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sexta-feira, 9 de abril de 2021

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PERCEBER-SE E SER PERCEBIDO!

Desde o início da Pandemia, toda a sociedade transformou-se, e os professores não ficaram de fora dessas transformações. De 2020 para cá, muitas mudanças aconteceram no campo da educação. Em alguns momentos, as salas de aula ficaram vazias, em outros, alguns estudantes preencheram os espaços que eram permitidos nos protocolos. Independente do lugar ou da condição, lá estavam os professores, seja online, seja presencialmente. Os professores, em momento algum abriram mão de sua responsabilidade educativa.  

No momento em que nos formamos professores, em especial na formatura da graduação, realizamos um juramento ético para com a profissão. Cumprimos este juramento todos os dias, faça chuva, sol, frio, calor, crise econômica, desemprego, Copa do Mundo, campanhas políticas ou Pandemia.  

É fato que algumas pessoas, por não verem mais os professores nas escolas, suspeitam que os mesmos não estão trabalhando. Inclusive, muitas vezes, julgam apressadamente denigrindo a 

Não se sabe ao certo, se essa percepção já existia antes da Pandemia, ou se é decorrente do cenário e suas transformações. Cabe informar que o trabalho do professor não parou. Os professores adaptaram-se rapidamente às necessidades que foram surgindo com os desafios gerados pelos imprevistos da pandemia.  

A sala de aula da escola, foi para a sala de estar da caso, o quarto, o escritório, a garagem, e tantos outros espaços que cada um foi significando. Câmeras foram sendo instaladas em todos os cantos, novas assinaturas de internet ampliando a velocidade para poder oferecer um serviço com mais qualidade, quadro sendo pendurados pelas paredes da casa, livros espalhados por todos os lugares, isolamento acústico nas portas janelas, entre outros. Investimentos estes, que não só os professores fizeram, mas também as próprias famílias. Tudo isso, por um único objetivo: fazer acontecer e favorecer a aprendizagem e o ensino.  

Como qualquer outro profissional, o professor é um ser humano que tem uma bagagem histórica, econômica, cultural, emocional. Se a preocupação que afligiu a maioria da população brasileira foi a crise econômica derivada e aguçada pela pandemia, o professor também passou por essa crise.  

Perceber e ser percebido, são duas ações e somente podem ser realizadas por pessoas que tenham um profundo senso de humanidade, que saibam se colocar no lugar do outro. Pessoas  que são capazes de reconhecer que o esforço que cada um faz para melhor fazer aquilo que realiza, merecem aplausos.  

Mas há também, aquelas pessoas que não conseguem perceber o outro, porque se interessam demais consigo mesmas. Esse exagero de si, infelizmente, produz um sujeito egoísta, individualista. É preciso que olhem ao seu redor, percebam a diversidade, as diferenças. apenas percebam... 

Não é momento para a sociedade fragmentar-se sobre determinados entendimentos; ou pior, momento em que cada um se agarra naquilo que considera o melhor para si. É momento, sim, de perceber, ser sensível, colocar-se no lugar do outro, ter senso de entendimento,  buscar o consenso, refletir mais que julgar, construir e reconstruir-se sempre.  

Professores e não professores! Unamo-nos! 

((•)) Ouça este post

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