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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

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APRENDI A VOTAR NA ESCOLA!

 

adolescentes-escola-mesaNa Antiguidade Clássica, época da política grega, um filósofo chamado Platão, andava pelas ruas de Atenas e quando lhe interrogavam sobre quem votar, ele apenas dizia: “Nem sempre o mais votado é o que realmente tem condições de governar!”. Infelizmente não foi isso que aprendi na escola. Na escola nos ensinam que votar é exercer democracia! Esse é o discurso que muitos políticos de carteirinha alimentam.

Na tentativa de discutir uma nova ideia sobre a democracia e o voto, que elaboro as premissas abaixo.

Vivemos em um tempo onde a complexidade é o ponto de partida da existência e da sobrevivência humana. Há, desde já, quem diga: “Ou aprendemos a viver juntos, ou morreremos todos juntos!” Essa é a diretiva que nos orienta. Questões como política, educação, saúde, meio ambiente, agricultura, etc., são questões que não estão desligadas da vida das pessoas. No entanto, percebe-se que para se ter saúde, necessitamos de uma alimentação sadia e, para se ter política sadia, precisamos de uma educação cada vez mais pautada em discursos que priorizem o consenso.

O consenso prevê o bom senso e o entendimento! E em matéria de política e voto, precisamos de bom senso e entendimento.

Não precisamos de pessoas que substituem o direito de exercer sua liberdade diante das questões políticas por merrecas de reais. Vontade do povo não se vende nem se compra! Os representantes políticos serão aqueles à quem se dará legitimidade popular.

Na escola aprendemos a eleger os corruptos. Votamos nos mais populares. Votamos sem responsabilidade naqueles que não tem responsabilidade. Líderes de turma geralmente são resultado do espírito de bando, assim como alguns políticos também o são.

Eleger pela fama, graça ou dinheiro, é apaixonar-se pela ignorância. Entrar em um consenso sobre política não é utopia: é uma necessidade! Discutir política para votar certo.

Assim, aprendi a votar na escola. Hoje quero reaprender a votar. Preciso votar com dignidade, justiça e acima de tudo, responsabilidade. Meus filhos e netos não precisam sentir o gosto amargo de uma política corrupta e de um país naufragado à beira da falência; eles precisam saber que um Brasil com dignidade e que priorize a vida se faz com competência e justiça e não com os votos da maioria. Votar não é disputar “quem ganha, quem perde”, mas sim é participar de um processo de entendimento, diferente do que fazíamos na escola.

((•)) Ouça este post

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