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domingo, 29 de maio de 2011

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A ANGÚSTIA DE NUNCA SABER O BASTANTE!

 

Vivemos em tempos de excesso de informações. A globalização e a revolução tecnológica nos trouxeram o legado que disponibiliza à toda humanidade o acesso ao conhecimento, cada veze produzido com maior velocidade. Para alguns, essa velocidade é espantosa. A mesma, vale-se da informática que tem em seu cerne a extraordinária capacidade do armazenamento de informações e a facilidade de transmissão das mesmas. No entanto, trago algumas questões importantes para discussão:

1. Conhecimento é poder. Frase de Francis Bacon que tem muita validade nos dias de hoje. Conhecer no mundo de hoje é, saber pensar e agir com mais qualidade. Quanto mais se sabe, tanto mais se compreende. Necessidade de compreender as relações complexas.

2. Aprender com o Erro. Do erro nascem os acertos. Muitas vezes errar não é permitido. Mas, aprende-se errando. Só erra quem está tentando acertar, está buscando melhorar, buscando descobertas.

3. Mais conhecimento, mais segurança. Quanto mais sabemos, mais vamos percebendo como o nosso conhecimento é limitado, e quanto mais precisamos conhecer. Isso gera determinada insegurança, e a necessidade de buscar cada vez mais. No entanto, quanto mais sabemos, tanto mais nos tornamos seguros para pensar e agir.

4. Era do conhecimento. Em tempos de muitas informações, percebemos que a “era da informação” não deixa de ser apenas um apelido. A atualidade está marcada pela busca frenética e a necessidade de construir conhecimentos. Embora, o conhecimento sempre fez parte de nossa vida.

5. Informação e Conhecimento. Informação e conhecimento são questões ligeiramente diferentes. Informação é tudo que está e se pode comunicar no mundo. O conhecimento é o significado que adquirimos desse movimento de informações. Quando você dá significado às informações, está produzindo conhecimento.

6. Conhecimento e Preconceito. É inaceitável que alguém que esteja em constante busca de conhecer mais, assuma o preconceito como ponto de partida. Quanto mais conhecemos mais nos colocamos à serviço do multiculturalismo e da multiplicidade de ideias. Possibilidade é a palavra mais indicada para quem está angustiado na busca do conhecer.

O legal desse processo é que todos estamos no mesmo barco, portanto, lembre-se: conhecimento não ocupa lugar. Por mais que, ainda hoje existam unidades de armazenamento de dados, o significado do conhecimento humano é cada vez maior. Angustie-se em saber mais! Quanto mais conhecimento, mais humanos nos tornamos.

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terça-feira, 24 de maio de 2011

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A EDUCAÇÃO DO SÉCULO XXI

o_pensador_do_seculo_xxi_474185No mundo contemporâneo globalizado, os modelos de produção, as trocas socioculturais, assim como o acontecer diário, exige um modelo de educação que forme indivíduos com habilidades e competências para uma sociedade competitiva.

O que temos feito para realizar esse modelo educacional? Dizemos que a sociedade industrial buscar formar indivíduos unicamente preparados para produzir, para desempenhar um emprego ou uma profissão. Baseando-se na transmissão de conhecimentos, pois somos racionais, e convencionamos que foi necessariamente esse modelo que foi desenvolvido pela educação durante anos, e que vem sendo levado à cabo nos dias de hoje.

Na década de 70, com os avanços tecnológicos, a sociedade da informação buscou criar modelos de pessoas capacitadas para desenvolver um emprego, no que priorize o domínio das habilidades.

Através desse ideal, a educação apoiada pela era da informação, deve facilitar o acesso aos conhecimentos e o desenvolvimento das habilidades necessárias da sociedade da informação. Habilidades como: informação e processamento da informação, a autonomia (capacidade para tomar decisões), o trabalho em grupo, a polivalência e a flexibilidade são imprescindíveis nos diferentes contextos sociais, mercados de trabalho, atividades culturais e vida social em geral.

A sociedade da informação requer um educação intercultural, integral para dar as mesmas oportunidades às todos os estudantes, assim como valores para enfrentar a vida cotidiana. Também deve valorizar a capacidade comunicativa para ser mais partícipe, democrático e crítico. Diante disso, podemos nos perguntar: os professores estão preparados para esse tipo de desafio? A escola, contempla em seu propósito estas premissas?

A educação deve, ou deveria, se assentar em quatro pilares: Aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver juntos e aprender a Ser. Cada uma dessas ideias, serve de pressuposto para a vida social e cultural de cada indivíduo. A partir disso, se pretende formar as competências, entendidas como alternativas de resolução de problemas gerados a partir das situações questionáveis. Assim, a educação se pretende realizar uma formação em competências.

Está em nossas mãos a educação, o futuro do país, o bem-estar e a convivência social, a liberdade de pensamento, a autonomia do ser humano e, a responsabilidade de viver dia-a-dia.

E tu, estás preparado?

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sexta-feira, 13 de maio de 2011

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RECORDAÇÕES…

professor-e-aluno-thumb59231921Recordo das manhãs frias em que acordar cedo e ir para a escola, à pé, de bicicleta, cavalo, era um momento de prazer. Recordo com saudade, mesmo que de tempo longínquo, em que o professor era respeitado pela sua contribuição para nossa aprendizagem. A recordação viva dos deveres de casa, o popular tema, em que nos debruçávamos sobre a cama e inquietos fazíamos antes de ouvir o som da TV ou o noticiário do rádio. O tempo passou, mas mesmo que hoje as mãos não se juntam para orar, recordo da reza do terço, em que a mãe “puxava” a dezena, e toda família repetia uníssona. Recordo que, ao chegar na escola, a felicidade enchia nossa alma de prazer, pois o mesmo se refletia no olhar dos colegas cheios de histórias para contar.

Recordo das paredes da escola, dos cartazes pendurados, cobertos de ilustrações felizes que nos ensinavam regras básicas da escrita: uma pomba em seu ninho que dizia “usa-se ‘m’ somente antes do ‘p’ e do ‘b’. Na frente da turma, a professora, com suas mãos expressivas, seu olhar atento, sua postura ética e profissional que sabia equilibrar amor e ciência.

Não recordo de ouvir os gritos da professora pedindo “Silêncio! Pelo amor de Deus!”, mas sim, recordo do canto dos pássaras, da brisa suave, dos gritos do trabalhador com o arado de bois próximo ao colégio. No mesmo, não tenho recordações de brigas por causa de futilidades como o celular na sala de aula, patricices como “a minha roupa é mais bonita que a tua!”, “meu pai é mais rico que o teu!”.

Nas minhas recordações, não tenho lembranças de uma escola perfeita! A minha não era! Mas as dificuldades que tínhamos, resolvíamos no diálogo e no respeito! Tínhamos moral e não lei! Os colegas tinham respeito, e a professora, ética!

Recordações…Não passam de recordações! Mas as recordações deixaram saudades, em outros marcas. Fico me perguntando, será que alguém vai recordar sua escola daqui à alguns tempos? Afinal, só recordamos aquilo que nos tem significado.

Me desculpe se falei de recordações…mas elas não são vagas…são recordações que me foram importantes! Gostaria muito que elas viessem a ser de novo o existir de nossas escolas e de nossas famílias. Gostaria muito que os pais e professores de hoje recordassem sua escola para seus filhos e alunos. Ao invés de recordar, dizer “filho (a), vive comigo a escola!”.

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terça-feira, 10 de maio de 2011

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A HOMOSEXUALIDADE NO ESPAÇO ESCOLAR

homossexualidadeEnsinar e aprender são processos que, em se tratando de escola, envolvem uma constante interação entre professores e alunos. Esta interação é possível e se torna mais rica quando os professores conhecem melhor seus alunos, sabem como vivem, estimulam sua lógica de aprendizagem, entendem como se relacionam com os princípios da escola e, de toda forma, como querem e merecem ser respeitados nesse ambiente.

No entanto, percebe-se dentro das escolas espaços de discussão sobre a diversidade e o multiculturalismo. A escola busca se libertar das uniformidades buscando acentuar de forma não discriminatória as questões como etnia, religião, posturas políticas, orientação sexual, entre outras.

Uma questão relevante, apontada por pesquisas no âmbito de pós-graduação, mostra que, mesmo que os jovens homossexuais mantenham o interesse pelo estudo, o modelo escolar ainda apresenta dificuldades de convivência, socialização e, em alguns casos, pela falta de oportunidade de expressão, o sujeito passa a ser alvo de bullying homofóbico. Esse bullying existe na forma de “brincadeirinhas de mau gosto” tanto por parte dos colegas, bem como de professores.

A escola que estiver aberta à discussão da diversidade tem o dever de reverter essa concepção preconceituosa. Nesse sentido, o Ministério da Educação, através dos Parâmetros que norteiam o currículo escolar (PCNs – 1997), oferece a possibilidade de trabalhar a orientação sexual como um tema interdisciplinar, onde se incluem informações sobre a homossexualidade, entre outros.

Mas a questão da homossexualidade ainda permanece oculta/sem visibilidade no ambiente escolar. A UNESCO realizou uma pesquisa mostrando que, a homossexualidade permanece oculta pelo silenciamento dos professores. E como se não bastasse, os mesmos são orientados pelos pais para silenciar frente à discriminação. Assim, percebe-se uma reprodução ativa da violência contra os homossexuais na escola.

Percebe-se, no entanto, nas conversas com os jovens que a sexualidade é um tema de extrema importância e prioridade para os mesmos. Quando discutida, causa debate, provoca polêmicas, interesse e atenção. Para eles, a sexualidade é mais que ato sexual, é um todo entrelaçado com a afetividade que envolve sociabilidade nas relações sociais de diferentes ordens culturais, étnicas e religiosas. Assim, a discussão sobre a homossexualidade na escola, assume uma possibilidade e formação de caráter, identidade e responsabilidade.

A omissão à discussão sobre temas como a homossexualidade na escola é, por conseguinte, neutralizante de questões emergentes e produtora de preconceitos homofóbicos cada vez mais acirrados. Boa discussão!

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domingo, 1 de maio de 2011

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A EDUCAÇÃO É A MÃE DE TODAS AS LUTAS!

Se ganhamos todas as batalhasimagem_p, menos a da educação, perdemos a guerra. Se o nosso país tiver índices altíssimos de renda per capita e nossos jovens não souberem entender o que leem, não haverá futuro para nosso país. Os problemas econômicos podem ser reparados com o passar dos anos, mas se não valorizarmos os intelectuais de nosso tempo, perderemos uma geração inteira.

Quando pensamos a educação escolar, percebemos que há 500 anos de uso do livro didático, no entanto, não conseguimos criar a cultura da leitura entre nossos jovens. Muitas vezes, o estímulo também é dado em forma de discurso, porque mesmo alguns professores não são apaixonados pela leitura. De toda forma, as famílias leem muito pouco ou quase nada.

Vivemos um tempo onde entre tantas balatas e lutas do dia-a-dia, temos a educação. Educação atualmente no Brasil é tida como um processo fracassado, causada pela tragédia educacional acumulado ao longo dos tempos. Não obstante, podemos superar essa tragédia se apostarmos em uma educação de qualidade, que ensine além de ler e escrever, o pensar.

Essa tragédia educacional se reflete na economia. Um país sem pessoas sábias tende a desenvolver uma economia pobre. Isso quer dizer de que, as empresas na era da globalização, tendem a espalhar pelos países etapas de seu processo produtivo, escolhendo cada local pela vantagem competitiva. Países sem cérebros pensantes, ficam atrelados com os menores valores de investimentos agregados.

Esse é apenas um aspecto. Existem outros no que se refere à educação como mãe da luta. Exemplos são a política, economia, estrutura social, governos, modelos de Estado, etc.

Se observarmos, em um país onde não há luta pela educação, a cultura se precariza a ponto de estagnar o desenvolvimento social. Na verdade, uma cultura sem condições de competição, retrocede aos mais baixos valores sociais, acentuando a violência, prostituição, crimes, etc.

Se a educação é a mãe de todas as lutas, os professores são por excelência seus soldados. No entanto, a formação desses “soldados” carece de formação política e cidadã. Volto a insistir, “se uma escola não educa para a vida, à que ela está disposta?” – essa é a pergunta base para identificarmos na luta diária dos professores os resultados práticos do processo de ensino e aprendizagem.

Por ultimo, lutar por um sistema de educação melhor e, portanto, um país melhor, não é papel social apenas da escola, é seu também! Você é convidado especial!

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