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sábado, 19 de dezembro de 2020

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2021: DESAFIOS ÉTICOS PARA UMA VIDA MELHOR!

Ninguém sabe ao certo como será 2021. Afinal, falar em certezas é reconhecer que a única certeza que temos é viver na incerteza. Sempre foi assim. Quem sabe, nunca tivemos tempo para pensar que, a vida é uma constante de incertezas. Basta observarmos que, desde o dia que nascemos, a incógnita da incerteza nos acompanha. Ela está tão perto de nós que, nem ao menos sabemos, com certeza, o que seremos ou o que irá acontecer conosco no próximo lapso de tempo. Mesmo assim, projetamos os tempos. Não é diferente com o próximo ano. E, conte sempre com a vantagem de viver em tempos de incerteza: a possibilidade sempre constante de escolher o que fazer com sua vida, afinal, nada está determinado de forma absoluta.

Entre as diferentes projeções, muitas possibilidades! Nas possibilidades, a escolha! Na escolha, a Ética! 2021 necessita ser um ano onde nossas escolhas sejam orientadas pela Ética. 2021, é um ano de grandes projetos societários. Todo eles estarão voltados para a continuidade da vida planetária. É hora da humanidade dar-se em conta que, ou voltamo-nos ao cuidado uns dos outros, ou agonizaremos nossa existência e tudo que a compõe.

É preciso criar uma ética global que oriente a economia e a política para o seu real sentido: servir ao homem, e não o seu contrário. Destarte, temos vivenciado nos últimos tempos, a vida (em especial, a dos mais vulneráveis) sendo colocada em risco, em nome do desenvolvimento da economia capitalista, individualista e consumista. 

Como se não bastasse, junto das pretensões da economia, somos sufocados pelas vaidades de uma gestão política que valoriza a reprodução das próprias convicções, esquecendo-se dos saberes científicos, construídos por toda humanidade até agora. Soma-se à incompetência política, a ineficiência da gestão técnica no tratamento das questões sociais. Entre elas, as diferentes orientações dadas pelos gestores públicos, que colocam o cidadão em um cenário flutuante de posições e tomada de decisão.

Nesse sentido, entendo que é preciso construir orientações fundadas em princípios éticos globais. A esfera governamental precisa compreender que, na essência da democracia representativa está o serviço e não o servir-se. Cada um de nós, ao cumprir seu papel de cidadão, deve ter em vista que, o seu ato de liberdade implica, necessariamente, na liberdade do outro.

Agir livremente, portanto, não se trata de fazer o que bem se quer, mas orientar-se e decidir dentro de uma moral (conjunto de normas) sobre o que é melhor para si e para o outro. Dessa forma, a melhor decisão a ser tomada, considera que o problema é global e que, da mesma forma, exige soluções globais. Uma ética global é necessária!

O cenário nos convoca para essa postura! Necessitamos ser assertivos em direção à nossa experiência existêncial. E para isso, a Educação pode colaborar como construtora de cultura. É urgente substituir a compreensão da vida fragmentada e radicalizada, por uma visão mais holística (do grego holos: “todo” - visão de totalidade).

Essa construção não se dá pela imposição de medidas salvacionistas por um governo ou outro, mas na corresponsabilidade do público e do privado. Alinhar as perspectivas, sonhos e aspirações individuais ao plano social, político e coletivo, é a grande expectativa. Compreender que, mais importante que vencer, é conviver e, deixar viver. A chave é a busca de consensos e entendimentos através do diálogo. Flexibilizar as posturas autoritárias, substituindo-as por posturas abertas, flexíveis. Eliminar os ransos da tradição do conservadorismo, ampliando um ambiente participativo, sem substimar a força dos mais pobres e, nem ao menos, tão somente valorizar o poder dos mais privilegiados.

Com estas pistas de reflexão, e propondo que dias melhores virão, começamos a mobilizar as pessoas mais próximas, alcançando as mais distantes, disseminando relações intersubjetivas, que nos levem ao desejo de um Feliz 2021, que é possível para todos, sem distinção.
((•)) Ouça este post

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