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sábado, 23 de janeiro de 2021

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GLOBALIZAR O BEM!

É preciso globalizar o bem. Não há dúvida de que, o contexto social que estamos vivenciando necessita de ações voltadas para o bem. No entanto, parece que essa atitude individual que converge para a transformação coletiva, ainda é muito cara às pessoas. Pois bem, é verdade! Fazer o bem, não é uma atitude nata aos seres humanos, mas pode ser aprendida.

Não nascemos sabendo o que é o bem, ou como praticá-lo. Precisamos ser educados para tal. Somos educados a partir de outros. É a partir da família, escola, Igreja, grupos sociais, políticos, etc., que vamos constituindo nossas referências de solidariedade e cooperação ou, de outra forma, de egoísmo e competição. Tudo passa pela educação!

Não há dúvida de que educar-se para o bem, prima por um olhar coerente com a realidade do outro. Ninguém faz o bem ao outro, sem antes acolhê-lo em sua realidade. Não posso fazer o bem se não entender o seu contexto. Há quem preferira explicar a situação do outro, a partir de sua situação. Acolher, é compreender. Explicar sem compreender, gera preconceitos, egoísmos, competições.

De fato, a educação que temos hoje, globaliza saberes, empreendimentos, explicações. Ela nos coloca participantes do mercado competitivo, da economia mercantilista capitalista globalizada pelas redes de comunicação, insere-nos em um cenário macro, quando se trata de dinheiro, mercado, competição...quando se trata de olhar à si... mas peca no que se refere ao olhar o outro.

As evidências do contexto que estamos vivendo, servem para nos mostrar o quanto involuímos globalmente sobre o olhar em direção ao entendimento do outro. De março de 2020 para cá, muitos movimentos de solidariedade, colaboração e cooperação, foram surgindo. Devido as diferentes crises geradas pela Pandemia COVID-19, as entidades, empresas e mesmo pessoas físicas, criaram redes de solidariedade. Hoje, vemos essas mesmas redes enfraquecidas, esquecidas, outras descontinuadas. 

Como se não bastasse o enfraquecimento das ações de solidariedade da sociedade civil, a desgovernança política da coisa pública, colabora para o desescasso social com os mais pobres e legitima o desinteresse para com ações solidárias. A desgovernança acentua e incentiva a crise moral já estabelecida, levando as pessoas à agirem de modo individualista. 

Janeiro de 2021 já está chegando ao fim. Com ele, junto a alegria das vacinas, os índices mais elevados de contaminação e morte dos últimos meses. Ainda há a justificativa que estes são consequencias das festas de fim de Natal e Ano Novo! Será? Observe ao seu redor, sem a pretensão de julgar, mas de compreender, comportamentos inerentes das festas de ano novo, já cessaram? Enquanto o comportamento social, orientado por decisões individualistas se distanciar das orientações técnicas da saúde, os índices pandemicos tendem a persistir.

Assim, a globalização do bem depende de um comportamento social orientado por um sistema de governança sério, organizado, comprometido e prudente com a vida. Mas não só! Depende também da minha e da sua atitude como cidadão em ter disposição em querer fazer o bem! 

Globalizar o bem, não é classificar, estratificar, mas reconhecer que o cuidado e a acolhida com a vida é condição fundamental para todos. No entanto, o desafio é um movimento educativo que envolve famílias, escolas, governos, organizações, que converge para esse objetivo: Globalizar o bem!

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