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domingo, 25 de julho de 2010

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EDUCAÇÃO NO BRASIL: OS POBRES EM SEGUNDO PLANO!

ESCOLA_POBREO problema da educação no Brasil é de caráter sociológico. Desde os primórdios da formação social neste país, um homem é valorizado quando tem bens e, nem sempre, consoante com o conhecimento. Nesse sentido, a elite brasileira abandonou a Educação Pública nesse país. Assim, a escola particular (mesmo que mediana) serve para àqueles que tem dinheiro ou, em pequena parcela, os que são financiados pelo Estado. Diante dessa lógica, aos pobres fica relegada uma educação em segundo plano.

Há claro, nesse sentido, uma tentativa de nivelar a educação segundo a classe social à que o indivíduo se encontra. Pobre? Educação pobre! Qualquer um que tiver uma educação mediana se sobressai, pois a educação “nivelada por baixo” não oferece qualquer indício de concorrência. Para fragilizar mais ainda essa perspectiva, basta observar os índices do ENEM do ano de 2009. Fica então uma pergunta: será que a elite, que hoje domina as universidades públicas, conseguiria entrar nelas se toda a população tivesse as mesmas condições em seu processo educacional?

Na base de toda construção desse sistema existe a prerrogativa de que, por meio de um esfacelamento e degradação da educação para os pobres, fica mais fácil o domínio e a manipulação da consciência. Essa questão se acentua ainda mais quando em tempos de eleições o discurso irá pairar sobre a Educação.

Esse sistema produz um efeito de normalidade, ou seja, padronizar a forma de pensar das pessoas para que as mesmas não ofereçam qualquer tipo de resistência diante dos sistemas políticos, econômicos e sociais de domínio. É gritante saber ainda que, a classe de professores (considerados por muitos como intelectuais) serve de ferramenta para o funcionar desse sistema.

Em resumo, o que nos falta é um projeto que busque compreender um Brasil que avança economicamente e socialmente quando de fato, se valorizar o conhecimento. Para tanto, são necessários projetos voltados para a comunidade local, apostando no desenvolvimento e no papel da criança, do jovem, adulto e idoso, compreendendo a escola como um espaço onde se problematizam, desde as questões mais simples às mais complexas.

Essa possibilidade necessita de um novo olhar sobre a escola. Uma escola que não sirva de reduto ou passatempo, mas onde se produz no tempo que se passa. Uma escola onde se estude de verdade, se tenha sonhos, compartilhe angustias, onde o professor seja orientador; onde existe respeito com quer que seja, onde a família faça parte, não como visitante, mas como presença constante; enfim, uma escola onde se produza conhecimento humano, político, econômico e social. E esse conhecimento só é possível quando eliminadas as diferenças sociais. Enquanto isso não acontecer, a educação no Brasil sempre colocará os pobres em segundo plano!

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Um comentário:

  1. Professor parabéns pelo resumo. Gostaria de manter contato pois estou concluindo minha pós graduação em Lingua Portuguesa e quero ampliar meus conhecimentos e realizar meus estudos monograficos com foco na educação, pobreza e análise das interpretações de Edson Gomes. gostaria de ocntar com sua ajuda e troca de conhecimentos. Meu email é: jesusmypower1@hotmail.com.
    Desde já, grato. Vitor Nielsen

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