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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

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OS DESAFIOS E PROPOSTAS DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR

base2Um dos grandes desafios que se apresenta ao momento em que estamos inseridos no âmbito da educação, é a proposta da Base Nacional Comum Curricular. A mesma ainda está em construção. Por ser democraticamente construída, busca sua legitimidade através do envolvimento e da participação de todos os interessados em educação. Para atingir tal objetivo, o MEC – Ministério da Educação e Cultura, através do acesso ao site da Base Nacional Comum Curricular, oferece espaços colaborativos de questionamentos e sugestões.

O caminho de construção da BNCC é longo. O que se vê de imediato, é que a mesma se apoia na Constituição Federal, Lei de Diretrizes de Bases (9.394/96), Parâmetros Curriculares Nacionais, Conferência Nacional de Educação, Diretrizes Curriculares para Educação Básica, PNAIC – Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, PNEM – Pacto Nacional do Ensino Médio e no PNE – Plano Nacional de Educação (2014-2020). A BNCC surge da necessidade de se pensar o currículo nacional em sua dimensão propositiva, acordada com as resoluções vigentes em educação. Assim, a BNCC não é o currículo, mas sim, onde se assentam os diferentes currículos. Por ser assim, a BNCC busca aprofundar o currículo a partir dos direitos e objetivos de aprendizagem. De toda forma, por não ter caráter redentor, não se espera que a BNCC venha resolver todas os problemas de ensino, aprendizagem e avaliação presentes nos diferentes currículos.

Assim, a BNCC busca, através dos direitos e objetivos de aprendizagem, a socialização de significados e construção de identidades dos sujeitos, no tocante à valores, direitos e deveres, incentivando também as práticas educativas formas e não-formais, uma vez que é composta de uma parte comum e outra parte diversificada.

A parte comum é composta de conhecimentos, saberes e valores gerados a partir das instituições produtoras do conhecimento científico e tecnológico, pelo viés do trabalho, da linguagem, atividades desportivas, corporais, artísticas, inseridas no exercício da cidadania. Já a parte diversificada, compreende as características locais e regionais, enriquecendo assim, a parte comum. Essa integração entre as partes não se dá por meio de disciplinas, mas em um processo de interdisciplinaridade e transversalidade de saberes e conteúdos.

Por constituir-se como diretriz pedagógica para a Educação Básica, a BNCC insere alguns desafios para as Universidades, Escolas e seus agentes: pensar o global com olhos no local, separar o importante do fundamental, construir uma base com legitimidade e clareza, articular os componentes curriculares, e por fim, pensar a educação como direito e objetivo da aprendizagem.

Para finalizar, uma reflexão de Paulo Freire:

"Precisamos contribuir para criar a escola que é aventura, que marcha, que não tem medo do risco, por isso que recusa o imobilismo.A escola em que se pensa, em que se cria, em que se fala, em que se adivinha, a escola que apaixonadamente diz sim à vida" (Paulo Freire) ((•)) Ouça este post

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