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segunda-feira, 22 de junho de 2015

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TRAPAÇA POLÍTICA: DO GABINETE À DEFESA DO POPULISMO!

 

políticaVivemos um período de crise política que afeta diretamente a economia, educação, saúde, trabalho, direitos e deveres, etc. As decisões políticas quando não acertadas acarretam prejuízos sociais a ponto de os governos sacrificarem o povo para sanar reformas estatais através de ajustes fiscais. Não obstante da crise, do sufoco, do estrangulamento do ajuste fiscal, está o discurso político que transita do gabinete à defesa do populismo.

Alguns políticos populistas costumam usar em seus discursos argumentos comoventes, emotivos e demagógicos a ideia de que a política é a arte de servir ao povo. Esta premissa comove as pessoas, transmitindo ao eleitor uma imagem de candidato humilde, serviçal…alguém que está realmente interessado em servir ao povo. Não obstante, não denota interesses particulares.

Já o político de gabinete não gosta do cheiro das pessoas. Precisar ir, sempre estará representado pelo brilhante assessor que, em seus discursos, ilustra a “ausência de tempo, uma vez que o nobre edil está envolvido em desenvolvimento de projetos”. Porém, quando questionado sobre o que compreende por política, o político de gabinete afirma ser “a arte do possível”. Este argumento serve para conformar o eleitor com o necessário.

Em ambos os casos, seja do político populista ou o político de gabinete, pode-se elaborar algumas questões:

a) Discurso populista: se a política é a arte de servir o povo, que segmentos sociais compõem o povo? Todos os segmentos necessitam das mesmas coisas? Atender as necessidades de alguns, não implica em buscar compatibilidade com os interesses de todos? Os interesses se complementam ou são contraditórios?

b) Discurso de gabinete: a política, sendo a arte do possível, é possível para quem? Sendo possível para alguém, é impossível para quem?

Assim, ninguém escapa da política! Todos estamos emergidos no discurso político, seja ele populista ou de gabinete. Por isso, precisamos questionar e verificar se, na transição do discurso populista para o de gabinete, não acabamos por hora, financiando a trapaça.

É preciso questionar! É preciso argumentar. A ação política de todos nós amplia os espaços democráticos, diminuindo o lugar da trapaça, do suborno, do desvio do dinheiro público, entre outros. Acontece que a grande maioria da população brasileira se exime do ato político. Vê como processo democrático o sufrágio, e dele participa. É necessário ir além do simples direito do voto! É necessário participar!

Do gabinete ao espírito populista é o lugar da trapaça. Seja, em ambiente privado de interesses privados, convivências privadas…seja, em frente ao povo, instrumentalizando-se com ferramentas que ludibriam a capacidade crítica do povo, que os político heterogenizam o discurso. A ordem discursiva obedece ao pressuposto da trapaça, do interesse, do subjugado.

O ajustamento democrático precisa resgatar a ética, os procedimentos legítimos de justiça e, acima de tudo, a opção política pelo povo. ((•)) Ouça este post

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