Prof. Dr. Rudinei B.
Augusti
Em tempos de Pandemia, as mudanças são sempre chaves para diferentes entendimentos.
Com a avaliação escolar, não foi diferente. Logo que as escolas cancelaram
temporariamente suas atividades presenciais, já houve educadores preocupados
com a avaliação escolar. Fica evidente que, se essa preocupação está em
latência desde o princípio, é porque ainda predomina a ideia de avaliação como
classificação. Por isso, a pergunta que vai orientar essa reflexão inicial é
sobre o sentido da avaliação.
A avaliação escolar pode ser um instrumento ou mesmo, um recurso para
identificar, formar, repensar e repensar-se. É um diálogo constante, mesmo que
ainda ofereça desencontros, que vai do professor ao estudante e, do estudante
ao professor. Por esses desencontros existirem é que os mesmos devem ser
pensados como estratégias de avaliação. Dentre essas, podemos pensar na relação
informação e limite. Quais são os limites que pode-se atender quando a
avaliação é entendida para o controle? E para a emancipação? Assim, a função do
professor é sempre a orientação. Para que isso aconteça, é necessário realizar
a avaliação a partir de um ambiente de confiança e, o cotidiano que estamos
inseridos nos obriga à confiar.
Para que esse ambiente seja de efetiva confiança, precisamos aprender
com a crise que a mesma é tempo de reflexão, onde as problemáticas ficam mais
latentes, pois nem os professores estavam preparados para trabalhar online, nem
todos os alunos têm facilidade com tecnologia. E ainda, atenção especial ao
entendimento da parte emocional/afetiva, tanto do professor, aluno e família. De
tudo isso, o que é mais estranho: Quando vamos preparar os professores para
esta realidade?
Enquanto isso não acontece, alguns professores fazem o mesmo que
faziam; outros, deram um passo à frente…o que se sabe é que a crise vai acelerar
a mudança e, a avaliação passa a fazer parte do planejamento, determinando
inclusive os conteúdos que posso ensinar.
Sugestões:
- Criar um lugar, fóruns em que se pode interagir com outros
estudantes. (facilita uma avaliação muito mais ampla).
- As orientações precisam ser muito claras e precisas, para que o
estudante seja um avaliador de seu processo de ensino e aprendizagem.
- Utilizar tudo que temos em mãos (e temos muitas coisas em mãos),
torna a avaliação autêntica.
- Uso também de plataformas e o que elas ajudam a fazer.
- Estratégia de Avaliação: Convencer porque é preciso aprender
(para que a aprendizagem não seja vista como um castigo).
De outra forma, outros entendimentos são possíveis para
refletir:
- Como os estudantes são qualificados a partir das avaliações?
- Nas avaliações, não vemos a coisas como são, mas como somos.
- Avalio, como fui avaliado.
- A avaliação da aprendizagem deve se constituir como um elemento
substancial do Ensino.
- Na pandemia, precisamos deixar de pensar somente no urgente e voltar
os olhos para o mais importante, que nesse caso, nunca foi tão urgente.
Assim, algumas ideias, e a sugestão de um livro online: “Avaliação da
e para a aprendizagem: Instrumentos e Estratégias” – Disponível em:
https://www.codeic.unam.mx/index.php/libro-evaluacion-del-y-para-el-aprendizaje/
((•)) Ouça este post
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário