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sexta-feira, 19 de junho de 2015

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RACIONALISMO, EMPIRISMO E CRITICISMO: O MUNDO, AS IDEIAS E AS COISAS!

 

filosofiaQuando investigamos as teorias do conhecimento a partir do Século XVII, encontramos nomes de grandes pensadores como Descartes, Bacon, Locke, Hume e Kant. Para tanto, como sugere a Filosofia moderna, o mais importante não é “o que é?”, mas sim, o “como?” das coisas. Em outras palavras, a busca de um método que seja capaz de mostrar verdadeiramente como chegar à um conhecimento verdadeiro.

Descartes, pai do Racionalismo moderno, aponta para as ideias inatas como possibilidade de conhecer. As ideias inatas, que são ideias que temos desde o momento de nossa concepção, estão em nossa alma. Nossa alma, é cópia da alma perfeita; portanto, o conhecimento nos é dado por extensão da ideia perfeita. Não há o que conhecer, apenas, como afirmava Platão na antiguidade clássica, é necessário o processo de reminiscência (relembrar do que já se sabe). Descartes, em sua abordagem do “como?” chegar à um conhecimento verdadeiro, cria o método cartesiano, com quatro premissas básicas na investigação da verdade.

Já no Empirismo, temos Francis Bacon, John Locke e David Hume. O Empirismo, de Aristóteles aos pensadores modernos, afirma a importância da experiência para o processo de conhecer. Importante perceber que, apenas Bacon aponta para o imediato da experiência como possibilidade da verdade. A experiência basta. É dela que se extrai a verdade. O que os sentidos captam, é a verdade. Mas cuidado! Bacon escreve que existem quatro tipos de ídolos, que são erros que ocorrem em nossas experiências. Esses ídolos tem origens diferentes, mas todos buscam nos desviar da real compreensão da experiência.

John Locke, sugere que a experiência não basta. É necessário a reflexão a partir dela. Para Locke, o homem é uma tábula rasa, ou seja, uma folha em branco. Não há ideias inatas. Dada a importância da experiência, é importante perceber que é através dela que vamos nos constituindo enquanto ideias.

David Hume, tem sua preocupação centrada na investigação em torno das ideias. Segundo ele, tudo que contém em nossa mente são percepções. Ele acentua a investigação sobre as percepções. Segundo Hume, conforme o grau de intensidade que as percepções se desenvolvem em nossa mente, elas se classificam em impressões ou ideias. As ideias são cópias de nossas percepções, que guardam semelhança com nossas impressões. Assim, as ideias são imagens mentais geradas pelas sensações.

Immanuel Kant, busca no Criticismo (Racionalismo Crítico) resolver o problema do Racionalismo e do Empirismo. Para Kant, as ideias são produtos subjetivos; são internas. Quando entramos em contato com a realidade, damos a forma às coisas de acordo com a ideia interna que temos dela mesma. Assim, o mundo externo é um produção da subjetividade humana.

Compreender o processo de construção do conhecimento foi e continua sendo um dos grandes desafios da Filosofia em todos os tempos. Essa inquietação corresponde à necessidade que temos de conhecer ao mundo e a nós mesmos. Depois dos pensadores modernos, são várias outras interpretações. Com certeza, eles deixaram seu importante legado no processo de investigação do entendimento humano acerca das ideias e das coisas. E nós? O que deixaremos? ((•)) Ouça este post

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