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quinta-feira, 19 de julho de 2012

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AVALIAÇÃO VERSUS EXAME ESCOLAR!

 

memes - acabou tempo da provaVivemos um momento de transição de paradigma. A crise do modelo moderno de avaliação, o exame, possibilita pensarmos em uma alternativa: a Avaliação.

Dentro da lógica da escola tradicional, o exame ocupa lugar determinante. Ele é responsável pela seleção daqueles que são considerado aptos à dar continuidade ao processo de ensino-aprendizagem. Mas, será esse o melhor caminho?

Vejamos: A prática do exame, no Brasil, surge com a Educação Jesuítica, uma educação voltada ao modelo disciplinar. Este modelo buscava o controle dos corpos e das mentes segundo os interesses da política e da economia dominante.

O desenvolvimento do exame entre os jesuítas buscava desenvolver nos seus alunos uma espécie de testagem. Para tal, basta observar o funcionamento das escolas jesuíticas: Estudar de manhã, retomar à tarde, discutir à noite. No sábado, a chamada Sabatina, um exame de testagem que busca conhecer a quantidade de conhecimento acumulado ao longo da semana. Esse roteiro obedecia as indicações do Ratio Studiorum (ordenamento dos estudos), uma espécie de manual que ditava o funcionamento do ensino jesuítico.

De outro lado, temos a pedagogia comeniana (protestante), onde a premissa básica que tem maior impacto é “estudar para valer”. Essa filosofia escolástica está presente na “Didática Magna” de Comênius.

Assim, entramos no Séc. XXI reproduzindo um modelo de avaliação escolar embasado no Séc. XVI. Há que se questionar sobre os processos, os métodos, e principalmente, sobre as concepções.

Existe hoje a necessidade do acompanhamento pedagógico, ou seja, a avaliação sendo realizada por pareceres descritivos se faz fundamental. É nele que interagem o ser e o estar do aluno no espaço escolar. No parecer, está desenvolvido, em ideias gerais, além do funcionamento da estrutura escolar, também a inclusão do sujeito aprendente.

De outro lado, a avaliação por pareceres descritivos, emite ao conhecimento sistemático dos pais sobre os filhos. Toda essa demanda é significativa quando descobrimos o sentido da relação Pais e Filhos na escola.

Assim, sugiro várias interrogações no teu cotidiano escolar, uma vez que para mudar, é preciso conhecer!

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NOTÍCIA DA HORA!

http://iraiaguasdomel.wordpress.com/2012/07/19/noticia-da-hora/

No último dia 17/07/12, terça-feira,os professores do Colégio Estadual Antonio de Souza Neto participaram de uma palestra ,no turno da manhã, convidados pelo Instituto Estadual de Educação Visconde de Taunay,onde mais uma vez,aprimoraram sua formação pedagógiga.

     O palestrante foi o Profº  Rudinei B. Augusti ,mestrado em Filosofia, catedrático da FAISA(Faculdades de Santo Augusto/RS) e  blogueiro – possui um site com o nome “Filosofando” – onde abordou  o tema “Criança, Escola e Família por uma Pedagogia do Relacionamento”.

    Dentro dessa temática,Rudinei fez um panorama desde a criação da família,como instituição até a criação da escola,como a vemos hoje em dia,passando pelo uso da internet na vida das pessoas (o antes e depois da internet).

    Para ele, ” a música, a educação e a  aprendizagem devem caminhar juntas,pois a música está e faz parte da vida do homem.”

    Já sobre as relações humanas, o palestrante comenta que hoje a família não tem paciencia com os filhos e a escola não tem paciencia com seus alunos. A familia x escola geraram um certo “teocentrismo” . Porém,a família deve estar com a escola,sempre , porque Educação=educar + ação.

    Além disso, citou várias vezes, o pensador Aristóteles,com o pensamento de que “o essencial na vida é ser feliz”.Não se compra felicidade,pois criança feliz em casa é criança feliz na escola ,tem uma melhor aprendizagem.

    No final da palestra, interagiu com os professores e ficou na promessa de enviar por email material de apoio, comentado nesta manhã.

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domingo, 10 de junho de 2012

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A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA NAS ESCOLAS

 

Historia na sala de aula CANAL DO EDUCADORPesquisar é a base da construção do conhecimento. Pesquisar é ir além do que se ensina e se aprende em sala de aula. A pesquisa deve ou, pelo menos, deveria fazer parte do cotidiano profissional dos professores. A pesquisa é resultado da tamanha curiosidade do aluno. A pesquisa é, enfim, a realização do desejo humano de aprender.

Aristóteles já dizia: “Todo homem nasce com o desejo de conhecer!”. Não há quem negue essa premissa. Quando nascemos somos curiosos, pesquisamos em todas as partes respostas, mesmo que ingênuas, prematuras, para as nossas dúvidas. Os pequenos problemas formam as nossas grandes questões quando somos crianças. Construímos nosso conhecimento pelas dúvidas, mas não somente por elas, mas também pelas respostas que vamos calando.

Quando iniciamos nossa carreira escolar, a sala de aula começa a fazer parte de um universo desconhecido, algo a ser descoberto. Em muitos casos, esse espaço fica apenas no ensino e na aprendizagem. Apenas, porque ela deveria ser constituída de muitas janelas para podermos alargar o nosso horizonte do saber.

Aluno de um lado, professor de outro. A pesquisa deveria fazer parte contínua, reflexão do ensinar. Para muitos professores, doutrinados pelas verdades da Modernidade enquanto um Projeto seguro, ensinar significa passar verdades cientificamente comprovadas. A pesquisa desestabiliza essa certeza, pois ela é contínua.

Existem também, escolas que matam a curiosidade dos alunos. Essas escolas desenvolvem pesquisas que ficam restritas ao copiar e colar textos da internet. E o pior: muitas vezes, sem uma leitura prévia do que se está copiando. Plágio irredutível de ignorância!

A morte do desejo aristotélico de conhecer significa o assassinato do gênero humano! Devemos concordar que, o desejo quando reprimido, produz insuficiências criativas, aceitação do imposto/pré-determinado.

A Pesquisa deve sim, fazer parte da vida escolar, assim como a mesma faz parte da vida cotidiana das pessoas.

Bem, agora que já dei alguns indicativos, vou continuar pesquisando formas de pesquisar. E você, vai pesquisar ou copiar e colar? ((•)) Ouça este post

terça-feira, 24 de abril de 2012

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TEMPOS VELOZES

(Mario Sérgio Cortela)

Quando o jogo e a estratégia mudam rapidamente, não basta se contentar com o possível. É preciso fazer o melhor.

aristo-plato-gifO mundo está mudando. Mas a novidade não é a mudança do mundo, porque o mundo sempre mudou. A novidade é a velocidade da mudança. Nunca em toda a história humana se mudou com tanta velocidade. Aliás, a velocidade é tamanha que mudou a nossa noção de tempo. Cada dia você levanta mais cedo e vai deitar-se mais tarde. Sempre com a sensação de que deveria estar mais tempo acordado. Parece que é preciso estar o tempo todo em estado de vigília.

Velocidade, mudança, alteração – tudo é fast. Fast-food, drive-thru, lava-rápido. Você lavaria seu carro em um lava-lerdo? Por que não? Onde está aquele ditado que “a pressa é inimiga da perfeição?” E aquele que diz que “devagar se vai ao longe?”.

A velocidade é tanta que mudou a ideia de geração. Há vinte anos, choque de gerações era entre pais e filhos. Aliás, considerava-se geração um tempo de 25 anos, porque supostamente por volta dessa idade a pessoa teria um descendente e aí viria uma outra geração. Hoje, choque de gerações é imediato. Um jovem de 28 anos é considerado ultrapassado pela moça de 26 anos e ambos são vistos como ultrapassados pelo rapaz de 22. Eles não cortam o cabelo do mesmo jeito, não apreciam o mesmo gênero musical e não usam o mesmo tipo de roupa.

Quando criança, eu usava o termo “antigamente” para me referir a gregos e romanos. Já esses jovens falam “antigamente” em relação a fatos que não ultrapassam duas décadas. E nos inquirem:

- É verdade que antigamente não tinha controle remoto?

- É verdade.

- Então antigamente era preciso levantar para mudar de canal?

- Sim.

Até a maneira de disputar uma partida de futebol mudou. Nos anos 1970, um jogador corria por partida, seis quilômetros em média. Hoje, estatística refeita, um jogador percorre, em média, o equivalente a 13 quilômetros por jogo. Não mudou o tamanho do campo, nem a duração da partida e tampouco o número de jogadores. O que mudou? A velocidade do jogo, o ritmo e a estratégia.

Algo similar ocorre no mundo das empresas. Mudou o jogo, mudou a estratégia. E tem gente que acha que dá para fazer do mesmo jeito que já fazia antes. Os cenários são turbulentos, as condições se alteram e as mudanças são muito velozes. A coisa mais perigosa num mundo que muda velozmente é achar que já se chegou aonde podia. Ou seja, sossegar. A pior coisa para construir futuro é achar que o passado já sustenta. Sabe qual é o maior pecado para quem quer criar futuro? Achar que já está pronto, achar que já sabe, achar que já ficou bom. Cuidado!!! O seu cliente, o seu consumidor tem de ficar satisfeito, mas você jamais pode ficar satisfeito.

Nós brasileiros, temos um vício, que é muito perigoso, de nos contentar muitas vezes com o possível, em vez de procurarmos o melhor. Por exemplo, você chega ao mecânico: “o meu carro está com um problema, estou ouvindo um barulho”. Ele fala: “Vou fazer o possível”. Você fica desanimado, mas aceita.

Nessas horas, temos de aprender com os norte-americanos. Não devemos aprender tudo com eles, nem devemos rejeitar tudo o que vem deles. Mas quando se pede algo a um norte-americano, ele diz: I will do may best, ou, “Vou fazer o meu melhor”. Não é uma diferença de idioma, é uma diferença de atitude. Há uma diferença estupenda entre o possível e o melhor. Num mundo competitivo, para caminhar para a excelência é preciso fazer o melhor, em vez de contentar-se com o possível. Fazer o possível é o obvio. Agora, fazer o melhor é exatamente aquilo que cria a diferença. Se o mecânico responde: “Vou fazer o meu melhor”, você já se anima, confia.

Imagine você, submetido a uma cirurgia de extirpação do apêndice, e deitado, olhando para o médico a caminho do centro cirúrgico:

- Doutor, vai dar certo minha cirurgia?

- Vou fazer o possível.

Nessa hora você quase falece. Agora pense em como se sentiria se a resposta fosse ligeiramente diferente:

- Doutor, vai dar tudo certo?

- Vou fazer o meu melhor.

Já imaginou? E essa busca pelo melhor exige humildade e exige que coloquemos em dúvida as práticas que nós já tínhamos.

Porque se as práticas que tínhamos e temos no dia a dia fossem suficientes, já estaríamos melhor. ((•)) Ouça este post