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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

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APRENDEREMOS A CONVIVER OU MORREREMOS JUNTOS?

Imagem1 Estamos vivendo um momento de muitas mudanças na questão planetária. Algumas pessoas falam apenas de uma visão ambiental, mas a era planetária se justifica pelo fato de que, àquilo que acontece com o meio ambiente está intimamente ligado com todos os aspectos e processos que acontecem nas mutações do universo. Por isso, precisamos aprender a viver a nova era planetária.

Nesse momento é necessário retomarmos as primeiras perguntas: “Quem somos?”, “Onde estamos?”, “De onde viemos?”, “Para onde vamos?”. Essas perguntas são necessárias pois é a partir delas que percebemos a nossa fragilidade perante o mundo.

Pensando sobre essas perguntas, o homem reflete sobre a sua participação e inserção no mundo. Trás para si e para os que convivem consigo um fluxo enorme de necessidades. Nesse sentido podemos perceber as diversas condições humanas e suas preocupações.

Precisamos aprender que a nossa existência gira em torno de dois polos: a vida e a morte! Já em outro artigo escrevi que “ou aprenderemos a conviver todos juntos, ou vamos morrer juntos”. Infelizmente, parece que está difícil de conviver com a nossa própria condição existencial, então imagine com as diferenças dos outros. Já que não sabemos conviver, precisamos aprender. Para isso, o processo de educação das crianças precisa ser repensado. As gerações até aqui educadas, não aprenderam a identificar-se com as questões planetárias. Aprendemos que tudo quanto for externo à nós, deve ser explorado. Se precisar derrubar árvores, queimar pneus, escravizar o outro homem para o obter luxo – era permitido. Agora é hora de ensinar as crianças a reconhecerem-se como partícipes da era planetária. De que forma? É muito simples: apenas fazê-las pensar sobre aquelas perguntas acima. A partir da reflexão sobre a sua fragilidade é que surge o reconhecimento e a dependência para com todas as questões que envolvem a era planetária, em especial o meio ambiente.

Outra questão necessária a ser ensinada é o sentimento de cidadania que nasce da participação na comunidade. Quando participamos de nossa família, comunidade, sociedade, política, etc., nos sentimos mais responsáveis por elas. Aliás, não deveríamos apenas nos sentir responsáveis por elas, deveríamos ter a convicção de que somos responsáveis. Nesse sentido, as grandes decisões que dependem exclusivamente da dimensão política e que desembocam na preservação do planeta, seriam levadas mais a sério.

E para concluir, é preciso repensar as instituições sociais (família, Igreja, Estado, Partidos Políticos…). Vejo papel fundamental na Escola nessas transformações. Mas, para isso, a Escola deve mudar também…É possível?

((•)) Ouça este post

Um comentário:

  1. O HOMEM FAZ PARTE DO MEIO OU O MEIO FAZ PARTE DO HOMEM?
    VAMOS CONTINUAR PENSANDO NO MEIO OU NO TODO?


    ATT.ADRIEL

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