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domingo, 3 de julho de 2011

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FAMÍLIA E ESCOLA? OU FAMÍLIA VERSUS ESCOLA?

 

paisJá dizia o ditado popular: “Quem não está à meu favor, está contra mim!”. Quando discutimos a relação que se estabelece entre família e escola, muitas pessoas tem por base esse ditado. No fundo, enquanto muitos buscam uma relação harmoniosa, transparente e de complementaridade, outros, buscam criar e acentuar o conflito.

Não é novidade que, tanto a família quanto a escola são instituições sociais que estão em constante mudança. Só não percebe quem ainda acredita que, mesmo que a vida social mude, essas instituições não devem abrir mão dos valores tradicionais. Essa é a questão: os valores aprendidos na família e na escola dão conta das mudanças sociais?

Em busca de uma possível resposta, deveríamos buscar um consenso, e não acentuar o conflito!

Se sabe bem que a instituição família é sim, no momento atual, um espaço que concentra muitas formas de pensar. Passou-se de um modelo paternalista para um modelo pluralista de ideias. Tanto a mulher quanto os filhos ganharam espaço de fala e participação na economia familiar. Fora isto, percebe-se a construção de novos modelos familiares, como por exemplo, as famílias homoafetivas.

De outro lado, a escola enquanto uma instituição educativa que reproduz a ideologia do Estado, portanto, interesses da classe dominante. A escola, no momento atual, se encontra perdida entre muitas ideologias. De um lado a responsabilidade de um ensino mais crítico, de outro, a necessidade da profissionalização e preparação para o mercado de trabalho.

O que está acontecendo é que, nessas mudanças, tanto na escola quanto na família (pensando numa relação de complementaridade), cada instituição deveria assumir o seu papel quanto ao ensino dos valores. À família, valores disciplinares; à escola, valores científicos. Isso é nítido! Também fica claro que, quando uma das instituições não cumpre efetivamente o seu papel, cria um conflito com a outra. Até quando isso irá acontecer?

Será que não está na hora de as duas instituições buscarem alternativas do cultivo de valores desenvolvendo uma parceria? Pensar isolado, não estará produzindo um sujeito (seu filho, por exemplo) com crise de identidade? Ou pior, a falta de harmonia entre essas duas instituições, não estará produzindo tanto um modelo de família, quanto um modelo de escola desprovido de valores fundamentais? Enquanto isso não se resolve, cada um faz o que pensa ser o certo, às vezes, numa relação de complementaridade, outras, de conflito.

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2 comentários:

  1. Oi Professor!Sabe Rudinei sou mãe de duas meninas com diferença de idade 10 anos e percebo que nestes período estes conflitos estão realmente se acentuado cada vez mais, as vezes ouço das minhas filhas " é assim que tem que ser mãe, até meu professor faz isso" aí, como acadêmica de pedagogia me sinto já na obrigação de não errar numa sala de aula.
    abraços até amanhã FAI!!

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  2. Olá Suzana! Verdade. O professor além de desempenhar um papel ético em sala de aula, ainda pode ser um ator social responsável. No entanto, isso não lhe é cobrado como profissional, e sim, é papel de todos os pais. Precisamos entender a escola como uma parceira da família, e vice-versa. Abraço. Até amanhã, na FAI.

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