A dimensão psicoafetiva é o processo de personalização das descobertas, da aceitação de si, da integração e do trabalho para construção de si. Quando falamos em dimensão psicoafetiva, estamos falando de nós mesmos. Não se trata de avaliar a sua relação com os outros, mas consigo. Por isso, a relação psicoafetiva também pode ser entendida como a minha relação comigo mesmo.
Para desenvolver a dimensão psicoafetiva em um projeto de vida, é importante o autoconhecimento e autocrítica. Sem eles, o ser humano se torna incapaz de analisar as diferentes situações que o envolvem e, envolvem a administração dos próprios conflitos e dos conflitos com os outros.
Através da autocrítica - crítica de si - podemos entender com objetividade e de maneira equilibrada o por quê agimos de determinada forma em indeterminada situações. Estamos sempre mudando, e compreender essas mudanças favorece um melhor relacionamento consigo, garantindo saúde mental, espiritual e afetiva, de forma plena. A falta de autocrítica, leva o ser humano à ações não planejadas e, portanto, de resultados não esperados. A falta de autocrítica, faz com que o ser humano transforme pequenos conflitos em grandes confrontos.
Outra dimensão importante é o autoconhecimento. É nessa dimensão que buscamos valores oriundos de nossas concepções educativas/formativas. É nela que ampliamos a reflexão ética de como devemos agir, diante de determinadas situações. A dimensão do autoconhecimento também ajuda a pessoa a se afirmar enquanto pessoa, a valorizar-se, a priorizar-se e, ao mesmo tempo, valorizar o outro e a priorizar o outro como referência para sua construção.
É através do autoconhecimento e da autocrítica que relacionamos outras dimensões da nossa constituição como pessoa: os sentimentos, corpo, afetividade, valores, habilidades, trabalho, lazer, dinheiro, bens materiais e espirituais, saúde, entre outros.
Por isso, é importante para o projeto de vida e sua realização, que essa dimensão - a dimensão psicoafetiva - seja entendida, sentida e vivida em sua plenitude. Isso requer compreender a vida em sua totalidade, sem afastar-se dos outros, mas também, sem deles ser vítima. Autocrítica e o autoconhecimento favorecem a construção do projeto de vida com autonomia e emancipação.
Boas reflexões!
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