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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

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A SOCIEDADE E A COMPLEXIDADE

Ver o todo ao invés de entender as partes parece ser o grande desafio atual. Ninguém, em nenhuma ciência pode apenas tentar entender algum problema apenas partindo de sua concepção de mundo. Mais do que isso, deve antes mesmo de apresentar a sua, entender a possibilidade de estar acontecendo outras. Será que sempre foi assim? Não.
Século XVII é um marco oficial no nascimento da Ciência Moderna. Falo do Frances René Descartes, considerado por muitos o "Pai da Ciência Moderna". Descartes escreveu vários livros, mas o que aqui merece destaque é o chamado "Discurso do Método". Pelo nome, você já deve estar pensando: Qual discurso? E, que método?

- O Discurso: René Descartes parte do princípio de que precisamos chegar à uma verdade, e portanto, algo que seja induvidável. O discurso então que se produz aqui é um discurso sobre a Verdade. Diferente da visão de verdade que temos hoje, onde cada um tem sua verdade (problema pós-moderno), Descartes queria uma Verdade que fosse válida em todas as ciências. De fato, encontrou: "Cogito, ergo sum" - "Penso, Logo existo!".
- O Método: Conforme Descartes, para se chegar à essa verdade, é preciso construir um método que ofereça a mesma certeza que se tem nas ciências matemáticas às ciencias Humanas. Em outras palavras, é preciso visualizar o complexo do humano e social  a partir da fragmentação.
Essa teoria teve tal influência que até hoje, quando falamos em teoria social, muitas pessoas ainda afirmam: "Na teoria é uma coisa, na prática é bem diferente!", como se houvesse determinado distanciamento entre uma e outra. Na verdade não há, o que ocorre é a chamada Praxis (Ação -> reflexão -> ação -> etc).
Superar a fragmentação do pensamento parece ser uma atividade necessária em todos os campos de estudo. É então, necessário compreender a Sociedade em sua complexidade. ((•)) Ouça este post

3 comentários:

  1. Vejo essa história com olhos Gestálticos.


    Att. Adriel

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  2. Então Adriel!
    Na verdade, pode até ser! Mas o que ocorre é que buscamos a superação dessa limitação científica.
    Abandonar o paradigma moderno, me parece que não é a solução.
    Parece que precisamos repensar essa modernidade crítica.
    Te apresento a Neomodernidade (Iluminismo - Séc. XVIII)
    Abraço

    Rudinei

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  3. Os fantásticos da Neomodernidade e seus fenômenos de intecormunicação.


    Diria o antropólogo, sociólogo e filósofo francês, judeu, formado em Direito, que durante a segunda guerra mundial participou da La Résistance, Edgar Nahoum, através de seu pseudônimo Edgar Morin, no livro "A cabeça bem feita" (1999, ed. Bertrand) que: "É preciso substituir um pensamento que isola e separa por um pensamento que distingue e une. É preciso substituir um pensamento disjuntivo e redutor por um pensamento do complexo, no sentido originário do termo complexus: o que é tecido junto."

    Porém para isso não poderia a reforma do pensamento partir do zero, e de fato não te.. Tem seus antecedentes na cultura das humanidades, na literatura e na filosofia, e é preparada nas ciências.


    Vou esperar a resposta do amigo.
    Interessante o Blog, acredito que podemos fazer um espaço interessante de discussões.

    Para finalizar, sugiro que pense sobre a frase: "Uma idéia não tem mais valor que uma metáfora; em geral, tem menos."

    Ótima semana.

    Abraço a todos.

    Adriel

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