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sábado, 30 de maio de 2020

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ISOLAMENTO SOCIAL TAMBÉM É TEMPO DE EDUCAÇÃO ESPIRITUAL

SEDES promove Roda de Conversa - O Saber Cuidar, a Família em 1 ...Jesus, quando em tempo de dificuldades, de não saber qual a melhor decisão a ser tomada, retirava-se para orar. Há na Bíblia, muitas passagens que retratam os retiros de Jesus. Nesses momentos, Jesus refletia. Suas reflexões se tornavam oração, quando ao orar, ele planejava como agir. Esse é o verdadeiro sentido da Oração, fazer o movimento de entrada e saída de si, do mundo interior para o exterior, de emergido em um problema, para fora dele, encontrar as soluções. Portanto, Jesus não pode ser acusado de, ao retirar-se, estar fugindo de seus problemas.

Cá estamos nós, em retiro! Esse tempo de isolamento social, também é tempo de educação espiritual. E espiritualidade é ao mesmo tempo um movimento de imanência, pois buscamos refletir em nós e sobre nós mesmos, e transcendência, pois saímos do normal que tínhamos, para buscar em retiro possíveis soluções.


Jesus buscava o deserto, a solidão, o silêncio. Nosso lar é nosso ambiente de retiro. É nele que encontramos as condições necessárias para educar-se espiritualmente. São as pessoas que ali estão, que me ajudam a compreender que minha vida só tem sentido, quando vivo alguns valores que me legitimam enquanto ser humano: a comunhão, a partilha, a convivência, o diálogo, os conflitos, a espiritualidade. Esses valores são a “chave” para abrir as portas dos novos tempos que virão após pandemia.

Economistas, cientistas sociais, políticos, administradores, entre outros, já projetam como será os novos cenários pós-pandemia. Você já parou para pensar como será o cenário da família? Durante muito tempo, os indivíduos foram controlados e disciplinados à se adaptarem, sob pressão, às instituições sociais. Hoje percebemos que, as instituições precisam, para sobreviverem nesse cenário, se adaptarem aos indivíduos. E o mais desafiante: terão que se adaptar ao indivíduo que irá voltar do retiro, mais reflexivo, menos consumista, mais orante, com outros valores.

Dessa forma, retirar-se é fazer um movimento dialético nas concepções que orientam a vida social, ou seja, perceber o que temos como realidade, colocar essa percepção no crivo da crítica e, sugestionar a partir da crítica, uma nova realidade. Essa é a educação necessária para a espiritualidade! Não para uma espiritualidade contemplativa, mas transformadora!

Quando Jesus retornava dos momentos de retiro, voltava transformado. Era outro homem, outros valores, outra espiritualidade. Acredito que é assim que voltaremos, mais humanos, com outros valores, transformados. Aproveitemos, porém, esse tempo de retiro para educar-se espiritualmente! Sugiro que esse tempo não seja apenas contemplativo, mas transformador!

Segue uma canção! É de 2017, mas te desejo em 2020 e nos anos seguintes...



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sábado, 23 de maio de 2020

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INVESTIR NO CONHECIMENTO É ABRIR PORTAS PARA EVOLUÇÃO PESSOAL


Desde sempre, o homem buscou conhecer. Já na Filosofia de Aristóteles encontramos que, o homem é “um animal que, por natureza, deseja conhecer”. O que não esperávamos é que entre tantas mudanças que os tempos bicudos que vivemos pudessem nos trazer, estaria presente a possibilidade de ampliar os investimentos que podemos fazer no conhecimento.
Conhecer, significa ampliar a capacidade evolutiva de tornar-se mais. Conhecer, é abrir as portas das possibilidades. O conhecimento reflete a intenção humana de buscar no seu interior respostas e entendimentos para várias questões de contexto interno e externo. Não é de se estranhar, assim como dizia Sócrates no “conhece-te a ti mesmo”, que todo aquele que conhece, valoriza mais a vida. Só há crescimento e evolução pessoal quando adquirimos mais consciência em relação às vivências, não sendo vítimas das mesmas.

O que acontece quando conhecemos?
·      Valorizamos mais a vida;
·      Fortalecemos a nossa autoestima;
·      Ficamos mais confiantes;
·      Ficamos mais estáveis emocionalmente;
·      Temos mais consciência em relação às nossas vivências;
·      Nos frustramos menos;
·      Nos tornamos menos vulneráveis às manipulações.

Para tanto, algumas dicas:
·      Controle das emoções: Compreender sua reação/comportamento lhe trará resultados positivos.
·      Segurança: Quando me compreendo, me sinto mais seguro.
·      Independência: Quando reconheço minhas habilidades, sei me defender melhor. Não dependo da aprovação do outro para tomar decisões!
·      Fazer Boas Escolhas: Quando controlo meus sentimentos e atitudes, sou competente para fazer boas escolhas.
·      Autoestima: Quando reconheço meus pontos negativos, percebo que tenho muitos positivos.
·      Tolerância: Quando compreendo a diversidade humana, me torno mais generoso comigo mesmo, com o outro e com o mundo.
·      Limites: Quando me conheço, respeito meus limites e das pessoas que convivem comigo.
·      Otimismo: Quando me conheço, fico melhor. Dessa forma, demonstro isso para os outros.
·      Predisposição para errar: Quando aprendo com meus erros, deixo que eles me ensinem.
·      Qualidade de Vida: Quando reconheço meus defeitos e qualidades, melhoro minha qualidade de vida!

Por fim, é necessário investir na capacidade de conhecer. Conheça mais! Evolua!

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domingo, 17 de maio de 2020

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ENSINAR E APRENDER EM TEMPOS DE PANDEMIA: REFLEXÕES SOBRE O ENSINO PRESENCIAL E ONLINE


Em tempos de pandemia COVID-19, as escolas, professores e famílias, estão buscando dar continuidade ao processo de ensino-aprendizagem de seus alunos e filhos. Entre tantos recursos e formas, grande parte das escolas optaram por utilizar o ambiente online, utilizando-se de diferentes ferramentas. Trago aqui, algumas reflexões sobre essa dinâmica.

1. Nossos estudantes, por serem nativos digitais, sem qualquer exagero, adaptaram-se facilmente à utilização das ferramentas digitais. A grande questão, ao meu ver, é garantir as trocas humanas, permitindo de que o ambiente digital possa efetivamente e afetivamente substanciar os elos humanos que existem no processo de ensino e aprendizagem. Essa dinâmica não pode reduzir-se apenas à transmissão de conteúdos e informações acerca daquilo que se pretende ensinar.

2. Cabe ao professor realizar a transposição didática. Tão estudada em diferentes metodologias, a transposição didática é o processo que vai do saber teórico ao saber a ser ensinado. Nesse sentido, o diálogo e a problematização do conteúdo aos diferentes contextos, é chave para que a transposição aconteça.

3.  O aluno precisa sentir-se livre e voluntário em sua aprendizagem. Esse entendimento opõem-se ao modelo tradicional de educação baseado na autoridade (quase sempre do professor) e na obrigatoriedade de rotinas, por vezes, centradas em uma hierarquia profundamente enraizada no sistema educativo das escolas. No entanto, a liberdade e o voluntariado, exige a condição da responsabilidade.

4. É necessário uma troca efetiva da comunicação entre professor e aluno. Dessa forma, a aprendizagem se torna ativa, colaborativa, autônoma, interativa, integral. As mesmas podem ser substanciadas por tarefas relevantes e criativas. O professor pode também servir-se das mesmas como forma de avaliação contínua e educativa.

5. O estudante vê aumentada a sua autonomia, quando controla seu ritmo e horário. Através da integração das múltiplas ferramentas que orientam a aprendizagem (textos, imagens, vídeos e áudios, entre outros), o aluno desenvolve variadas habilidades, sem pressões externas, reduzindo a inibição, o medo de intervir e a ansiedade produzida pelo medo em cometer erros. Dessa forma, o estudante aumenta sua autonomia (cria suas próprias orientações), proporcionando assim, uma melhor aprendizagem.

6. Risco de dispersão, sensação de solidão e esforço excessivo. Fundamentalmente, aqui é necessário a intervenção do professor. Este pode minimizar os riscos, tanto na esfera grupal, quanto na individual. Através de atitudes de mediação, o professor torna-se facilitador, orientador, supervisor (não controlador), motivador, avaliador e suporte. Para tal, necessita dispor de liberdade para explicar, clarear dúvidas, criar itinerários pedagógicos, propor debates…Esta metodologia propõe não acomodar-se diante da rigidez dos livros didáticos, das programações da aula (tradicional).

Por fim, mas não finalizando a reflexão, não se trata de pensar um programa de conteúdos, ou ainda, garantir o acesso às informações, mas conforme dito em outro momento, perceber que o essencial continua sendo as pessoas que se reúnem para pensar, colaborar umas com as outras, compartilhar informações, debate-las, mutar-se e transvalorar a dinâmica da vida. Estamos aprendendo e, quando o fizemos, também ensinamos!

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segunda-feira, 11 de maio de 2020

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AVALIAÇÃO ESCOLAR EM TEMPOS DE PANDEMIA


Prof. Dr. Rudinei B. Augusti

Em tempos de Pandemia, as mudanças são sempre chaves para diferentes entendimentos. Com a avaliação escolar, não foi diferente. Logo que as escolas cancelaram temporariamente suas atividades presenciais, já houve educadores preocupados com a avaliação escolar. Fica evidente que, se essa preocupação está em latência desde o princípio, é porque ainda predomina a ideia de avaliação como classificação. Por isso, a pergunta que vai orientar essa reflexão inicial é sobre o sentido da avaliação.
A avaliação escolar pode ser um instrumento ou mesmo, um recurso para identificar, formar, repensar e repensar-se. É um diálogo constante, mesmo que ainda ofereça desencontros, que vai do professor ao estudante e, do estudante ao professor. Por esses desencontros existirem é que os mesmos devem ser pensados como estratégias de avaliação. Dentre essas, podemos pensar na relação informação e limite. Quais são os limites que pode-se atender quando a avaliação é entendida para o controle? E para a emancipação? Assim, a função do professor é sempre a orientação. Para que isso aconteça, é necessário realizar a avaliação a partir de um ambiente de confiança e, o cotidiano que estamos inseridos nos obriga à confiar.
Para que esse ambiente seja de efetiva confiança, precisamos aprender com a crise que a mesma é tempo de reflexão, onde as problemáticas ficam mais latentes, pois nem os professores estavam preparados para trabalhar online, nem todos os alunos têm facilidade com tecnologia. E ainda, atenção especial ao entendimento da parte emocional/afetiva, tanto do professor, aluno e família. De tudo isso, o que é mais estranho: Quando vamos preparar os professores para esta realidade?
Enquanto isso não acontece, alguns professores fazem o mesmo que faziam; outros, deram um passo à frente…o que se sabe é que a crise vai acelerar a mudança e, a avaliação passa a fazer parte do planejamento, determinando inclusive os conteúdos que posso ensinar.

Sugestões:
- Criar um lugar, fóruns em que se pode interagir com outros estudantes. (facilita uma avaliação muito mais ampla).
- As orientações precisam ser muito claras e precisas, para que o estudante seja um avaliador de seu processo de ensino e aprendizagem.
- Utilizar tudo que temos em mãos (e temos muitas coisas em mãos), torna a avaliação autêntica.
- Uso também de plataformas e o que elas ajudam a fazer.
- Estratégia de Avaliação: Convencer porque é preciso aprender (para que a aprendizagem não seja vista como um castigo).

De outra forma, outros entendimentos são possíveis para refletir:
- Como os estudantes são qualificados a partir das avaliações?
- Nas avaliações, não vemos a coisas como são, mas como somos.
- Avalio, como fui avaliado.
- A avaliação da aprendizagem deve se constituir como um elemento substancial do Ensino.
- Na pandemia, precisamos deixar de pensar somente no urgente e voltar os olhos para o mais importante, que nesse caso, nunca foi tão urgente.

Assim, algumas ideias, e a sugestão de um livro online: “Avaliação da e para a aprendizagem: Instrumentos e Estratégias” – Disponível em:
https://www.codeic.unam.mx/index.php/libro-evaluacion-del-y-para-el-aprendizaje/

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domingo, 10 de maio de 2020

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PROFESSOR: REINVENTE-SE!


Novos tempos exigem novas posturas profissionais! Tempos incertos exigem também posturas profissionais flexíveis! E os professores não podem ficar alheios à essas novas configurações; ou seja, é tempo de se reinventar. Nesse sentido, não se pode inventar sem reconfigurar-se. É uma questão de identidade, de disciplina, saber, e claro, muita leitura. Sugiro, portanto:
- Compartilhe sua rotina. Está calcado na tradição de que o professor só trabalha quando está em sala de aula, na escola. Isso não é verdade! Por isso, conte para a pessoas como é sua (nova) rotina, seu dia de trabalho, compartilhe pequenos vídeos, imagens, áudios, reflexões.
- Todo profissional precisa de inspirações! Com o professor não é diferente! Mostre para as pessoas que você é um profissional de sucesso, que inspira outras pessoas! Não seja medíocre com sua profissão! Tenha orgulho dela! Compartilhe inspirações! Sugiro compartilhar uma dica de leitura, uma frase, um filme, enfim, tudo aquilo que lhe motiva em sua profissão!
- Mostre que você é um profissional Networking – divulgue suas parcerias, sejam elas presenciais ou online – mostre que você não está sozinho! Mostre que há uma rede de colaboradores que compartilham contigo não apenas o saber, mas suas inspirações, reflexões e anseios.
- Esteja sempre atento a novidades! Em todo momento estamos nos atualizando! Esteja ligado em lives, cursos, leituras, reflexões com colegas, grupos virtuais.
- Sua trajetória profissional é muito importante! Um bom professor não é construído da noite para o dia! Em matéria de ensinar e aprender, ninguém nasce pronto! Por isso, não se esqueça de contar sua trajetória pessoal que, além de inspirar outras pessoas, também mostra suas atualizações e o quanto isso tem significado para você!
- Produza conteúdo de significado. Escreva sobre sua área de saber. Não se esqueça de escrever colocando-se no lugar do outro, daquele que vai ler, interpretar, significar. Suas produções, seja elas vídeos, imagens, textos, lives, etc., serão criticadas...aproveite as críticas para melhorar seu conteúdo, para ampliar seu entendimento e sua capacidade criativa.
Por fim, REINVENTE-SE! Amém.



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