Estamos emergidos em um cenário de desastre humano, acometido por consequências também humanas. Equilibrar as normas técnicas e orientações objetivas no combate ao COVID-19 com o comportamento humano, parece não ter sido tarefa fácil ultimamente para muitas pessoas. Aglomerações por todos os lados, encontros de família, praia em feriados, festas de Carnaval e outros, tem contribuído para o crescimento incontrolável do grande mal que aflige hodiernamente toda a sociedade.
Sabemos que toda causa têm uma consequência. Portanto, tudo o que fazemos para permitir a expansão ou o controle da pandemia, é de nossa inteira responsabilidade. Diante do nosso agir e da responsabilidade sobre o mesmo, não podemos deixar de lado que tudo o que fizemos tem impacto sobre a vida dos outros.
Tudo passa, mas o bem que se faz ao outro, fica eternizado em sua vida, na história da comunidade, e no livro de nossa existência. Por isso, mesmo que eu não concorde com o pensamento e a ação do outro, preciso considerar que tudo o que faço e o que o outro também faz, tem uma relação de impacto na vida de todos.
Tomar as medidas preventivas como princípio orientador da ação, é muito mais do que liberdade, é obrigação para com a preservação e conservação da vida. O uso da máscara nos espaços públicos, é um belo exemplo. O mesmo direito que eu tenho de usufruir desses espaços, o outro também tem; no entanto, para a saúde de todos, é aconselhável que se faça o recomendado pelas autoridades competentes.
Não se trata, porém, de utilizar o contexto para brilhantismos políticos, economicos ou sociais. todos estamos no mesmo cenário e, tirar proveito do mesmo, comprometendo a vida do outro, é covardia. Assim, independente de qual ideologia defendes, tu sabes que o melhor a se fazer, é que todos façam aquilo que é melhor para todos: seguir as orientações da saúde.
Aglomerar através de festas, reuniões desnecessárias, comemorações inadequadas não serve para o
momento. Ajudam sim, nesse tempo, a ampliar cada vez mais a catástrofe que paira sobre a saúde, ajudando-a a se expandir mais e mais em intensidade e tempo.
Fazer o bem é uma categoria desejável a todos, mas tão pouco praticada por muitos. Precisamos nos convencer disso: ou nos cuidamos todos juntos, ou sofreremos coletivamente.
Está na hora de mostrarmos que a educação, os valores, princípios e crenças, bem como as orientações religiosas, políticas e econômicas, convergem para um único lugar, o lugar de todos na eternidade. E isso se faz fazendo o bem à todos.
Dessa forma, te convido a refletir sobre o caráter passageiro da vida, a fragilidade do existir, e a grandeza do tornar-se humano. Tornamo-nos humanos ao passo que reconhecemos nossa transitoriedade e assumimos nossas responsabilidades. Fazer o bem é conjugar o esforço de superar o passageiro, sem perder a esperança de se eternizar.
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