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segunda-feira, 13 de julho de 2015

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O ESCRAVO MODERNO REFÉM DA SUBSERVIÊNCIA MERCANTIL CRUZA OS BRAÇOS E DIZ SIM!

“Que época terrível é esta, onde idiotas conduzem cegos”
(Willian Shakespeare)

servidaomodernaA proposta aqui apresentada é refletir sobre a condição da escravidão moderna. De outro lado, é discutir o escravo moderno inserido em um sistema totalitário e mercadológico, que coloca o homem em uma condição de subserviência. A leitura crítica dessa condição é necessária para compreender de que forma o homem, livre por natureza, se coloca em uma condição servil diante das organizações dominantes do mundo, seja no âmbito da economia, política, tecnologia.

O termo “escravo moderno” se refere ao homem em sua condição laborante, dominada, alienada. O escravo moderno é o reprodutor da lógica do sistema. O pior, é perceber que o mesmo não tem consciência de sua alienação. Logo, a proposta do debate, não é apresentar soluções ou respostas prontas, mas aponta para o modelo social que se propõe combater.

De outra forma, se espera que, através da reflexão, possamos questionar e difundir as questões debatidas. Assim, por não apresentar um “manual” instrucional sobre a ação da qual se propõe, a discussão afirma que a liberdade de pensamento e ação deve ser a principal característica humana.

Encontramos essa condição na dialética marxista, onde a salvaguarda revolucionária está na condição de conduzir o operário em direção à liberdade de sua condição. É no estranhamento da sua condição, que se dá no elemento material da vida (condições materiais de vida), que os homens se colocam na condição de revolucionários. Revolucionar significa pensar diferente!

Temas como Alienação, Modos de Produção, Mercadoria, Obediência, Trabalho, Poluição, etc, são abordagens recorrentes do debate em “Da Servidão Moderna”.

Nessas temáticas, percebe-se que a servidão moderna se dá de forma voluntária. É o desejo pela compra – o fetiche pela mercadoria torna o homem cada vez mais escravo de sua condição alienante. Esse fenômeno só é possível quando, através das revoluções das máquinas foi tirada do proletariado a consciência de sua exploração. Hoje, as pessoas estão totalmente escravizadas. É a legitimação da exploração que ocorre de maneira livre. É sintoma da alienação aceitar sem discutir a vida lamentável, resignada e desgraçada que o sistema preparou para todos nós.

Há a possibilidade de mudança. Para tanto, é o medo, a condição servil diante do mercado, dos meios de produção, dos governos que expoliam a condição humana do escravo moderno. Baixar a cabeça diante dos “donos do mundo”, aceitar a humilhação e a miséria por medo é o que há de mais alienante na condição servil humana.

É necessário criticar. A crítica produz mudança de pensamento, produz estranhamento. Quando o escravo moderno estranha sua condição de alienado, ele muda. ((•)) Ouça este post

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