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sábado, 13 de novembro de 2010

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VIOLÊNCIA ESCOLAR: CENAS DE TERROR!

 

FERIMENTOSOntem era o filho do fulano. Hoje é de Ciclano. Amanhã poderá ser o seu! Todos os dias, na rotina da vida escolar, nos deparamos com cenas de violência. O mais estranho é que, as mesmas acontecem em um lugar que deveria ser de educação. Meninas e meninos, adolescentes e jovens, promovem rinhas e brigas programadas nas escolas, gravam as disputas com celulares e câmeras e as imagens vão parar em sites da internet. São brigas e provocações contra colegas, professores, prática de bullying, e até o uso de material escolar como armas para ferir. As dúvidas são muitas…Será falta de uma política educacional clara? Será que o espaço escolar não é mais atrativo e as brigas são motivo de manifestação? Será a denúncia de um sistema complexo que permite a cada dia inserir no cardápio dos jovens que é “legal” brigar? Ou será falta de medidas socio-jurídicas efetivas? Em todos os casos, nos cabe uma reflexão.

No programa “Mais Você” da Rede Globo, quarta-feira (10/11), a apresentadora Ana Maria Braga conversou com uma menina de 14 anos que foi atingida no rosto por lâmina de apontador, causando profundas marcas que, com certeza, não carregam apenas dor física, mas um retalhamento emocional. Ana Maria questionou o fato do por quê alguém coloca vídeos de tanta violência na internet, ao qual a menina respondeu: “Querem mostrar que ninguém manda na escola, que aqui é perigoso”; ao qual, a mãe da menina acrescentou: “Você deixa sua filha na escola e, quando volta, vê a mesma com o rosto cheio de sangue – é uma cena de terror!”.

Na entrevista, também foi questionado um desembargador, o qual afirmou: “A Justiça vai pensar que medida socioeducativas vão ser tomadas”. Diante de uma situação que se repete todos os dias, será que já não deveria ser tomada alguma iniciativa? Quem sabe não só de punição efetiva, mas um trabalho que envolvesse a discussão de tema como esse com os jovens, crianças e até os pais de agressores e vítimas.

Além disso, precisamos também de um trabalho restaurativo, ou seja, as escolas precisam de uma equipe técnica efetiva, atuante e profissional. Falo de atendimento ao aluno qualificado. Não apenas um atendimento que venha a tomar medidas paliativas, mas que coloque o aluno agressor sob pena de sua responsabilidade, que o faça conhecedor do mal que causou e incentive sua mudança.

Pode ser que em nosso município ainda não se tenha casos como esse. Não vamos esperar acontecer um primeiro para agirmos. A violência escolar acontece de forma mascarada, sem deixar pistas, muitas vezes escondida por quem à sofreu e, com medo de uma futura agressão, passe sem denúncia.

Converse com seus filhos sobre essas questões. Você professor, converse com sua turma sobre isso. Proponha trabalhos coletivos, pesquisas, representações, músicas. Pesquise em sua comunidade o que as lideranças pensam sobre o proposto.

Vamos acabar com a violência escolar, antes mesmo de sermos vítimas dela!

((•)) Ouça este post

2 comentários:

  1. Muito legal,inteligente nos faz pensar.Parabéns.

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  2. Olá Marilei.
    Que bom sua visita! Continue visitando.
    Obrigado.
    Prof. Rudi

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