Páginas

segunda-feira, 6 de julho de 2015

0

DA MARGINALIDADE QUE TEMOS À MAIORIDADE QUE QUEREMOS!

 

MAIORIDADE1Toda marginalidade têm sua origem. Ninguém nasce marginal. Nascemos em prospecção ao mundo ao qual nos receberá. Esse mundo, é um complexo de causas sociais, econômicas, políticas, educacionais, de gênero, sexualidade, etc. A realidade social, em boa parte desse micro-mundo chamado brasil, é dura! É, muitas vezes, às duras penas da sobrevivência que se constrói a identidade do nosso jovem. Alguns, fora dos critérios meritocráticos conseguem emergir do atoleiro da desigualdade social, econômica e política. Outros, conseguem, depois de muito sofrerem dar asas à liberdade do preconceito, da discriminação sexual, do olhar de menor que o sufoca.

Mas, se há esses que em determinado momento da vida conseguem um “up” de sua condição social, há aqueles que não. Esses se entregam ao mundo da marginalidade. Pobre crianças inocentes! Invadidas pelo ódio daquele que explora, oprime, o sanguinário que destitui o pobre de toda condição de dignidade e liberdade. Ali, no lugar do sonho, planta a semente da marginalidade. O terreno da desigualdade é fértil para o desenvolvimento da violência!

Vamos pensar alguns dados…

Consideremos o jovem de 15 à 17 anos para nossa análise. Segundo pesquisa do IPEA, inclusive com publicação disponível nesse Publicações do IPEA, a maior causa de morte entre esses são os homicídios e os acidentes de transito. Os homicídios representam 37,8% das mortes, onde a maioria é do sexo masculino (93%). O trânsito, representa 17,3% das mortes.

Sobre a educação, apenas 48% dos jovens nessa faixa etária (15-17 anos) frequenta o Ensino Médio. 82% desses jovens se encontram na escola, mas em série fora de sua idade. Desses, apenas 13% chegam a ingressar o Ensino Superior. Questionados sobre o deficitário acesso ao Ensino superior, nota-se, evidentemente, que a renda é o fator predominante do não acesso destes.

Segundo a pesquisa, o analfabetismo vem carregado de preconceito, uma vez que sinaliza que o mesmo se dá três vezes maior entre os negros, se comparado aos brancos. O acesso à educação é três vezes maior entre os brancos do que entre os negros.

Em relação à violência, as maiores vítimas são os negros e pardos. À cada 100 mil habitantes, 148 vítimas da violência são negros; já os brancos é de 69 pessoas.

Para piorar a situação educacional, essas diferenças vão além da cor, são geográficas. Na zona rural, a escolaridade é 50% inferior à da zona urbana.

Assim, pensa-se na marginalidade que temos, para a maioridade que queremos! Fica evidente que o Brasil ainda é um país que precisa diminuir suas desigualdades sociais para garantir a sua maioridade. Ela não é cronológica, é cultural! Enquanto esse não for o foco das políticas, jamais iremos diminuir a violência. A mesma está em auto-tutela, assegurada pelo Estado, o mesmo que garante e autoriza a desigualdade entre as pessoas.

Podemos dizer então, que a desigualdade é a mãe da violência, e que dela surgem outros parentes, como a prostituição, a exploração do trabalho infantil, o preconceito de cor, entre outros. A lista é grande! Maior do que a idade penal sugerida para a maioridade!

Sugiro pensarmos NO radical da questão, e não DE FORMA radical! ((•)) Ouça este post

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário