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sábado, 12 de junho de 2010

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QUAL IDEOLOGIA PRECISAMOS PARA VIVER?

 

Karl Marx, Sociólogo alemão do Século XIX, entende que a Ideologia, no EMPsentido mais restrito significa um conjunto de representações e ideias, bem como normas que servem para conduzir e nortear a vida de um indivíduo quando inserido na sociedade. Ela é uma forma de pensar, sentir e agir. Em nosso caso, inseridos na dimensão das politicas neoliberais do Estado Moderno, essas ideias e normas sociais seriam ditadas pela classe dominante.

A geração da década de 1980 deve lembrar uma música celebre do Cazuza, chamada Ideologia. Cazuza foi feliz ao produzir tal música, pois colocou nela a impressão de que tudo no mundo se apresenta acobertado por um “véu” de interesses políticos, que se apresentam de forma harmoniosa, mas que na verdade é um sentimento falso e ilusório.

Nesse sentido, falar de ideologia, é atribuir valor à inversão de ideias e valores. Por exemplo, durante anos a moral social foi se constituindo para formar o valor à vida que, aliás, é um dos principais valores (direitos fundamentais) de nossa Constituição Federal. No entanto, encontramos presente na mídia, das formas mais variadas, a inversão desse valor. O valor do capital ocupou o lugar que anteriormente pertencia à vida. Por isso que muitas pessoas ao lutarem para sobrevivência, acabam perdendo sua dignidade em viver. Isso acontece diante de vários grupos sociais, como por exemplo, político, religioso, escolar, etc.

Quais são hoje as ideologias válidas? À quem interessa as mesmas? Qual é a intenção de determinada ideologia? São perguntas que nos fazem refletir o modo que pensamos, agimos e sentimos.

Durante a década de 90, lembro-me dos “caras pintada” – movimento juvenil que, independente de sexo, etnia e religião foram até as ruas para impeachment do então presidente do Brasil Fernando Collor de Mello. Depois desse movimento, não lembro outro que tenha despertado tamanho interesse ideológico do povo. O que será que aconteceu?

Compreendendo seu sentido, basta verifica que cada programa de TV, Rádio, coluna de Jornal, livros e outros tentam passar uma determinada ideologia, com vistas a atingir com mais frequência os grupos sociais e suas problemáticas da vida cotidiana. É nesse momento que se dissemina a ideologia. Pois a mesma é auferida em um momento de crise social.

Como educador, não gostaria de ver nossos jovens de braços cruzados, assistindo dia após dia o naufrágio de um país tão belo e multicultural como o Brasil; jovens que perderam valores, sem saber o que fazer ou ter forças para lutar. Jovens que perderam (ou mesmo nunca foram convidados a desenvolver) uma postura política, ficando “em cima do muro” – como diz a musica Ideologia de Cazuza. O jovem não é o futuro, ele é o presente; e o presente, é agora!

É assim que devemos pensar: qual ideologia precisamos para viver? Se as ideias que temos não são suficientes para que tenhamos vida, devemos buscar espaços mais sólidos; espaços que permitam que tenhamos uma ideologia não à serviço da classe dominante economicamente, mas onde todos, independente de partido político, grau de instrução, cor, pensamentos, etnia, cultura, sejam valorizados.

É na raiz que vemos a força da árvore. Poda-se galhos e mais galhos se necessário, e se faz necessário, mas a raiz é sempre preservada: não há tempestades nem vendavais que possam contra uma raiz bem sedimentada.

((•)) Ouça este post

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