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sábado, 29 de maio de 2010

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AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS E AS FERRAMENTAS DE PODER

A vida social vive sua trama. Desenvolvem-se os processos em flutuantess340x255 reciprocidades que, de um lado comportam a tensão social e de outro, geram novas tensões. Nesse cenário, debate-se as Instituições Sociais.

Antes de qualquer coisa, as Instituições Sociais são formas de organização, ou mesmo, organismo de poder e coerção social. Nelas fundem-se as mais diversas ideologias, ou seja, cada qual em sua especificidade representa uma esfera da vida social.

Exemplos de Instituições Sociais são a família, escola, Igreja, Partidos políticos, etc., cada qual com sua representatividade assumida a partir de um paradigma, seja ele antigo, medieval ou moderno, construídos sob a égide da historicidade que perpassa as formas de pensar e se organizarem. Todas as Instituições sociais, independente da ideologia que carregam, são importantes. Além de agregarem valores (alguns universais e duradouros, outros nem tanto) elas mantêm o tecido social coeso.

O processo de institucionalização começou a existir a partir do momento em que, por evidência da propriedade e da convivência coletiva, foram sendo criados os primeiros contratos. No entanto, não se pode afirmar a existência de uma Instituição social fora de uma sociedade contratual, por mais que possa não ser materialmente representada. Essas Instituições criam os chamados símbolos institucionais, ou seja, àquilo que nas palavras de Marx representa um fetiche social, uma espécie de representatividade. Esses símbolos são alusivos à toda e qualquer forma de poder dominante. Há que prescrever que, as instituições sociais respeitam as prerrogativas do poder dominante, uma vez que sem ele tão pouco teriam significado.

Por outro lado, as instituições sociais são uma forma de satisfação humana das necessidades sociais. É nelas que se incorporam os valores fundamentais, como por exemplo, a vida. Há instituições sociais que se prestam para o campo da orientação da vida em sociedade, enquanto outras, tem caráter punitivo. Mesmo assim, são estruturas organizadas que, ao se desenvolver, influenciam a vida em sociedade por meio da aceitação dos ideais. Outra característica fundamental, é que as mesmas relativamente são duradouras. Em grau, umas representam maior importância que outras, uma vez que a vida em sociedade é sempre mutável e, no seio de sua mutabilidade, novos entendimentos e formas de fazer acontecer e pensar as tensões sociais.

As funções das Instituições sociais são baseadas em modelos de comportamento social derivadas das funções manifestas pelas classes sociais (especialmente quando se tratar de instituições sociais no sistema de capital).

Alguns modelos de comportamento são aprováveis e outros, por si só, já estão na gama dos comportamentos inaceitáveis pelo padrão sutilmente utilizado. Sendo que, cada instituição social determina seus modelo ou padrão de comportamento, todos quantos não se adequarem à essa premissa, estão prejudicando determinada instituição social. Isso não quer dizer que cada instituição preserva apenas um papel social, pelo contrário, a gama de papéis sociais de cada instituição é de variedade e numeral infinito.

O comportamento de alguém que comete qualquer ato infracional em relação à outrem, deve ser reprovado e punido. Aqui, aparece com intensidade a norma moral como orientadora da construção da coletividade e dos comportamentos. Por exemplo, em uma sociedade padronizada em comportamento e pensamentos, se houver sujeitos que estão predispostos a não se integrarem nesse tecido, a sociedade acaba por se manter em situação patológica.

Nesse sentido, cada sistema cria seu próprio “cinturão de força”. Há que se dizer dos sistemas de reclusão de pessoas que, por um ou outro motivo, acabam por não aderirem ao socialmente estabelecido, ou seja, ao padrão de pensar e agir imposto pelas instituições sociais e porque não dizer, do pensamento dominante. Assim, por deterem o conjunto de forças das instituições sociais, o pensamento dominante elimina a possibilidade da mudança, mantendo as Instituições no foco de seu olhar, uma vez que a utiliza sob forma de controle.

Por fim, dizer que as instituições sociais aparecem hoje no contexto de um plano político ligado á economia e, de outro lado, buscam permitir a discussão de seu desenvolvimento para assim, substituir a lógica de funcionamento da Instituição social como uma ferramenta de poder.

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