Páginas

domingo, 23 de maio de 2010

0

A INTERDISCIPLINARIDADE COMO PRÁTICA

interdisciplinaridade_elenO papel das instituições sociais que trabalham em educação perpassa pelo desenvolvimento de competências e habilidades que vão além do conhecimento científico em si. Devem oportunizar uma visão da complexidade da vida, socializando a vivência de cada um que participe efetivamente do processo de ensino e aprendizagem. No entanto, percebe-se a necessidade da construção de projetos que efetivem, com base nos autores em educação, em especial, Paulo Freire, a noção de interdisciplinaridade não como um emaranhado de conteúdos soltos, misturados e confusos, mas apontem para uma compreensão mais totalitária da realidade. Diante desse contexto, direção escolar e professores devem estar preocupados, pois conteúdos fragmentários também permitem concepções e entendimentos fragmentados, o que por conseguinte, nenhuma possibilidade de significado a partir daquilo que se faz nesses espaços.

Quando estabelecemos conexões, ou seja, relações de um objeto com outro, estamos interagindo no sentindo de construir conhecimento com significado. De outra forma, não basta apenas estabelecer conexões, mas problematiza-las! As questões que são intrigantes fazem os sujeitos em processo de aprendizagem captar a essência! Assim, aprendemos com mais gosto, aquilo que nos incomoda!

Diante do exposto acima, a produção de conhecimento é um projeto humano que exige superação de limites, do imaginado e que se enriquece no processo crítico e polêmico, onde se instaura uma rede de pluralismos culturais e de resistência escolar.

Percebemos então, que a prática interdisciplinar está ligada à questão da produção de conhecimento. Encarar a sala de aula como espaço de troca de ideias faz pensar no quesito “participação”. Nos encaminhamos para o fim de um período ditatorial em educação, onde o professor atuava como o único que sabe, enquanto o aluno é sujeito apenas receptivo.

É desafiante a prática da interdisciplinarida de nas escolas! Nós professores, devemos nos possibilitar essa mudança. Sair da aceitação de uma prática abarrotada de certezas e navegar no mundo das possibilidades. Quem sabe, seja o início de um processo que realizara ainda mais o homem pelo processo educacional. Para tanto, sugiro:

- Integração de conteúdos;

- Passar de uma concepção fragmentária de conteúdos para uma visão unitária;

- Superar a dicotomia entre o ensino e a pesquisa escolar;

- Ensino centrado numa visão que aprendemos ao longo da vida.

Assim, ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a produção e construção de saberes significativos.

((•)) Ouça este post

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário