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domingo, 12 de fevereiro de 2023

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Avaliação COMO Aprendizagem: uma nova perspectiva da avaliação escolar!

Desde pequenos avaliamos tudo que está a nossa volta.  A pretensão da  avaliação é gerar algum tipo de aprendizagem.  Nem sempre a avaliação que fazíamos nos conduziu aos melhores resultados de aprendizagem.  Nem por isso deixamos de avaliar.  Assim,  a finalidade dos processos avaliativos na condição humana, e do desenvolvimento humano,  é possibilitar novas aprendizagens.

Sabemos, portanto, que a escola ao longo do seu processo de construção,  dicotomizou (separou) a avaliação da aprendizagem. Tal confirmação se dá quando é comum ouvirmos cursos de formação avaliação e aprendizagem sendo apresentados como categorias separadas.  No entanto,  a reflexão que quer trazer aqui,  está cunhada em uma perspectiva recente de avaliação:  a avaliação como aprendizagem. 

Dentro da complexidade de avaliar para aprender,  o processo de aprendizagem deixa de ser mecânico, e passa a ser complexo.  Por isso não se pode pensar em uma avaliação como aprendizagem,  em uma escola em que a proposta de ensino está voltada  a partir do "dar aula".  Avaliação como aprendizagem está centrada no aluno, e não no professor.

Para isso,  podemos entender que existem três níveis de aprendizagem, das mais simples às mais complexas:

a) Nível da compreensão declarativa: neste nível de aprendizagem o aluno fala sobre algo.  É também nesse nível que instrumentos como testes e provas,  com perguntas e respostas óbvias e decoradas estão presentes.

b)  Nível das competências e habilidades:  É nesse nível que o estudante sabe fazer; é competente para tal. Neste nível, muitas vezes são aplicados os instrumentos avaliativos que consideram macetes, dicas, tutoriais, passo a passo.

c)  Nível de atitudes e disposição: é neste nível que o estudante assimila aprendizagem. Neste nível ao assimilar os dados, refletindo, questionando, testando, experimentando os mesmos,  o estudante faz com que a aprendizagem fique para ao longo de sua vida. Assim, o desafio  avaliativo desse nível,  é transformar o saber curricular e os seus conteúdos, em uma experiência educativa,  atitudinal.

Dentro das diferentes concepções de avaliação,  podemos classificar em três:

1.  Avaliação DA aprendizagem:  está voltada para a aprovação,  classificação,  índice de qualidade,  e é do tipo Somativa, ou seja, instrucional,  de caráter quantitativo.

2.  Avaliação PARA a aprendizagem: está voltada para a melhoria da aprendizagem focada no professor.  É do tipo formativa, pois considera o processo como um espaço de formação continuada.  Conforme o professor evolui no processo de ensino, espera-se que o aluno também o faça no processo de aprendizagem.

3.  Avaliação COMO aprendizagem:  parte do tipo diagnóstico, onde ocorre a verificação do conhecimento. Através de um processo de automonitoramento, autocorreção, ajustes  e feedbacks constantes,  o aluno assume o papel central,  aprende sobre si, reflete sobre suas atividades e atitudes e tem a possibilidade de avaliar por pares.

Na avaliação como aprendizagem,  o papel do professor está sempre sendo ressignificado, pois o mesmo além de monitorar os processos metacognitivos,  pode possibilitar através de feedbacks descritivos e reflexivos (portfólios), as boas práticas de aprendizagem.

Assim, concluo que, a reflexão que proponho é sobre o processo avaliativo, sem um juízo final estabelecendo se um é melhor ou pior que o outro.  As diferentes formas de avaliação são aplicadas de acordo com as diferentes perspectivas e objetivos de aprendizagem.  Cabe ao coletivo educativo da escola,  a partir de um diagnóstico sério desenvolvimento e discussão,  verificar as possibilidades de um ou outro tipo de avaliação. 

Ótima semana!

Boas reflexões!

((•)) Ouça este post

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