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terça-feira, 16 de junho de 2015

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ACORDAR DO SONO DOGMÁTICO!

 

sono_dogmaticoTranquilamente repousa sobre o leito da ignorância o homem dogmático. Este homem está preso ao seu fúnebre festejo da calmaria e da acomodação. Ele acha que sabe. Oh! Tranquilidade! Nele está o tilintar das algemas da noção do óbvio, do dado, do pronto, do acabado. Ele rejeita todo e qualquer movimento, uma vez que sabe que isto lhe causa terríveis dores. Seus músculos teóricos estão adormecidos na inércia do menor esforço…quanto menor for, melhor se sentirá.

Louva com intensa paixão e prazer, em seu leito das páginas fechadas, sua singela existência; minúscula, rudimentar, inesculpida pelo artesão do saber. Prefere as sombras, as janelas fechadas, os olhos cansados, a tranquilidade da sua esquecida e empoeirada lembrança.

De outro alento, minúscula é a luz da lâmpada que ilumina o caminho dos que buscam. Investigar é acordar. Acordar do sono dogmático é sentir o turbilhão de letras, números, utopias, sonhos…O acordar não se basta ao brilho do olhar que assustado olha para o desconhecido, é preciso mais! Acordar é sair do dogma, é investigar!

Mundo dogmático – como poderei decifrá-lo? Dos gregos antigos até hoje, a linguagem matemática tem sido o projeto, como também é o projeto do dogma. O inquestionável poderá ser decifrado? Compreendido? Investigado? Não! Me recuso à investigar fora da possibilidade e dentro da verdade.

Onde está, porém, o homem que dormia tranquilamente no leito do dogma? Levantou-se…foi buscar o esmero dos sábios que, esculpidos na cova terrena, deixaram suas ideias como lembranças e seus feitos como retrato.

Não pediram discípulos. Pediram homens livres! Pediram mais liberdade, mais saber. Serviram de mestres para indicar o que fazer quando o sol raiar, a vida brotar, a possibilidade aparecer…não pediram muito: apenas para acordar! ((•)) Ouça este post

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