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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

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PAPAI NOEL NÃO EXISTE. MAS NÃO SERIA MELHOR SE ELE EXISTISSE?

Santo Anselmo, um dos clássicos da Filosofia Medieval afirmou que podempapai-noelos deduzir a existencia de algo pela mera idéia do mesmo algo. Apenas pensando sobre o que o "Papai Noel" é, podemos concluir que ele deve assim existir. A esse argumento na Filosofia chamamos de "Argumento Ontológico".

Já Freud (1856-1939) fundador da Psicanálise, afirma que a as experiências podem ser alucinações desencadeadas pela ansiedade e deejos profundos ainda não expressados. Por exemplo, uma criança que desde cedo lhe é dito sobre o Natal do Papai Noel, acaba criando um desejo enorme pelos presentes, mesmo que presentes vindos de alguém inexistente não são tão bons quanto àqueles que são dados por pessoas reais.

Segundo Freud essa expectativa se transforma em sonho e, em sua teoria dos sonhos, eles são o produto de poderosos desejos insconscientes.

Essas alucinações imaginárias (imagem do papai noel) querem se tornar materialidade. E isso explica suas características.

Dada a força do desejo, podemos esperar que envolvam intensa emoção. As alucinações dão a impressão de haver algo além que pode oferecer segurança e ajudar a dar sentido à uma data especial - que na verdade não é o Papai Noel, mas sim, um fato histórico e real que é o nascimento de Jesus Cristo, e este deveria ser o significado.

De toda forma, a idéia do papai noel é um tanto ingenua e infantil. Mas, não seria melhor que ela existisse? Falo disso porque a pio decepção para alguém é ver o seu sonho perdendo o significado. Alguns chamam esse processo de amadurecimento. Eu chamo de perda de significado. A ruptura com o sonho inculca um desejo não realizado, e o pior, jamais realizado.

Diante disso, aparece uma terceira questão: Não seria melhor então, desde já, eliminar a idéia do Papai Noel no Natal, e voltar-se à ele em seu verdadeiro significado?

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