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sábado, 11 de dezembro de 2010

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HOMO CONSUMENS: IDENTIDADE DE CÓDIGO DE BARRAS

 

homem_consumidor_jpgDesde os tempos mais remotos, o homem sempre foi um animal consumidor. Consumir é uma prática milenar. Os primeiros homens utilizavam a máxima da natureza para justificar o seu consumo: “o maior consome o menor!”. Fato é que, essa cadeia de consumo milenar se estende até os dias de hoje. Mas, até ai nenhum problema. O problema maior é que o consumo foi sendo mediado pela necessidade da obtenção do lucro. O dinheiro foi introduzido como motivo principal para se incentivar o consumo. Consumir dinheiro pode não ser a melhor forma de viver para quem pensa em economizar; mas, quem economiza, consegue a melhor forma de viver?

Essa é uma pergunta que esconde em si o significado mais inteligente do consumir, pelo menos, segundo a intenção de quem dita o que socialmente é aceito para o consumo. Basta você observar em sua casa, vestuário, alimentação, etc., o que é socialmente padronizado para o consumo? Desde as formas mais rudimentares e mesquinhas de se comportar socialmente, há alguém introduzindo no hábito das pessoas novos produtos à serem consumidos. Entre eles, encontramos os produtos alimentícios. Quanto químico introduzimos em nosso corpo! E o pior, ainda achamos natural ensinar as crianças à consumirem plástico, entre outros.

Ainda quando professor de Educação Infantil, fitado diante dos potinhos de lanche, ficava a pensar se os pais não tinham tempo para preparar algo mais natural, quem sabe, um simples sanduiche para seus filhos. Cansei de ver crianças com as lancheiras amarelas de tanto salgadinho químico. Será que não existe outra proposta? Pobre saúde…

Ainda para agravar, vemos que o nosso consumo não é nem responsável, nem sustentável. Todo produto que consumimos, devido à velocidade e rapidez de seu consumo, acaba por ser sempre um amontoado de descartáveis.

Nessa época, esses descartáveis ficam pendurados nas árvores como se fossem um “vejam, estamos consumindo esta marca”. Que disfarce irresponsável é esse de pendurar os códigos de barras nas árvores para imitar o natal! Alguém saberia dizer para onde vai essa identidade plastificada após o passar desse momento? Mais lixo...

Optar pelo consumo consciente, é não se deixar condenar nas amarras de código de barras. Consumir é próprio do ser humano, mas um consumo menos agressivo, menos malvado e acima de tudo, menos irresponsável. São atos de sustentabilidade que garantem a minha, a tua e a sobrevivência de nosso planeta. Afinal, a vida vale mais!

Se esse texto não lhe fez pensar, não vou insistir, apenas desculpe por consumir seu tempo!

((•)) Ouça este post

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