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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

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POR QUE SE INVESTE TÃO POUCO EM EDUCAÇÃO?


Desculpem os acomodados! Hoje quero começar fazendo uma crítica ao Estado e aos Municípios: Por que não se investe mais em educação? Pois bem, começamos…é uma longa história.
Quando em meados de 1932, tempos em que no Brasil não existia Escola Pública, alguns pensadores de pensamento político de Direita e Esquerda, liderado por Fernando de Azevedo e seguido por Anísio Teixeira, Afrânio Peixoto, Lourenço Filho, Roquette Pinto, Delgado de Carvalho, Hermes Lima e Cecília Meireles, entre outros, escreveram um documento intitulado “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova”. Vamos discutí-lo?
Esse documento ao ser lançado, teria a pretenção de ser um marco na educação nacional, pois, além de constatar que a Educaçãos se encontrava desorganizada, queria ser ele o referencial de uma escola única, pública, laica, obrigatória e gratuíta. Logo de início, esse grupo de pensadores sofreu forte crítica da Igreja Católica que manipulava e monopolizava as instituições de ensino de até então.
Assim, o Estado deveria oportunizar à todo o povo uma escola de qualidade, que viesse a dar suporte ao ditado da bandeira - “progresso”. Também era preocupação dos pioneiros da Educação Nova o desenvolvimento psico-afetivo-social dos que se envolvessem nesse processo; ou seja, a relação entre a Escola, trabalho e a vida deveria ser eixo norteador das ações da escola. Para tanto, era necessário criar uma escola adaptada aos desafios de seu tempo. Não apenas uma escola que forme mão-de-obra para as indústrias, como alguns pensavam, mas antes de qualquer coisa, uma instituição educativa que mantivesse um relacionamento efetivo daquilo que se aprende e se ensina nas escolas com o mundo da vida. Um outro aspecto relevante é que a educação seria una nos mais diversos níveis de ensino, pois a partir disso, poderia se gerar a continuidade ininterrupta do processo educativo. Essa unidade não quer significar uma uniformidade, o que seria, de antemão, negativo ao desenvolvimento social.
Não dá para negar que existem e existiram muitas críticas à essa carta, mas é necessário assumir que a preocupação central era que a educação em todo o país colaborasse para o desenvolver de toda a nação em seu tempo. Acontece que depois de 32 as coisas foram mudando, em termos, o desenvolvimento científico e tecnológico avançando e o sistema educacional cada vez mais sucateado e desvalorizado pelas fontes de poder. Para averiguar a presente questão, basta perguntar-se: A Escola de hoje acompanha os movimentos que a sociedade vive em termos de progressos científicos, tecnológicos, etc?
Mas então, por que se investe tão pouco em educação? Investimento aqui não é apenas dinheiro! É reconhecimento! Reconhecimento de que para termos uma educação de qualidade precisamos além da infraestrutura, também profissionais bem preparados para os desafios dos tempos atuais. Precisamos de políticos competentes que apontem para a educação como passaporte para o desenvolvimento e para o crescimento humano e cultural de seus municípios. Ou será necessário um Manifesto dos educadores do século XXI? ((•)) Ouça este post

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