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segunda-feira, 15 de junho de 2015

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A DÚVIDA…ETERNA CONDENAÇÃO!

A questão do como conhecer é tão velha quanto a existência humana. duvidaSem o homem, o conhecimento não seria possível. O conhecimento está grudado na condição humana. A ausência do mesmo, diante do desafio da sobrevivência, torna o homem frágil. Não é a ignorância a mãe do conhecimento, mas a sua superação.

Querer superar o não-saber é, entre os humanos, a principal superação. Duvidou, descobriu, agora sabe! Sabendo, acomoda-se. Novamente, após o sentimento de acomodação, vem a dúvida!

É um problema conviver com a dúvida! Melhor é superá-la!

Como se quisesse descobrir como eliminá-la, partimos para a guerra da busca. Uma busca interminável, eterna, mutável, desconcertante do já aprendido, do sabido, do produzido. Duvidar é logo, apostar no não saber.

É difícil colocar-se no lugar de quem convive diariamente com dúvidas…a dúvida fragiliza, desconforta, dá lugar ao não-saber-por-enquanto.

Um filósofo chamado Sócrates, diz que o maior entre os homens é aquele que “sabe, que nada sabe!”; logo, não sabendo, busca saber. Mas o saber não é algo pronto, e sim, a ser construído.

Descartes parte da dúvida metódica. É preciso um método para se construir uma verdade. Embora ele soubesse disso, arriscou fragmentar para entender o que ainda não compreendia. A fragmentação nos custou caro!

Superar a dúvida com o conhecer: este é o desafio humano! E superar não é simples, pois exige do humano o estabelecimento da morada em um lugar inseguro, o ‘por enquanto’.

Encontrei um sábio homem que diz que o conhecimento é uma “construção provisória”. Verdade! Não pode o homem, ausentar-se do papel do provisório quando assume a constante construção. O saber não está na presunção do saber, mas sim do não-saber, ou pelo menos, de um saber provisório. Que dilema! O saber provisório representa a instabilidade do ser enquanto ente que conhece, ou que, convencido de sua superficialidade, busca saber mais.

Por fim, um saber provisório corresponde à inquietação da dúvida temporal, de um humano temporal. O que resta para depois? Somente a dúvida! Computador ((•)) Ouça este post

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