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sábado, 4 de julho de 2020

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NOVO NORMAL – DA DIMENSÃO INDIVIDUAL À CONDIÇÃO COLETIVA!

De uma forma geral, todos estamos sendo impactos pela Pandemia Coronavirus. Os impactos estão nos levando a refletir, em diferentes dimensões, sobre quais serão os aspectos da nova organização social, ou seja, da nova normalidade. Nesse sentido, surge um novo conceito no campo sociológico: O “Novo Normal”.

Pensar o Novo Normal implica diretamente em compreender o que é “normal”. O normal, em matéria de sociedade, significa estar orientado pela norma social, por parâmetros sociais que servem de diretrizes de convivência onde os indivíduos se inserem. Já o “Novo Normal” implica em mudar o que se tem/tinha como normal. Ou seja, o Novo Normal sugere a mudança das normas sociais e dos parâmetros de convivência, para que as relações sociais sejam minimamente estáveis.

Diante do cenário de instabilidade, almejando a possível convivência nesse cenário, as Nações Unidas organizaram diretrizes que orientam o “Novo Normal”. Essas diretrizes são um esforço solidário global, mas também local, comunitário e pessoal.

Faço aqui, uma síntese das mesmas:

      1)     Proteção e fortalecimento dos sistemas de saúde, para combater a pandemia.

      2)     Fortalecer os sistemas de proteção social, garantindo o atendimento aos sistemas públicos básicos.

   3)  Recuperar a economia através de políticas do apoio às pequenas e médias empresas e aos trabalhadores informais.

      4)    Defender os mais necessitados, através da mobilização de recursos financeiros e estímulos fiscais;

    5)   Investir em sistemas de resiliência e resposta liderados pela comunidade, promovendo a coesão social.

O Novo Normal apela à dimensão coletiva sobre a individual. No normal, tínhamos a ideia de que a condição social dos indivíduos eram de responsabilidade dos mesmos. Agora compreendemos de que temos compromisso com cada ser, uma vez que a condição do mesmo, pode colocar em risco toda a humanidade.

O fortalecimento das ações comunitárias são a base do Novo Normal. Cabe às organizações de cunho local, tomarem atitudes que vão ao encontro da nova organização. Portanto, o Novo Normal não é um projeto vertical, mas construído de modo democrático com pessoas e instituições locais, promovendo uma nova consciência e um novo modo de agir adaptado às condições que são particulares de cada comunidade.

O primeiro passo é a superação da situação de empobrecimento, que coloca grande parcela da população de nossas comunidades em situação de vulnerabilidade social. A desigualdade é a origem de todos os males sociais. Cabe ao Novo Normal, através de medidas de promoção de trabalho, renda e políticas públicas, emancipar os vulneráveis sociais.

Os cinco eixos são apenas diretrizes das Nações Unidas. Sabemos que há muitas outras questões a serem tratadas pelo Novo Normal. O que se sabe é que a vida de uma sociedade é sempre regida por normas e parâmetros sociais e, que agora estão em mudança. Por fim, espera-se que as mesmas sejam construídas por todos, de forma democrática.


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