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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

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DISCUTINDO A GERAÇÃO DELIVERY

The small businessmanCompromisso e responsabilidade são palavras que atualmente não fazem muito sentido para a geração delivery. A geração delivery é o momento do já pronto, do descartável, da produção rápida e do rápido consumo, das relações rápidas. Tudo é tão rápido que nada merece reflexão, muito menos compromisso e responsabilidade sobre o que se faz nesse universo da velocidade.

Eles estão em toda parte! São os jovens filhos dessa geração. Para quem não é pertence à ela, por ela é visto como “lento” demais.

Essas pessoas assistem TV ouvindo rádio e ao mesmo tempo teclando em seus computadores. É a geração que fala com a mãe, com o amigo no Messenger e ainda com a namorada no telefone. Tudo ao mesmo tempo! Foi-se o tempo em que diziam que as mulheres podem fazer duas coisas ao mesmo tempo. Essa geração faz muitas coisas ao mesmo tempo.

Os contatos de tão rápidos, chegam a ser superficiais. Ficar é dar um beijo sem saber o nome da outra pessoa, a idade, o que faz da vida, opção sexual, etc. O tempo é tão líquido que chega a escorrer pelo ralo do esquecimento. Tudo é “momento”.

Diante de toda essa velocidade, é preciso parar. Quem é pai de um ‘delivery’ precisa saber que, aquele jovem que recebe tudo “caidinho do céu”, sem qualquer tipo de conversa, proximidade, sem ter que ouvir aquele antigo blábláblá dos pais, sente-se inseguro, solitário e, poder ficar deprimido pois visualiza-se em uma situação de desamparo – sem ninguém.

Em virtude dessas transformações sociais, como por exemplo o surgimento da delivery, os pais e professores se tornam mais compreensivos, toleram mais…agem com mais liberdade e permitem maior expressão sexual, ideológica. Enquanto o amadurecimento da geração anterior acontece, a geração delivery está angustiada, stressada, deprimida diante das escolhas profissionais e com dificuldade para desabafar.

O que fazer? Não podemos ficar insistindo em ressuscitar o passado. O que passou, passou! Mas também não podemos esquecer que aquilo que passa nem sempre é esquecido. E se não foi esquecido é porque é importante. Isso é o que devemos fazer: valorizar os aspectos positivos, repensando os negativos. Quem sabe a geração delivery não seja apenas uma rápida transição entre àquilo que é considerado antiquado e o tão sonhado novo?

Outrossim, pais e professores devem estar preparados para encarar essa mudança como um desafio. Modificar os métodos de ensino sem perder a essência daquilo que se pretende. Já a família, não pode esquecer que é uma família. No entanto, não é apenas o poder que circula os laços afetivos, mas principalmente a capacidade de amar de cada um. E a geração delivery é carente de amor.

Se você tem um delivery em casa, converse com ele. Busque entender, afinal, fomos os deliverys de nossos pais, agora nossos filhos são nossos deliverys.

((•)) Ouça este post

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