Estamos
vivendo uma época de transição. Mudanças estão ocorrendo por
todos os lados. O atual cenário das organizações têm nos mostrado
que sempre é tempo de aprender. Não há como ficar insistindo que
as coisas são/serão como antes. Na verdade, nunca foram! Já dizia
Heráclito de Éfeso (500-450 a.C), que “tudo flui”; ou seja,
todas as coisas estão em constante mudança! O que era sólido se
transforma em líquido, e assim, sucessivamente em outros estágios.
O
cenário do trabalho nas organizações, é desafiador. Desde as
mudanças da rotina de trabalho, horários flexíveis, confiança e
flexibilidade, tem sido palavras orientadoras nesse novo cenário.
Gostaria
de refletir sobre algumas aprendizagens, que nestes últimos tempos,
inserido em um contexto de trabalho.
tive a oportunidade de construir:
Sobre
o
ritmo
industrial, contaminante e controlador das organizações:
Dentro de uma lógica de produção, as organizações
estavam acostumadas a dar mais valor ao
ritmo de produção,
aos processos, procedimentos, indicadores, rentabilidade. Hoje, as
relações se legitimam sobre um novo olhar: confiança, valor e
flexibilidade. Um novo ponto de partida, implica na legitimação de
novas relações de
produção.
As
organizações sobrevivem, ao passo que os sujeitos aprendem:
aprendemos que em uma organização, se
não houver a
interação dos
colaboradores e
gestores,
a entreajuda, a comunicação efetiva e afetiva, não há vida
organizacional.
Nesse sentido, as instituições voltam seus olhares para a
aprendizagem, pois elas
só sobreviverão
no mercado se aprenderem,
e
esta
condição é inerente à
condição motivacional (em termos reais)
constante dos sujeitos que a compõem.
É
preciso confiar em seus colaboradores.
As
organizações estão ajustando sua cultura organizacional, passando
de controladoras para colaborativas.
Diria
que, de
um ambiente de controle, para um ambiente de confiança, agora
convertida/mesclada com micros culturas e climas, incluindo a
cultura familiar.
Aprendizagem
é sempre flexibilidade. Normas, regulamentos, procedimentos,
padrões, foram substituídos por condutas éticas, mediadas pelo bom
senso e consensos ajustados à dimensão do trabalho flexível. É
uma nova experiência de trabalho que confirma a capacidade de
apostar na autonomia e responsabilidade do colaborador. A nova
conduta exige também uma postura de maior sensibilidade do gestor em
relação ao colaborador.
As
organizações são sistemas vivos interdependentes.
As organizações precisam verem-se como um todo integrado às partes
interdependentes. Independência aqui, gera morte. Para continuar
ativa, uma organização precisa compreender-se como sistema vivo,
interdependente. Reforço: não como sistema independente, mas
interdependente! Ter presença profícua em cada parte que está
ligada à outra. Fazer-se presença, é ser o presente! Presente no
sentido do melhor significado que tem para o cliente, colaborador,
gestor, para a sociedade como um todo.
Saber
e Ser em toda sua experiência.
Durante muito tempo a imagem de uma organização era mais importante
que seus valores. Era
mais importante a tradição do que a constante aprendizagem. Hoje,
vivemos uma oportunidade única para que a experiência do saber se
transforme em essencial (Ser) dentro de uma organização. É essa
relação precisa se estender à todos que ela buscam. Não se trata
de oferecer um novo produto, mas uma nova experiência vivencial,
substanciada por aquilo que tem de melhor. É o momento de
transformar o saber em experiência de ser.
Essas
foram algumas percepções e reflexões sobre as novas aprendizagens
no contexto das organizações, que em meu entendimento, implicam
necessariamente em uma nova postura de gestores e colaboradores.
Aprender é sempre uma condição
desconfortável; no entanto, considerando os desafios de nosso tempo,
a
abertura à mesma é fundamental para as organizações e pessoas que
querem estar inseridos na dimensão do trabalho.
((•)) Ouça este post
Parabéns! Excelente reflexão!!!!
ResponderExcluirExcelente reflexão!
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