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domingo, 14 de junho de 2015

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UM ODE À LOUCURA!

 

normal_magitte31_6O mundo em que vivemos é louco. Muito mais louco do que o mundo, somos nós. Não tem mais cura. A única tentativa de viver no mundo da loucura é ser louco. Há os que buscam a tentativa da insanidade consciente. A consciência é a mais sátira e mordaz inteligência da loucura; portanto, inalcançável.

A loucura domina o mundo. Pessoas buscam de forma insana objetivos que estabeleceram para si e que, mesmo em seus árduos esforços, jamais alcançaram, dada a insatisfação humana da busca.

Loucos...loucos pelo dinheiro, loucos pelo poder, loucos pelo prazer, loucos pelo saber, loucos pela religião, loucos…enfim, loucos.

Através de sua loucura o homem enclausurou-se na dimensão da ausência de dimensão. Vive em seus espaços sociais não localizados, porque localizada não está sua loucura. Trabalha insanamente colocando em cada artifício sua parte, sua alienação, sua vida, não suportando, porém, que a parte não corresponde ao todo da vida.

Busca através da loucura a felicidade do querer transcender a dimensão humana, tornando-se divino, racionalizando e quantificando o irracional e o infinito, incompreensível…

A mente louca é um privilégio. Tem em si a coragem, a sagacidade, a perspicácia de um profeta, de um louco que grita desesperadamente sussurrando palavras agudas aos ouvidos do tempo. O tempo passa, e a loucura fica. Há um abismo entre a loucura e o tempo: o homem. A realização da liberdade – garantia fundamental da humanidade – se realiza nesse tempo. Ainda mais, a loucura atinge as culturas, o direito, a filosofia, a educação, a psicologia.

Século da loucura! Século do progresso! Onde se escondem os homens férteis para o progresso de nosso tempo? Qual é o solo do desenvolvimento teórico e científico? Onde reside a felicidade suprema do homem? Uma só resposta: a loucura! Na loucura estamos todos nós! Eu, você, todos…

Loucura: princípio do que somos, meio em que estamos, fim que buscamos!

Um ode à loucura! ((•)) Ouça este post

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