Prof. Dr. Rudinei B Augusti
rudinei.augusti@gmail.com
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“A vida é angústia!” – já dizia Soren
Kierkegaard, filósofo dinamarquês. Ela é angústia, mas ensina! A vida ensina…a
maior dificuldade do ser humano, porém, é aprender. Mas, Willian Shakespeare afirmou
que “[…] um dia a gente aprende!”. Pode levar tempo, mas aprendemos. De fato,
as experiências, sejam elas trágicas ou mais prazerosas nos ensinam. Então,
depois que aprendemos, parafraseando Albert Einstein, a nossa mente jamais
volta ao seu tamanho original.
Estamos vivenciando diariamente o
retorno às coisas mesmas. A proximidade familiar que está possibilitando
diferentes convivências e tensionamentos de toda ordem no ambiente doméstico, nos
ensina que retornar ao convívio familiar é resgatar o quanto de humanidade que
há em nós. É no trato com as pessoas que amamos, que significamos a nossa
essência, a nossa humanidade.
A Escola não será mais a
mesma. Não faz muito tempo que as crianças iam para a escola com belos
exemplos disciplinares e aprendizagens essenciais que aprendiam em casa. Além de
aprender a escrever, desenvolver operações matemáticas básicas, as crianças
chegavam disciplinadas na escola pois conviviam mais tempo no ambiente da casa.
Que bela aprendizagem! Com o tempo, tudo isso foi sendo esquecido, substituído
pela lógica de que era papel da escola desenvolver essas atividades.
A família não será mais a mesma.
Hoje, podemos refletir sobre a grandeza que é o ambiente familiar em relação à
educação de nossos filhos. Percebemos que nessa nova rotina, eles acordam
conosco, se alimentam ao nosso lado, lamentam-se, choram, pedem, riem, brincam,
etc., sensíveis à isso, podemos até perceber, mesmo com toda tensão adulta sobre
a realidade, que eles esconde uma alegria ingênua diante dos acontecimentos, e
que vai contaminando nossos dias.
O trabalho não será mais o mesmo.
Não iremos produzir quantidade, mas relações de qualidade. O trabalho não
apenas buscará satisfazer o ego consumista e egoísta de quem lucra, mas estamos
percebendo que o trabalho pode ser criativo, sem ser oprimido. Os que
insistirão com a velha lógica do trabalho (explorador sobre explorado), não
terá outro caminho a não ser a falência.
As relações humanas não serão
mais as mesmas. Perder nos ensina solidariedade. Solidariedade não é
doação, mas troca! Estamos percebendo que podemos trocar o isolamento pelo
encontro. Estamos vivenciando pequenas relações que nos tornam grandes homens. A
solidariedade nos mostra que não é descargo de consciência, mas reflexão sobre
a nossa essência.
O mercado não será mais o
mesmo. Da lógica capitalista de produção, consumo e geração de lixo, para o
aproveitamento dos recursos e a boa gestão do alimento. Tudo passa pelo crivo
do retorno ao cuidado com o outro. Diminui com isso a poluição, a contaminação,
o barulho, os ruídos e aumenta a vida! Não será possível viver a partir da
lógica do individualismo, mas da cooperação!
Você não será mais o (a) mesmo
(a)! Você está mudando! Todos estamos mudando! Ou mudamos, ou não teremos a
possibilidade de mudar! Quando tudo passar, veremos que a vida será mais bela,
mais solidária, mais humana, livre e digna! Estamos compreendendo que mudar não
é mais uma questão de escolha, mas de necessidade!
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