Aristóteles, devemos nos posicionar como arché ton esomenon (origem do que será), ou seja, uma constante abertura do ser. O desafio que hora se apresenta, é chamar a historicidade à si, e diante dela se apresentar em continência.

É tempo de pensar a poíesis, e não apenas a téchne. A imposição da ciência positiva como verdade adequatio se desmanchou, restando apenas uma verdade-ato. É nesse sentido que se constrói a atividade política atual, um exercício carente de garantias, um espaço instituinte, órfão de “pai” e em profundo desacordo entre “irmãos”. As divergências, o conflito, os consensos provisórios sujeitos à disputas acirradas, caracterizam o novo tempo em política.

Diante dessa perspectiva, é que a sociedade necessita sempre do debate, do constante espaço da ação comunicativa, livre de coerções, dogmas e sectarismos – sem características finalistas.

Diante da superprodução dos “mestres dos ismos”, não podemos deixar prevalecer o dilema do “ser papagaio”, muito menos do “ser mudo”. É preciso compreender que ninguém detém a verdade ou está sentado em lugar privilegiado. Portanto, a análise de um discurso tendencioso, doxal e avarento, pode constituir o antônimo da máxima de Nietzsche: “Não é pro ser coxo que não se vá caminhar”.

Por outro lado, é preciso que os sujeitos sociais, políticos por natureza, constituam seus projetos sem reproduzir experiências ou expectativas totalitárias. Tudo isso serve, em primeira instância, para apontar de que não se deve esperar por soluções que advenham da ordem natural dos acontecimentos, ou ainda, apostar em “mágicos” em política, que tiram de sua “cartola” soluções que nos orientem para uma ontoteologia da “boa sociedade”, “terra prometida” ou “paraíso do laissez-faire”.

Assim, assumir-se enquanto sujeito político, de ação comprometida é estar alheio às vontades de um sistema fechado, absoluto. No dizer de Cirne Lima, “Assumir-se enquanto sujeito é desempenhar um papel ativo neste filme onde estamos de qualquer forma arrolados: a vida!”.

((•)) Ouça este post

sábado, 16 de outubro de 2010

0

CIBERBULLYING: O ANONIMATO QUE GARANTE O SOFRIMENTO!

 

10-ambienteCom certeza você já deve ter se deparado com alguma notícia sobre o Bullying. O tradicional bullying é um ato de excesso de abuso de quem se julga “valentão” sobre outro mais fraco, seja em condições emocionais ou físicas. Com o avanço das redes de comunicação e, da internet de uma forma geral, o Bullying toma uma nova dimensão: O Ciberbullying. O Ciberbullying é uma modalidade de violência por meio da internet que garante o anonimato de quem sofre e, muitas vezes, o não reconhecimento de quem pratica.

Segundo uma pesquisa realizada pela SaferNet (ONG) em 2008, com 875 jovens internautas, constatou que 38% foram vítimas de ciberbullying e 44% dos amigos "reais" já sofreram esse tipo de violência ao menos uma vez.

Diante desse enorme número e cada vez mais crescente, a preocupação aumenta. Anteriormente se se falava de uma prática restrita ao ambiente escolar, portanto, a ação contra o mesmo tinha foco. Agora, com a expansão pela internet, fica mais difícil, no entanto, não impossível. Pense em algum tipo de material que difame alguém. Esse mesmo material é posto na internet e, pode ser reproduzido em questão de segundos pelo mundo inteiro. O mundo inteiro tem acesso à esse tipo de agressão. Mesmo descoberto, alguém pode guardar esse material para postar mais tarde.

Grande maioria das crianças e jovens tem acesso à internet. No entanto, algumas dicas aos pais são importantes:

- Sinais de depressão, falta de vontade de ir à escola e de brincar com os amigos bem como dificuldades para dormir, podem aparentar algum tipo de ameaça;

- O melhor, é manter um diálogo entre pais e filhos, para que a vítima se sinta à vontade para denunciar esse tipo de violência.

A ONG – SaferNet Brasil, em parceria com o Ministério Público e a Polícia Federal criou um site de denúncia contra crimes praticados na internet: www.denuncie.org.br . Para quem pretende o debate sobre o tema, proporcionando algumas discussões, poderá visitar o endereço www.netica.org.br

Enfim, o Ciberbullying pode ter fim! O melhor é conversar com seus filhos, se colocando à disposição. Observar os comportamentos e, quando perceber algum tipo de agressão via internet, denunciar!

((•)) Ouça este post

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

0

SEM ÉTICA, NÃO DÁ!

etica1

A Ética é um dos temas transversais contidos nos Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação. Existem outros, mas ela é um dos principais temas que perpassa toda a integridade curricular a ser ensinada nas escolas. Isto quer dizer que, qualquer ação ou projeto pedagógico que as escolas deve ser perpassado pela ética.

A Ética é um tema que quando pautada, desde o mais simples dos homens até o mais intelectual, sempre surge muitas inquietações. São perguntas, afirmações que denotam uma postura, uma escolha entre o certo e o errado. Quem poderá determinar o que é certo ou errado?

Na verdade, não podemos falar de ética sem observar o campo da moral; ou seja, as diretrizes de convivência social estabelecidas pelas normas sociais que buscam apresentar o que é considerado como bem ou mal para a sociedade.

Mas a moral muda! Conforme alteram-se os comportamentos humanos, também as diretrizes sociais são alteradas. Essas alterações ocorrem devido à ação da mídia, transformações tecnológicas, relações econômicas, políticas, etc. Em verdade, se observa que, ao passo que ocorrem essas transformações, também a moral muda.

Diante da nova moral social é que somos convidados a ser éticos. Ser ético requer uma postura diante do mundo. Ser ético, requer entender qual é o nosso papel social. Ser ético, é mais que discurso, é ação consciente.

Dessa forma, qualquer que seja a moral predominante, necessita de uma ética que aposte principalmente em valores universais (válidos para toda parte e lugar). A defesa da vida, saúde, educação e uma política sadia não podem ser esquecidas por nenhum cidadão que se diz comprometido com a sua e a vida dos outros.

Assim, sem ética não dá! Não dá pra ser feliz em um mundo onde as pessoas agem apenas pelos seus próprios interesses; onde empresas se utilizam de discursos de responsabilidade social para produzirem mais e mais lucro; onde o Estado é apenas representativo e sem eficácia em suas ações. Não dá pra dizer que ensino, enquanto apenas estou preocupado em passar o meu tempo, produzindo o lucro que vai satisfazer minhas necessidades materiais.

Enfim, não dá pra viver feliz em um mundo sem ética!

((•)) Ouça este post

sábado, 2 de outubro de 2010

0

SORRIA! VOCÊ ESTÁ SENDO MANIPULADO!

 

manipuladoDesde as épocas mais íngremes de nossa história, sempre houve momentos em que alguns homens tiveram poder sobre outros. Desde a origem da sociedade com a invenção da propriedade privada até os dias de hoje, buscam-se ferramentas para a manutenção de poder. Nesse cenário, insere-se a educação como uma “faca de dois gumes”, ou seja, ou serve para libertar, ou serve para controlar.

Rememorando aqui o Séc. XVII e XVIII, lembramos da Revolução Industrial, àquela que diante do olhar de muitos burgueses trouxe muitas contribuições; mas, do olhar de tantos sociólogos trouxe um desesperador cenário de empobrecimento econômico. Nessa época, a educação tradicional servia de suporte para a alimentação da mão-de-obra. As escolas tinham como pretensão formar um trabalhador que se adequasse ao nível de exigência das fábricas. Eram as populares escolas de fábrica. Diante dessa narrativa, infelizmente, alguns ainda acreditam que hoje deveria ser assim!

Na verdade, essa “função social” da escola tradicional se estende até os dias de hoje, com algumas exceções. Hoje a escola é cobiçada! Ela é o ponto de encontro da ideologia dominante com a busca da sobrevivência das classes mais míseras da sociedade. Obviamente, a ideologia dominante determina as linhas do desenvolver pedagógico escolar: a manipulação!

A manipulação é inculcada inconscientemente em nossas crianças, construindo desde cedo pessoas alienadas ao consumo de produtos de corporações que estão interessadas apenas no seu crescimento. E o pior disso tudo, ainda é que, do ponto de vista administrativo utilizam a responsabilidade Social como um discurso demagógico evidente para permitir à sociedade que às veja com bons olhos. As corporações são as responsáveis pela manipulação social!

Não tendo outra saída, os governos, sejam eles populares ou elitistas, se apoiam nas demandas corporativas para delinear suas políticas, entre elas, as educacionais. Para tal, se constroem mirabolantes metas de educação pautadas em eixos transversais descritos nos documentos oficiais em educação, como por exemplo, o discurso de qualidade.

Assim, percebe-se que, ao se desenvolver na linhagem da educação como pretensão manipuladora, somos coagidos à pensar, consumir, viver a cultura, produzir, etc., da maneira que o pensamento dominante determina. No entanto, por mais que paire a crítica, surgem algumas iniciativas que “apagam” da memória política do nosso povo as preocupações, como por exemplo, as programações de TV, copa do mundo, as maravilhas do mundo moderno (tecnologia), enquanto robotizamos nossas crianças! Mas como disse: “Sorria, você está sendo manipulado!”

((•)) Ouça este post

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

0

VOTAREI PELO FIM DO ANALFABETISMO POLÍTICO!

 

VOTE CONSCIENTE!

Estou decidido: votarei pelo fim do analfabetismo político! Se tem algo que deixa o povo brasileiro, é o analfabetismo político. Por causa desse vilão é que estamos sempre nas últimas posições das pesquisas em qualidade em educação, saúde, habitação, economia, agricultura, etc. É um analfabetismo duro de roer! Foi construído historicamente e, não é da noite para o dia que vamos lhe dar um fim.

O analfabeto político não é aquele que não sabe escrever. Esse chamamos de iletrado. O analfabeto político é àquele que se deixa manipular pelos interesses da mídia, que usa das informações distorcidas para o seu benefício. Analfabeto político vai mais longe, deixa-se corromper por algumas merrecas de reais, e mesmo que fosse muito, nunca é o suficiente para pagar a dignidade de quem está votando. Afinal, será que a dignidade tem preço? O analfabeto político é aquele que faz cartaz com preço da liberdade, dignidade e do trabalho.

O analfabeto político é aquele que anda pelas nossas estradas cheias de buracos pelo desgaste do tempo, e se orgulha em dizer que essas já foram melhor à tempos atrás, e que se agora não estão, é porque é assim mesmo. A maior justificativa do analfabeto político é a falácia “sempre foi assim, não é agora que vai mudar!”.

O analfabeto político vai mais longe, olha para a escola e a entende como um depósito de crianças. E, para as mesmas, dá a seguinte explicação: “A escola? É um tempo necessário…Para quê? Não sei, mas é…”.

Bertold Brecht escreveu sobre o Analfabeto Político, vejamos:

O pior analfabeto é o analfabeto político.

Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

Por isso, nessas eleições vou votar contra o analfabetismo político. Não quero que meus filhos, netos e porque não dizer eu mesmo, tenha e viva em um futuro vergonhoso. Nossas decisões de hoje, implicam diretamente no dia de amanhã. Assim, teremos, como diz Jota Quest, “Dias Melhores”: Vivemos esperando, dias melhores,dias de paz, dias a mais, dias que não deixaremos para trás!”

((•)) Ouça este post

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

0

APRENDI A VOTAR NA ESCOLA!

 

adolescentes-escola-mesaNa Antiguidade Clássica, época da política grega, um filósofo chamado Platão, andava pelas ruas de Atenas e quando lhe interrogavam sobre quem votar, ele apenas dizia: “Nem sempre o mais votado é o que realmente tem condições de governar!”. Infelizmente não foi isso que aprendi na escola. Na escola nos ensinam que votar é exercer democracia! Esse é o discurso que muitos políticos de carteirinha alimentam.

Na tentativa de discutir uma nova ideia sobre a democracia e o voto, que elaboro as premissas abaixo.

Vivemos em um tempo onde a complexidade é o ponto de partida da existência e da sobrevivência humana. Há, desde já, quem diga: “Ou aprendemos a viver juntos, ou morreremos todos juntos!” Essa é a diretiva que nos orienta. Questões como política, educação, saúde, meio ambiente, agricultura, etc., são questões que não estão desligadas da vida das pessoas. No entanto, percebe-se que para se ter saúde, necessitamos de uma alimentação sadia e, para se ter política sadia, precisamos de uma educação cada vez mais pautada em discursos que priorizem o consenso.

O consenso prevê o bom senso e o entendimento! E em matéria de política e voto, precisamos de bom senso e entendimento.

Não precisamos de pessoas que substituem o direito de exercer sua liberdade diante das questões políticas por merrecas de reais. Vontade do povo não se vende nem se compra! Os representantes políticos serão aqueles à quem se dará legitimidade popular.

Na escola aprendemos a eleger os corruptos. Votamos nos mais populares. Votamos sem responsabilidade naqueles que não tem responsabilidade. Líderes de turma geralmente são resultado do espírito de bando, assim como alguns políticos também o são.

Eleger pela fama, graça ou dinheiro, é apaixonar-se pela ignorância. Entrar em um consenso sobre política não é utopia: é uma necessidade! Discutir política para votar certo.

Assim, aprendi a votar na escola. Hoje quero reaprender a votar. Preciso votar com dignidade, justiça e acima de tudo, responsabilidade. Meus filhos e netos não precisam sentir o gosto amargo de uma política corrupta e de um país naufragado à beira da falência; eles precisam saber que um Brasil com dignidade e que priorize a vida se faz com competência e justiça e não com os votos da maioria. Votar não é disputar “quem ganha, quem perde”, mas sim é participar de um processo de entendimento, diferente do que fazíamos na escola.

((•)) Ouça este post

sábado, 11 de setembro de 2010

0

POVO QUE NÃO TEM VIRTUDE, ACABA POR SER ESCRAVO!

 

votoNo cenário atual, existem questões que são debatidas desde a antiguidade. No século VI antes de Cristo, o filósofo Sócrates debatia com seus interlocutores sobre quais virtudes o homem deveria ter para ser considerado cidadão. Sócrates, homem humilde, reconhecia que a maior virtude que um homem pode ter é o bem. Viver o bem não é querer algo em um momento, mas é um hábito. Sócrates já afirmava que a bondade deve ser praticada todos os dias e que, dela emanam a justiça, a igualdade, etc.

A Virtude, com o passar do tempo foi ganhando outros significados. O bem continuou por base, tanto é que para um sujeito ser ético ele precisa fazer uma escolha pelo bem; se assim não o fizer, será antiético.

Com essa pretensão, na Idade Média, em função do domínio da Igreja nos âmbitos políticos, econômicos e sociais, as virtudes ficam restritas aos princípios da teologia e, portanto, da interpretação que os religiosos davam ao Evangelho.

Já na Modernidade, com o nascimento do Capitalismo e as grandes revoluções das indústrias, não existe virtude maior que o Trabalho. Com um discurso mascarado, a burguesia sempre mais emergente acentuava o imperativo de que “quanto mais se trabalha, tanto mais se enriquece”. Enquanto isso, o mercado se desenvolvia em potencia e competição na perspectiva liberal e dava aos mais ricos hegemonia e poder na economia, política e em todos os aspectos sociais.

Hoje vemos com muita evidência algumas dessas premissas bem vivas: Alguns políticos “de carteirinha” fazem o que bem entendem com o poder que o povo lhes confere.

Diz-nos o Hino Rio-grandense: “Mas não basta pra ser livre ser forte, aguerrido e bravo; Povo que não tem virtude, acaba por ser escravo” e, diante de um tempo eleitoral, apontamos para as virtudes como “princípios” que todos e qualquer um deveria ter. Exemplo disso é não vender o voto! Cada vez que alguém destitui os princípios virtuosos de um povo, o condena, o escraviza!

Se quisermos liberdade, povo forte, aguerrido e bravo, precisamos também colaborar sendo virtuosos! Como? Primando pela verdade, dignidade e pela justiça como hábito. Não basta cantarmos com patriotismo as palavras de nosso hino, mas fazermos ecoar em nosso cotidiano ações que demonstrem nosso compromisso virtuoso com a política, educação, saúde, trabalho, valores humanos, dignidade, respeito ao idoso, jovem e criança, entre outros. Vamos pautar nosso vinte de setembro com as letras da Liberdade!

((•)) Ouça este post

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

0

OS LIMITES HUMANOS!

 

liberdade011Estou convencido: o limite de uma pessoa é medido pelo seu grau de conhecimento. Esse limite não se restringe apenas às pessoas que cotidianamente vivem a vida sem desafios, mas àquelas que, juntas formam o que chamamos de senso comum. Aplicar o conhecimento no mundo da vida é mais que importante, é essencial!

Desde os tempos mais remotos de nossa existência, o conhecimento tem sido elemento balizador na vida individual e coletiva das pessoas. Individual porque na esfera da autonomia, dos problemas particulares e das decisões que são unas, precisamos apontar criatividade. Já na questão coletiva, o conhecimento é o molde do entendimento entre as pessoas. Sem ele, há que se dizer que vivemos um tempo de bestialidade, ou ainda, de brutalidade animalesca. O conhecimento é mediador das relações de saber entre os homens.

Por meio do conhecimento, as pessoas demonstram o quanto são ou, àquilo que forma sua essência, seu eu. Nesse sentido, hoje vivemos uma série crise no processo de conhecer. Vivemos encadeados em um mundo de muitas informações e pouco conhecimento.

O acesso ao mundo das redes nos permitiu que pudéssemos estabelecer alguns tentativas de superação da frustração pela falta do acesso. Mas hoje, em especial, nos encontramos limitados ao conhecimento.

Armazenamos milhares de músicas em um aparelho, mas sequer sabemos cantar uma música por inteiro. Armazenamos milhares de dados e cálculos em planilhas eletrônicas e sequer sabemos a data de aniversário de nossos pais, avós. No entanto, nos encontramos nesse cenário perturbado pela lei do menor esforço.

Isso quer dizer, então, que o conhecimento não é mais possível? Pelo contrário, há uma forte tendência a assumirmos relações complexas como ponto de partida para nosso bem-estar. De toda forma, quando buscamos nos aproximar do meio ambiente, por exemplo, estabelecemos uma relação de cumplicidade e complexidade. Estamos inseridos em um espaço em que tudo se liga à tudo.

Nesse sentido, ver um pouco da natureza em cada um, é reconhecer que de fato, ainda existe um sentimento que no fundo prevê a vida coletiva dos indivíduos.

Então, conhecimento ou informação? Os dois. Numa relação de complexidade e cumplicidade, não há conhecimento pautado sobre as certezas, mas também não há conhecimento que não mereça ser corroborado. Assim, é nessa relação que vamos apresentando dados sobre nossos limites.

((•)) Ouça este post

domingo, 29 de agosto de 2010

0

QUEREM EDUCAÇÃO TÉCNICA! NÓS QUEREMOS SER GENTE!

 

candidatos_mosaico_hgO discurso até então dos presidenciáveis está focado na produção de uma educação técnica voltada ao trabalho, rumo ao desenvolvimento. Nesse sentido, é unânime o entendimento de que o Brasil será um país desenvolvido quando se efetivar uma educação voltada ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia.

Por mais que nossos candidatos tenham argumentado a necessidade de escolas técnicas – questão que, já no governo atual tem se expandido por meio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – eles esquecem do Art. 205 da Constituição que afirma: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” Então, não está apenas focado na qualificação técnica para o trabalho, mas considera o desenvolvimento humano e o exercício político.

Dessa forma, ainda visualiza-se um discurso político carregado da necessidade de pessoas que sabem apenas fazer. De fato, um sujeito crítico, pensante e gestor não é nada compatível com a proposta de alguns políticos, seja pelo fato de ser investigador, seja pela ação de conscientização das pessoas que com ele convivem.

Esqueceram também, nesse bonito discurso da educação técnica o Art. 206 da Constituição, que diz da “valorização dos profissionais da educação escolar, na forma de lei, planos de carreia […]”. De fato, o professor merece melhores salários, condições de trabalho, instrumentos para tal e cursos de aperfeiçoamento constante.

Uma das maiores necessidades atuais de nosso Mercado é a falta de pessoas preparadas no aspecto humano; profissionais que saibam visualizar não apenas um cliente, mas um cidadão, um necessitado, etc.

Não é de estranhar que esse seja o discurso, uma vez que vivemos em uma sociedade Mecanicista; ou seja, onde somos apenas mais uma engrenagem que, quando “gastar”, “vencer” ou não “funcionar” mais, é trocada por outra. Esse é o sistema, e esse é o discurso!

Desculpem políticos de carteirinha, mas o povo merece discursos bem mais nutridos de esperança! Discursos que carreguem a vida e a alma do povo, e não simples apelos de “pelo amor de Deus” em relação ao voto! O povo sabe que democracia não se faz apenas com o voto; o povo sabe que democracia é uma prática constante de ética e moralidade no que se faz cotidianamente. Se vós mesmos dizem que saíram do meio do povo, por que ainda não entenderam isso? Será que o gosto do dinheiro vale mais do que o sorriso de uma criança? Reflitam.

((•)) Ouça este post

sábado, 28 de agosto de 2010

0

A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO

ana_luiza_sartor

 

Por: Ana Luiza Sartor

2º Semestre de Pedagogia

URI – Santo Ângelo/RS

A educação, para que possa ser validada como uma prática social deve ser entendida no seu contexto socioeconômico e político, valorizando a formação de professores como sendo considerados sujeitos dessa prática social, portadores de um papel político, ativo, ético e crítico.

Tanto se fala que em educação deve-se unir teoria à prática, no entanto só podemos avaliá-la no cotidiano do professor em sala de aula. Pensa-se que sua formação inicial e posterior deve ser pautada sob um olhar crítico, sobre o mundo que o rodeia e, essa união deve manter a identidade e autonomia desse sujeito.

Sabe-se que a formação do profissional da área da educação depende do da situação histórico-social na qual está inserido, e de forma igualitária, que este está em constantes mudanças. Entende-se então, que o professor não está formado, mas está em constante formação e busca do saber.

Professores são considerados agentes sociais. Portanto, quando não tem embasamento teórico/prático em sua formação nada conseguirão “transformar”. Para que o professor consiga instigar em seus alunos um olhar sobre a realidade, que sejam capazes de avaliar e propor mudanças, ele também deve ser instigado a ter direcionamentos enquanto busca sua formação.

A formação de professores deve estar centrada na dimensão humana, cabendo aos formadores a mediação no processo de crescimento pleno do outro que está em processo. Pensando na qualidade dos cursos de formação de professores, devemos lembrar que além de conhecimento conteúdista, é preciso levar-se em conta a capacidade de dominarem certas habilidades carregando consigo competências humanas e sociais, para que sejam pertinentes em seu trabalho. As instituições de ensino vem valorizando cada vez mais a capacidade de trabalho em grupo dos sujeitos, onde as competências e habilidades estão diretamente ligadas às aprendizagens e saberes significativos.

Nesse sentido, é preciso “entender melhor” os alunos que estão em sala de aula, valorizando os saberes que trazem consigo suas necessidades, dificuldades e suas ambições, levando em conta qual é o contexto social e cultural ao qual estão imersos. Para isso é que se faz necessário que saiba “dominar” algumas competências e habilidades, bem como estar sempre aberto para o novo que possa vir.

A formação de professores deve permitir ser pensada cautelosamente, pois, posterior a sua formação, estarão lidando com sujeitos dotados de saberes e culturas diversas, que demandam cuidado e respeito. Assim, sabe-se valorizar e trabalhar dentro de um currículo que esteja aberto à transformações, transpondo seus objetivos através de sua ação, nos materiais que manipula e nas operações que utiliza.

Portanto, devem ser organizadas situações de aprendizagem que possam ser ligadas com a prática propriamente dita deste professor que busca sua formação, visando que este esteja preparado para enfrentar determinadas situações-problemas em sua, posterior, sala de aula, sendo capaz de administrar as mudanças que possam vir a ocorrer na sociedade na qual está inserido.

((•)) Ouça este post

terça-feira, 24 de agosto de 2010

0

VOCÊ JÁ CONVERSOU SOBRE VALORES COM SEUS FILHOS?

 

img322183_cersamaritaO tema “Valores” nunca foi tão debatido em seminários, entrevistas, artigos, etc. Há uma preocupação constante com a questão da inexistência de valores positivos na vida social. A crise de valores ultrapassa os limites da razão, do controle e, às vezes, até do bom senso. O que não faltam são exemplos. Não vamos nos fixar na discussão dos valores negativos, vamos discutir o que podemos fazer para diminuí-los, ou melhor, substituí-los por valores que preservem a vida.

Há que se dizer de que, os princípios que vão contra a violência são chamados de valores. Não são valores econômicos. São valores que não pesam na balança, mas que podem ser quantificados quando demonstrados em quesitos de qualidade de vida. Existem valores que são imediatos, que servem para determinados tempos. Alterando-se os paradigmas, desaparecem alguns e criam-se novos valores. Mas há os valores que são universais. Valores que não estão apenas dentro de um tempo, mas que são válidos para todo tempo e lugar. Esses valores são nomeadamente os limites, respeito, ética, exemplo, conduta, autoridade, disciplina, entre outros. Vamos nos deter nos universais.

Os valores universais, que tranquilamente nos pareciam estáveis, estão sendo agora contestados e substituídos por outros com diferente conotação. Um exemplo claro e que envolve todos os valores citados anteriormente, é a relação de pais e filhos. Nesse contexto, a escola responsabiliza a família argumentando de que a mesma não deu limites à ação do sujeito, enquanto que, de outro lado, a família incita a escola a desenvolver uma metodologia de trabalho mais adequada ao tempo. De fato, família e escola fazem juntas a educação acontecer. Não que cada uma tenha uma responsabilidade isolada, mas o trabalho é coletivo.

Filhos seguem exemplos. Uma conduta sem ética, responsabilidade, disciplina (organização), respeito, por parte dos pais ou de professores, serve exclusivamente para a formação da personalidade e, portanto, de exemplo para a vida do jovem.

A autoridade não é um processo que se impõe, se constrói. O problema é que, na falta de uma compreensão dessa perspectiva, muitos pais acabam por inverter os papéis: de autoridade passam a ser autoritários e aí, cria-se confusão de papéis. A autoridade construída gera reconhecimento pela capacidade de incitar a busca de outros valores; provoca a curiosidade e cativa atenção. A autoridade desenvolvida de forma sadia, não abre espaços para comportamentos violentos, e nem gera autoritarismo.

Nesse sentido, a família tem um papel importantíssimo: desenvolver a felicidade à cada um que dela faz parte! Ser feliz significa reconhecer no outro o que somos em nós mesmos! Ser feliz é desenvolver as virtudes. Ser feliz é possibilitar um entendimento sobre os valores que são essenciais para convivência.

Nesse sentido, é importante uma conversa sobre valores. Discutir quais são as grandes perguntas de cada um. Assumir que, enquanto pai e mãe, são apenas orientadores de aprendizagem e que, ensinando é que se aprende junto. Assim, converse com seus filhos sobre valores.

((•)) Ouça este post

sábado, 21 de agosto de 2010

0

A VIOLÊNCIA NA BRINCADEIRA INFANTIL

 

tv1Vygotsky, grande pensador do sociointeracionismo, enfatiza de que a brincadeira, o lúdico, colabora no desenvolvimento social da criança. Assim, a brincadeira favorece o desenvolvimento da autoestima e as ajuda a pensar o mundo de forma criativa. É na brincadeira que, ao passo que a criança vai interiorizando seu processo, que ela vai copiando modelos adultos de comportamento, seja no espaço grupal, seja nos comportamentos individuais.

Vygotsky em seus estudos elaborou uma teoria do desenvolvimento intelectual, onde todo conhecimento é construído socialmente; ou seja, ao passo que estamos ensinando, constantemente estamos também aprendendo e construindo nosso ser social.

Na perspectiva da brincadeira, do lúdico, aparecem os programas infantis. Programas geralmente vinculados à determinadas marcas que focalizam a mente da criança como um espaço de influência sobre os pais, para comprar, comprar, etc. Tudo em nome da felicidade infantil. Muitos desses programas vêm carregados de violência, em especial, em seus desenhos animados. Um mundo onde ficção e realidade se confundem; um mundo onde a ficção pode assumir o real e ter graves consequências sobre eles.

Cito exemplos como os “Power Rangers”, desenhos que como este, todo dia estão vinculados à mídia, inclusive de forma sutil. E como se não bastasse, quando termina seu episódio a apresentadora ainda diz: “Que legal!”.

Em uma sociedade violenta, impregnada pelo ódio às diferenças, é “legal” a prática da violência?

Vygotsky falou da brincadeira como desenvolvimento social. Que tipos de brincadeiras nossas crianças desenvolvem com base em programas violentos de TV? Que tipos de atitudes são oriundas das mesmas? Qual é o posicionamento dos pais ou responsáveis em relação à esse tipo de prática? Quais são as influências comportamentais desse tipo de mídia?

Está na hora de afirmarmos um NÃO! a toda e qualquer forma de violência infantil. Não é apenas na família e na escola que devemos dar bons exemplos para nossas crianças, mas influenciá-las a ter uma vida mental mais sadia, assistindo bons programas de TV, ouvindo boas músicas, lendo bons livros, praticando esportes, enfim…fazendo da brincadeira um espaço de interação social e não de desenvolvimento da violência. Eu digo Não à violência! E você?

((•)) Ouça este post

domingo, 15 de agosto de 2010

0

QUEM GANHA EM UM JOGO DE DAMAS?

 

art_simioni_020309Platão, filósofo da antiguidade clássica, um dos primeiros a falar sobre educação, política, governo, etc., frisou em seu tratado de política chamado “A República” que a Educação é um sistema que selecionará os que serão Governantes, Guardiães e Escravos. E de fato, temos até hoje um processo seletivo que “escolhe” alguns para a seara das “profissões do futuro”. E os outros? Aos que ficam à mercê, recolhendo as “migalhas” do sistema, lhes resta o trabalho de Guardiãs e Escravos do sistema pensado pelos primeiros.

A “escolha” acontece por meio de um processo mascarado: Nele não se consideram aspectos como tradição, genética, cultura, etc., apenas focalizam-se aspectos como classe social, economia, status social, etc. Assim, temos duas linhagens de escolhidos por meio dos sistema educacional: os que são escolhidos à pauperização do ensino e os que são considerados as primícias da população.

O sistema permite, como dito, de forma mascarada um governamento na vida das pessoas que, se torna evidente que as ações sociais são direcionadas conforme os interesses daqueles que anteriormente foram “escolhidos” pelo mesmo sistema, carregando o cognome de “melhores”, “vencedores”, “bem-sucedidos”, etc. Um exemplo de como isso acontece são os conteúdos ensinados nos currículos escolares.

Se tomados em sua totalidade, verificar-se-á de que os mesmos apontam para conhecimentos prévios que apenas a classe dominante os possui. Infelizmente, as políticas públicas em educação não contemplam àqueles que de fato necessitam delas. Infelizmente a base curricular não é o mundo da vida, a discussão política, as questões ambientais, problemas de saúde, economia, etc. Essas problemáticas são apontadas mas tratadas sempre de forma estéril, sem eficiência, sem criatividade. Acabam por se tornar produto de um achismo exagerado, focando em cada um uma interpretação. Cria-se na condição de exclusão um estereótipo de inclusão, ou seja, todos que estão excluídos sentem-se escolhidos. Não percebem porém, que são escolhidos à servir àqueles que são escolhidos para serem a elite social.

Enfim, o processo permite que, alguém seja escolhido para governar você, pensar por você, estar no seu lugar! Enfim, tirar àquilo que é de mais bonito que temos na vida: a própria vida! Há um jogo de damas: o sistema educacional escolhe quem joga, quem são as peças e, por conseguinte, quem são os vencedores!

((•)) Ouça este post

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

0

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES EM GESTÃO ESCOLAR

 

oportunismo_e_competenciaDesde o momento em que o homem começou a viver em sociedade, percebeu que as relações de convivência não eram nada tranquilas. Mas, com o passar do tempo, essa relação foi sendo mediada pelo imperativo de princípios de sobrevivência. Na verdade, começamos a perceber que, é no outro que identificamos quem somos (seres dotados de alteridade). Assim, os princípios foram tomando forma de moral. As primeiras sociedades por meio da discussão política, ao poucos, estabeleciam o que era melhor para o seu grupo na forma de normas ou sanções sociais. A partir disso, cada indivíduo mantinha determinado comportamento diante dessas normas (ética).

Assim, mediados pela moral (coletiva) e pelo desenvolvimento do livre-arbítrio (escolha entre o bem e o mal = ética) foi se tornando possível a vida social.

Muito tempo passou. Hoje, estamos emergidos em uma estrutura que nos possibilidade verificar o processo de convivência seja nos espaços de trabalho, estudo, familiar, escolar, etc, como espaços de gestão. Espaços onde gerir a convivência não é o principal objetivo, mas faz parte. Gestão se refere à produção de novas ideias e possibilidades para melhorar a vida social. A produção de ideias assume também a sua implementação.

No ambiente escolar, o processo de gestão não fica apenas restrito à vida profissional dos professores, diretores, coordenadores, etc., ela é muito mais… A gestão no espaço escolar se faz com o conceito de comunidade escolar, uma vez que envolve valores que se traduzem como direção da relação entre as pessoas em determinado espaço.

Gestão Escolar, enfim, envolve competências e habilidades. Onde as competências designam o pensar e o refletir sobre o que se faz (atividades que se desenvolvem); enquanto as habilidades estão presentes na capacidade motora de fazer. Ter habilidade de decodificar um texto com reflexão sobre o mesmo é possibilitar a aproximação das competências e das habilidades.

É no espaço escolar que as competências e habilidades devem estar próximas, uma vez que toda atividade em educação deve ser pensada, planejada, executada com responsabilidade. E essa é uma tarefa de conjunto!

((•)) Ouça este post

sexta-feira, 30 de julho de 2010

0

POR ONDE CLICAS? CLICA LÁ, QUE EU CLICO AQUI!

mouse22São incansáveis sons, alguns mais delicados que outros…todos dependem da velocidade, força e intensidade da vontade do acesso. Se “trancar”, não adianta clicar mais forte! Não vai resolver! Bater no mouse, praticar violência contra a máquina é um ato impensado; não oferece nenhum tipo de resolução de problemas. Sua vida pode estar por trás de um clique!

Entrar em qualquer repartição de serviços, você ouvirá sons de cliques. Cliques que derivam agilidade no trabalho ou mesmo diversão.

Cada clique tem uma intenção: cliques no Orkut, significam uma busca por novas amizades ou mesmo, para alguns interesseiros (as), a descoberta de informações pessoais necessárias para uma possível fraude. Mas pensemos pelo aspecto positivo do clique.

Ao entrar em um estúdio fotográfico, observará sons de cliques que tentam corrigir àquilo que a natureza não ofereceu de belo em sua gratidão.

Ao entrares em um escritório de engenharia civil, encontrarás nas mãos hábeis de um engenheiro, cliques minuciosos das linhas que vão ganhando em várias dimensões cor e vida. É um artífice humano sendo desenvolvido por meio de uma engenharia brilhante que cada dia mais nos deixa deslumbrados com suas belezas.

Se for à um Cartório de Registros, nomes ganham formas por meio de um clique.

O mundo passou a ser confirmado (“OK”) por meio de cliques!

Clica aqui, clica ali. Por todos os lados cliques…cada clique em uma direção.

Instigante, provocante! Mas, ao mesmo tempo, triste!

Em todos os lugares, cliques! Quer sossego dos cliques? Entre em uma escola em nosso querido Brasil!

Na escola os cliques morreram! Aliás, será que algum dia existiram?

Na escola temos sons de todos os tipos… inclusive o mais íngreme dos sons: o barulhinho (às vezes rangido) do giz na parede! Sim, ali os cliques ainda não foram inventados!

Existem iniciativas que estão sendo “clicadas” para nossas escolas. Já existem projetos que preveem algumas horas no currículo escolar onde se possa clicar.

Muitos em educação ficam (ou será que foram educados assim?) surdos ao verem a imagem do produtor de cliques! Outros, tremem suas bases pedagógicas com o som dos cliques!

Penso que está na hora de “clicarmos” na escola, dando um “OK” na proposta de inovação pedagógica e profissional. Antes disso, precisamos também “clicar” na consciência de nossos administradores, para que se possa investir mais no desenvolvimento e estrutura de nossas escolas. Depois sim, quem sabe, ouvindo o som dos cliques, possamos falar em educação e dar com tranquilidade um “OK”.

((•)) Ouça este post

domingo, 25 de julho de 2010

1

EDUCAÇÃO NO BRASIL: OS POBRES EM SEGUNDO PLANO!

ESCOLA_POBREO problema da educação no Brasil é de caráter sociológico. Desde os primórdios da formação social neste país, um homem é valorizado quando tem bens e, nem sempre, consoante com o conhecimento. Nesse sentido, a elite brasileira abandonou a Educação Pública nesse país. Assim, a escola particular (mesmo que mediana) serve para àqueles que tem dinheiro ou, em pequena parcela, os que são financiados pelo Estado. Diante dessa lógica, aos pobres fica relegada uma educação em segundo plano.

Há claro, nesse sentido, uma tentativa de nivelar a educação segundo a classe social à que o indivíduo se encontra. Pobre? Educação pobre! Qualquer um que tiver uma educação mediana se sobressai, pois a educação “nivelada por baixo” não oferece qualquer indício de concorrência. Para fragilizar mais ainda essa perspectiva, basta observar os índices do ENEM do ano de 2009. Fica então uma pergunta: será que a elite, que hoje domina as universidades públicas, conseguiria entrar nelas se toda a população tivesse as mesmas condições em seu processo educacional?

Na base de toda construção desse sistema existe a prerrogativa de que, por meio de um esfacelamento e degradação da educação para os pobres, fica mais fácil o domínio e a manipulação da consciência. Essa questão se acentua ainda mais quando em tempos de eleições o discurso irá pairar sobre a Educação.

Esse sistema produz um efeito de normalidade, ou seja, padronizar a forma de pensar das pessoas para que as mesmas não ofereçam qualquer tipo de resistência diante dos sistemas políticos, econômicos e sociais de domínio. É gritante saber ainda que, a classe de professores (considerados por muitos como intelectuais) serve de ferramenta para o funcionar desse sistema.

Em resumo, o que nos falta é um projeto que busque compreender um Brasil que avança economicamente e socialmente quando de fato, se valorizar o conhecimento. Para tanto, são necessários projetos voltados para a comunidade local, apostando no desenvolvimento e no papel da criança, do jovem, adulto e idoso, compreendendo a escola como um espaço onde se problematizam, desde as questões mais simples às mais complexas.

Essa possibilidade necessita de um novo olhar sobre a escola. Uma escola que não sirva de reduto ou passatempo, mas onde se produz no tempo que se passa. Uma escola onde se estude de verdade, se tenha sonhos, compartilhe angustias, onde o professor seja orientador; onde existe respeito com quer que seja, onde a família faça parte, não como visitante, mas como presença constante; enfim, uma escola onde se produza conhecimento humano, político, econômico e social. E esse conhecimento só é possível quando eliminadas as diferenças sociais. Enquanto isso não acontecer, a educação no Brasil sempre colocará os pobres em segundo plano!

((•)) Ouça este post

sábado, 17 de julho de 2010

0

FILHOS NO ENSINO MÉDIO? ALGUNS ALERTAS…

adolescentes-escola-mesaO título de nossa coluna hoje parece um tanto assustador. Mas não é! Seria assustador caso se utilizasse dessa etapa da vida de nossos jovens apenas para mencionar que tudo está em perfeita harmonia. Essa coluna semanal está direcionada em especial aos responsáveis que têm jovens estudando na fase do Ensino Médio. Estes alertas que estão descritos abaixo, não servem apenas para quem tem hoje jovens no Ensino Médio, mas para àqueles que terão no dia de amanhã.

Geralmente quando o jovem está cursando o Ensino Médio, é a fase que os responsáveis encontram grandes dificuldades para acompanhar o processo escolar. Muitas vezes é a questão do conhecimento e seu domínio que entra em cena; outras, a complexidade do currículo (pelo seu nível de abrangência e número de disciplinas). Assim, é nessa etapa da vida dos jovens que eles também merecem um maior acompanhamento que poderá vir a colaborar com o trabalho do professor e, o melhor desenvolvimento do ser jovem na escola.

Algumas das questões a seguir, servem em especial nesse período de recesso escolar, para uma conversa de pais e filhos sobre o andamento escolar:

  • Os pais podem valorizar as atividades escolares como parte do crescimento intelectual dos filhos;
  • Observar se houve avanço social no que se refere à continuidade dos estudos, desenvolvendo uma visão mais ampla sobre os problemas e a participação no espaço onde convive;
  • Preocupações em relação ao mundo do trabalho.
  • Buscar acompanhar a rotina das atividades que são decorrentes do convívio social;
  • Conversar e ouvir com atenção os seus questionamentos, lembrando que nesta etapa de desenvolvimento surgem muitas dúvidas sobre novos temas que ainda não foram pautados sob certeza dos pais e professores;
  • O comportamento: hábitos de higiene, sono, tratamento com as pessoas, mudanças de humor.
  • Alertar sobre as responsabilidades que acompanham a maior autonomia das suas relações;
  • Verificar o material escolar utilizado pelo jovem: como estão suas anotações, a organização, etc.
  • Discutir a frequência às aulas e quanto à participação nas atividades escolares extraclasse.

A partir dessas questões que foram apontadas, verificar quais as lacunas. Logo no início das aulas, comunicar à escola quais as maiores defasagens. Importante entender, que nem todos os problemas pedagógicos são consonantes do ambiente escolar. É importante verificar que a vida de um jovem de Ensino Médio também está ligada ao seu desenvolvimento psico-afetivo e, a família pode ser um bom espaço para o conselho, a conversa, etc.

Diante dessa complexidade que é o Ensino Médio, verificar o posicionamento dos filhos em relação à sua aprendizagem. Verificar quais são suas principais preocupações e, com olhar crítico, ajudar a direcionar, orientar qual caminho a percorrer.

No mais, a vida é bela e merece ser vivida! Os problemas estão ai para serem discutidos e resolvidos.

((•)) Ouça este post

sábado, 10 de julho de 2010

1

ENEM: GARANTIA DE ACESSO E PERMANÊNCIA?

enem1O ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) é uma modalidade de avaliação que permite ao estudante que findou o Ensino Médio ingressar no Ensino Superior. A nota do ENEM, em seu novo molde, permite com que se possa, entre as universidades que aderiram à ele, optar por um Curso de Ensino Superior, em diferentes localidades do Brasil. Muitos jovens, de diversas localidades, migraram para os locais onde escolheram como possibilidade de estudar. Mas a realidade não foi bem essa! Migraram, mas muitos acabaram voltando à sua família devido à falta de sucesso para a permanência. Estudar apoiado pelo PROUNI já é um acréscimo em facilitar a vida econômica e social daqueles que não tem renda para estarem no Ensino Superior, mas a vida do jovem estudante não gira apenas em torno da Universidade, ela também necessita do aspecto manutenção.

Nesse sentido, muitos jovens conseguiram o acesso à Universidade, questão que até então estava restrita somente à um grupo associado à cursinhos, etc. Mas, agora com o acesso garantido, como garantir a permanência? Sabemos que a vida na Universidade é dinâmica, é material de xerox, compra de livros, refeições (muitas vezes apuradas), a saída com os amigos, festa, internet, material para pesquisa, telefone, aluguel (para àqueles que tiveram que migrar), etc. Quem garante todos esses quesitos?

Algumas Universidades propõem o “Bolsa Permanência”, um programa em que, o jovem presta serviço na Universidade e recebe uma quantidade de dinheiro para esses gastos. Mas a grande maioria das universidades não tem essa modalidade.

Assim, a permanência ainda é um aspecto a ser melhorado pelo sistema. O ENEM deu bons resultados. Oxalá, nossos municípios tivessem políticas de incentivo à população jovem. O que se vê, pelo menos em nossa região são preocupações acerca de aspectos culturais, enquanto o jovem também se preocupa com seu futuro profissional à mercê das questões que envolvem as administrações públicas.

O Ensino Superior é um tempo de dedicação exaustiva. É momento de desenvolver programas de pesquisa que priorizem o desenvolvimento local e global. A presença da Universidade em determinadas regiões serve para desenvolver e fomentar novas discussões acerca de variados aspectos que são relevantes para o desenvolvimento humano e social daquele local.

Universidades ou Faculdades que estão meramente preocupadas com sua manutenção não visam a pesquisa como base do Ensino Superior. Para sobreviver no mercado, utilizam um marketing agressivo sob às questões financeiras, mas não abordam a qualidade educacional.

Assim, diante do ENEM/2010 temos vários desafios e, entre eles, a possibilidade da manutenção da vida do estudante. Por enquanto, cada qual, apoiado por sua família vai constituindo meios (muitas vezes ilícitos) de se manter. Outros, buscam o emprego que reduz seu tempo e dedicação ao estudo. Outros ainda, acabam desistindo, voltando e pagando caro para estudar! Temos assim, garantia de acesso, mas dificuldades de permanência!

((•)) Ouça este post

domingo, 4 de julho de 2010

2

DECADÊNCIA NA EDUCAÇÃO: UM VOTO À IGNORÂNCIA POLÍTICA!

 

nao-verAno eleitoral – promessas… Cada dia é um importante desafio para àqueles que querem um cargo político. Muitos até já estão planejando e passando pelas cifras matemáticas o número de beijos e apertos de mão que serão necessários para se elegerem. Outros, investem gordurosamente em seu saldo bancário, pois ainda encontram pessoas que preferem uma cesta básica ao invés de quatro anos de governo de honestidade. Todo fato é que, promessas não faltaram e, a educação será um dos grandes chavões que se utilizarão durante esse período.

A educação aparecerá nos debates como prioridade. Nada mais justo que apontar para ela dessa forma. Mas, será que as promessas mirabolantes serão entendidas pelo povo brasileiro?

Diante da cultura do futebol, carnaval, a educação pouco pesa. A ignorância tomou conta de nosso povo. O povo, diante dos enfoques oferecidos pela mídia de forma cotidiana destemperou a noção de educação enfocando somente para a escola, enquanto a mesma é distribuída em todas as instituições sociais, como a família, a Igreja, o Estado.

Encontramos nossas escolas com instalações degradadas, professores maltrapilhos e, o pior de tudo, um esfacelamento da invontade política presente de forma mascarada pelos baixos salários, falta de incentivo à formação continuada, insanas condições de trabalho e inadequação dos planos de trabalho e conteúdos escolares sem significado para a vida escolar.

Nesse sentido, é preciso entender que, em nome da incompetência política gerou-se a ignorância popular. Somos culpados pelos distúrbios políticos que deixaremos aos nossos filhos. Somos os culpados pela decadência da moral e da ética que ainda existem e quer ser mais forte que o espirito de competência, solidariedade e dignidade de uma cultura que esqueceu que tem nome. Nossos filhos, alunos, crianças, não merecem serem o excesso de um sistema política fadado ao insucesso.

Enquanto perdurarem no ambiente escolar a violência, a fadiga, a falta de recursos, jamais teremos uma educação de qualidade. Enquanto os conteúdos que são ensinados não fizerem jus ao dia a dia das pessoas, jamais teremos significados em nossas práticas docentes. Mas, o Estado continua a teimar de forma inusitada de que, é melhor o sistema funcionar do que praticar alguma forma de mudança. Assim, são eleitas e desenvolvidas medidas paliativas que não mudam em nada a vida do professor, do aluno e consequentemente uma nova visão política.

Aos candidatos, deveriam pensar no que falam! Não pensar em justificar o que não foi feito…precisam entender que, para diminuir os casos de violência, prostituição, desemprego, etc, é simples, é só investir em educação. É preciso se propor ao novo! Não ter medo da mudança e, por conseguinte, das críticas! É bem mais cômodo ficar alheio às situações caóticas da sociedade, mas é um tanto antiético, amoral e apolítico permanecer assim.

Quem educa uma criança hoje, não precisa punir um adulto amanhã!

((•)) Ouça este post

sábado, 26 de junho de 2010

1

IDENTIDADE POLÍTICA E PAPEL SOCIAL DO PROFESSOR

prof Dia 03 de Julho do corrente ano, na parte da manhã, estarei em Tenente Portela no Seminário de Educação apontando pontos para a discussão sobre a Identidade Política e o papel social do Professor na atualidade. Diante dessa proposta, além de estender o convite à você, também quero nessa coluna possibilitar um debate sobre algumas ideias.

Sabemos que, diante das mais variadas profissões, todas assumem seu papel social; ou seja, todas tem uma função à desempenhar em prol da vida social das pessoas. No entanto, cada profissão tem o seu agente profissional, que se refere à cada um de nós. Na profissão do ser professor não é diferente. Os professores tem sim um papel social a desempenhar na vida social das pessoas. De qualquer forma, a vida de cada um de nós, nossos filhos foi implicada com concepções educacionais que perpassaram e estão presentes na forma como nos relacionamos, pensamos e projetamos o mundo de forma política.

Visualizando o papel social, devemos identificar um processo de formação profissional que contemple tamanha responsabilidade: a formação da identidade política. E é nessa questão que não podemos nos eximir, não podemos nos omitir. Construir a identidade política não requer apenas a participação em um curso de formação de 4 ou 5 anos em uma universidade, requer sim, uma mudança significativa do modo que ver, julgar e agir em relação ao mundo social.

Assim, a formação da identidade do professor, diante do cenário atual e seus desafios, deve perpassar questões como senso crítico, postura política, entendimento, diálogo, relação complexa com os outros e com a natureza, postura ética e acima de tudo, muito profissionalismo. Ninguém nasce professor, todos somos formados, estruturados e moldados conforme os interesses daqueles que nos formam. Identidade é uma questão de formação.

Assim, a identidade política e a ação social do professor não é diretamente interagir na transformação social, mas por meio do desenvolvimento da consciência crítica de seus alunos poderá sim, estar participando dos processos de mudança social. Efetivamente, temos visto já em eras passadas o professor com um protagonista da transformação social. Oxalá, esse seja novamente a nossa postura.

Como já dizia Paulo Freire, não podemos educar sem uma educação política. A crítica é implícita na política. Não se pode educar alguém sem questionar suas ações e seu modo de pensar. Não buscamos o certo ou o errado, buscamos a possibilidade de trazer à tona uma problemática que muitas vezes fica escondida no véu do ganha-pão profissional sem compromisso, apenas manutenção do sistema e da vida do professor.

Dessa forma, para que haja transformação social é necessário também que aconteça o que chamamos de formação da identidade política. Educação sem política é um mero blá,blá,blá de conteúdos repetitivos e que não aderem significado nenhum à realidade daqueles que se interessam em aprender ensinando cada vez mais.

Abraços e te aguardo no Seminário de Educação em Tenente Portela-RS, no dia 03/07.

((•)) Ouça este post